|| PITTER ||
Tuesday, October 23.
FAZ UMA SEMANA desde que recebi a ligação da Maeve eu não parei de procurar por pistas, assim como os agentes envolvidos no caso. Tentamos de tudo para rastrear a ligação mas como foram apenas dez segundos de duração não é tão preciso. Quando descobri que o número era da França, eu me desesperei mas isso não significa que ela esteja lá. O celular pertence a um senhor francês de 65 anos, verificamos a ficha e não encontramos nada apenas que ele esteve nos Estados Unidos há algumas semanas atrás. Solicitei a policia da França uma interrogação mas ainda precisa ser aprovada. A única limitação que conseguimos foi que a ligação do norte do país e fiquei mais aliviado ao saber que não era da França. Estou distraído na minha sala quando Suzi pede para entrar e autorizo.
- Alguma pista?
- Sim, lembra que o senhor pediu para que procurasse a localização de um dos braços direitos do Komárov?
- Sim.
- Conseguimos imagens dele no aeroporto de Reno em Nevada. - me levanto empolgado com a pista.
- Me mostre.
Vamos até a sala de vídeos e operações visuais e Charles da play. Observo Hoffmann caminhar ao lado de mais dois homens pelo aeroporto, mesmo de óculos escuros o sistema conseguiu identificá-lo.
- Bom trabalho pessoal, procurem mais imagens dos três ao redor do aeroporto e em cada rua de Nevada. Vou entrar em contato com o aeroporto e verificar qual voo eles pegaram. Com isso teremos noção de onde eles esconderam a Maeve e entrar com uma operação. - digo confiante.
- Sim, senhor.
- Qualquer novidade me avisem.
Volto pra casa mais aliviado em saber que conseguimos uma pista. Os pais da Maeve voltaram para cidade deles, foi difícil convencê-los que aqui não ajudariam em nada e até mesmo poderiam me prejudicar na investigação como estavam fazendo com o delegado que está cuidando do caso. Pedimos sigilo do caso pois não sei o que James quer de mim, já que até hoje não entrou em contato ou deu notícias da minha noiva. Isso está me matando por dentro e a única coisa me não me deixa desistir é ela. Maeve não merece o que está passando, por um erro do meu passado.
|| M A E V E ||
UMA SEMANA se passou desde a última vez que vi James e isso tem me incomodado, o silêncio dele me assusta. Ao menos Lexy não veio mais me importunar, os dias têm passado lentamente e ficar trancada nesse quarto só piora mesmo com essa vista incrível. A porta é destrancada mas não me dou o trabalho de olhar, sei que é Amy.
- Maeve, seu almoço. - forço um sorriso ao me virar.
- Obrigada Amy.
- Está se sentindo bem?
- Sim, mas odeio ficar trancada nesse quarto. E o silêncio de James me preocupa.
- Ele está viajando, acho que volta hoje. Deveria falar com ele sobre sair do quarto. - suspiro e sento na cama.
- Eu queria sair desse inferno. Só isso.
Ela não responde e sai do quarto. Amy ainda é um enigma pra mim, ao mesmo tempo que confio nela, eu fico com pé atrás por ela trabalhar para James e ficar retraída toda vez que eu falo mal dele. Ligo a TV e me entretenho com um filme espanhol romântico que está passando.
(...)
ESTOU OBSERVANDO o sol se pôr no horizonte quando Hoffmann entra no quarto com cara de poucos amigos. Ignoro sua presença e volto a me concentrar no sol, é uma das poucas distrações que tenho aqui.
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Renda-se
Roman d'amour1° LIVRO DA SÉRIE AMOR(ES) Poderia ser mais um dia comum em sua vida, mas o cair da ultima noite de verão em Seattle mudou o seu destino para sempre. Maeve é arquiteta e trabalha em uma das maiores empresas de arquitetura e engenharia de Washington...