|| JAMES ||
O FRIO percorre minha espinha, caminho pelo beco escuro na esperança de salvá-la. Preciso salvá-la. O medo de não encontrá-la toma conta de mim, aponto minha arma para as janelas escuras dos prédios mal ilumidados, odeio Manhattan. Vozes gritam dizendo que jamais irei vê-la de novo. Ignoro e viro para a direita saindo em uma rua deserta. Grito seu nome uma vez.
- Maeve.
Duas.
- Maeve, onde você está?
Três.
- Maeve, me dê um sinal.
Escoro minhas mãos no joelho cansado e desgastado por procurá-la, mas enquanto tiver um fio de esperança, eu não vou desistir.
- James. - escuto sua voz baixinha, quase um sussurro.
- Maeve. - corro pela rua olhando as casas trancadas - Onde você está?
- Aqui James.
Minhas pernas ficam fracas conforme corro na direção da sua voz.
- Maeve, eu estou chegando.
- Vem logo meu amor.
Eu caio.
Tento me levantar mas é em vão.
Estou esgotado.
E mais uma vez, não consegui salvá-la.
SINTO DIFICULDADE ao abrir meus olhos, tampo a origem da luz forte com minhas mãos e quando recobro meus pensamentos percebo que estou no hospital. Parece que um trator passou em cima do meu corpo, Jeff e Hoffmann estão dormindo nas duas poltronas e vejo três dos meus homens de guarda na porta.
- Hoffman, que porra aconteceu? - pergunto me sentando com dificuldade.
Os dois acordam e parecem aliviados em me verem lúcido. Se aproximam e a resposta retraída me alerta.
- Fomos atacados pela CIA, você foi baleado no torax, perdeu a consciência e bateu com a cabeça no paralelepipedo. - travo o maxilar ao me lembrar da cena, Nikolai sendo baleado.
- E Nikolai? - os dois se entre olham e já tenho minha resposta.
- Morreu no caminho para o hospital. - a raiva inflama meu corpo - Ele pediu para te entregar isso. - seguro a corrente como se fosse a coisa mais importante pra mim. Seguro as lágrimas pela perda do meu grande amigo.
- Ele não tirava esse cordão. - um sorriso amargo surge - Ele me viu crescer, se não fosse por ele não estaria aqui. Ele me protegeu daquele tiro, como fez a vida inteira.
- Ele foi um grande homem. - Hoffmann disse com a voz embargada.
- Faremos uma homenagem pra ele. - enfio o cordão em meu pescoço segurando a raiva que me faz querer sair dessa cama - Estou desacordado a quantos dias?
- Quatro.
- O que?
- E... - Jeff engole seco e diz - Te trouxemos para Saransk. - não gosto da notícia e os dois se afastam um passo.
- Por que estamos na Rússia?
- Segurança. - Hoffman responde - Era mais seguro te trazer pra cá, é a sua cidade natal. Aqui não temos inimigos e temos os melhores médicos.
- O que mais aconteceu? - meu braço direito trava o maxilar.
- Com a morte dos agentes, as coisas pioraram. Preferimos tratarmos de tudo por aqui, até estiver mais calmo.
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Renda-se
Romance1° LIVRO DA SÉRIE AMOR(ES) Poderia ser mais um dia comum em sua vida, mas o cair da ultima noite de verão em Seattle mudou o seu destino para sempre. Maeve é arquiteta e trabalha em uma das maiores empresas de arquitetura e engenharia de Washington...