Capítulo 7 A BESTA DA FLORESTA

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Astra estava sentado com Olivia atrás da Taverna. Tinham dormido lá naquela noite. Não conseguiram um lugar descente para dormir a um bom tempo desde o dia em que fugiram de Elasalor na casa da menina.

— Certo, não vamos deixar nem um pouco aqueles dois ficarem com tudo só para eles. Disse ela olhando bem para o rosto do menino enquanto os dois estavam sentados de pernas cruzadas.

— Mas não temos nem armas. Respondeu Astra.

— Vamos ter que dar um jeito nisso.

—Um... Acho que eu consigo dar um jeito nisso. Vi um ferreiro ontem quando chegamos, posso tentar barganhar com ele alguma coisa, o que acha?

— Acho que é nossa única opção, não é? Disse a Olivia com um suspiro.

—Sim. Entretanto, não podemos falar que queremos isso porque vamos matar a tal besta que vem assolando esse vilarejo, precisamos ser mais discretos, precisamos de... procurar um outro motivo. Dizia Astra enquanto segurava o queixo de forma pensativa.

O menino se levantou, Olivia olhou ele debaixo para cima com a boca levemente aberta. Ele sorriu para ela botou as suas duas mãos na cintura. E disse:

— Acho que sei de uma forma de fazermos isso.

Momentos depois os dois estavam em frente ao ferreiro. Não era nada luxuoso. Ele tinha uma forja pequena e algumas espadas, escudos e outras poucas coisas numa mesa bem rústica de madeira que servia como uma maneira de expor seus produtos. Em cima tinha o telhado de palha que aparentemente expunha o descaso do ferreiro com a ideia de aquele telhado pegar fogo. Logo a forja, estava o homem fazendo seus trabalhos. Astra ficou a frente dele, mas ele não parecia estar dando muita atenção ao garoto.

— Senhor, É... Olá.

O homem com sua enorme barriga e barba ignoravam o menino com se ele não estivesse lá.

— Senhor? Eu tenho um pedido e gostaria que o senhor me concedesse isso.

O homem parou seus afazeres e virou para Astra, foi só então que o menino notou as orelhas pontudas do homem.

— O que você quer menino?

— Preciso de uma espada

— Não faço espadas para crianças.

O homem foi se virando para voltar ao trabalho, mas Astra contestou. Apesar disso, o homem não se virou

— Por favor senhor.

— Some daqui. Não tenho espada para você.

— Eu posso pagar

— E você lá tem dinheiro?

— Bem... não no momento... Mas eu posso conseguir algo.

O homem se aproximou do garoto. Se ajoelhou vagarosamente e olhou para o menino. Astra por outro lado, tentou não perder a compostura e continuou encarando o elfo.

— E como você pretende conseguir algo?

Astra respiro fundo se afastou um pouco do homem, fitou seus olhos e falou calmamente, como se sua vida dependesse de conseguir essas espadas.

— Bem, senhor, eu pretendo fazermos uma troca.

— Uma troca?

— Sim, eu quero 2 espadas em troca, ofereço algum serviço que o senhor gostaria que eu realizasse.

O elfo coçou a barba pensativo, não esperava aquilo em mais um dia comum neste vilarejo. Se afastou do menino, tornou para trás mais uma vez, voltou para frente. Olhou novamente para o menino e viu lá o olhar brilhante e determinado do jovem Astra. Enquanto isso, o menino que mantinha o olhar estava completamente louco por dentro, estava extremamente nervoso com a situação.

A jornada de AstraOnde histórias criam vida. Descubra agora