Capítulo 14 UM VELHO AMIGO

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O movimento fora tão rápido que qualquer comum não poderia ter entendido o que havia acontecido. O elfo de cabelos brancos e curtos que estavam esvoaçados com a velocidade, olhos rubi-safira e armadura de prata cintilante defendeu um golpe de energia de Circinus com uma espada e esta não era qualquer espada para ele. Astra logo reconheceu a arma mortal de seu irmão, a que ele mesmo construiu quando mais novo. Era enorme, tinha quase a mesma altura dele. Tinha duas curvas para trás da haste da lâmina, semelhante a uma Zweihander e na verdade, era assim que chamava a espada que empunhava com os poderosos braços fortes cobertos por uma cota de malha brilhante e uma ombreia que não parecia de um ferro comum, mas de algo mais cintilante, mágico.

A arma começou a soltar faíscas azuis. E os dois tremiam de tanta força que faziam entre um e outro. Cada um tentando empurrar para desestabilizar o oponente.

— Astra, finalmente te achei. Disse ele sem parecer sentir dificuldade alguma, apesar da situação.

— Co-como você conseguiu me achar?

Botou mais força, as faíscas aumentaram envolvendo a espada enorme. A força foi gigantesca. Circinus recuou para evitar um golpe do elfo que cortou o ar fortemente a ponto de conseguir ver o vento ser cortado e escutar o barulho de um trovão. No ar, ainda era possível ver um rastro de luz que a lâmina havia deixado, um azul quase branco que logo em seguida desapareceu.

— Eles me falaram.

—Eles quem?

Armos olhou para trás por um segundo. Vinham duas figuras pela porta que entraram anteriormente, uma delas tinha um vestido preto com bordados em branco, pomposo e panos saíam pelas mangas e pelo colarinho formando um formato de flor. Cabelos negros e olhos verdes, uma figura que já conhecia a algum tempo. Era Sabrina Loux- Beaufort.

Ao lado dela uma silhueta da qual Astra ainda não conhecia. Um homem barbado, mas não muito, era rala, os cabelos eram longos e desgrenhados, caíam até os ombros. A capa que vestia, cobria-lhe o torso e os pés, as pontas eram sujas, uma aparência de um sobrevivente.

Na verdade, quando Astra o viu, logo algo lhe vinha a mente aquela silhueta lhe era familiar. Já vira em algum lugar, mas não conseguia lembrar-se de quando fora.

— Circinus, você tem sido muito descuidado, isso não é do seu feitio. Disse Sabrina em tom de deboche.

— Apenas um mero erro de cálculo, mas sinceramente, não esperava que você conseguisse me encontrar aqui. Ele respondeu.

—E vejo que tem andado ocupado. Disse o homem que acompanhava Sabrina enquanto olhava para os "filhos" de Circinus. — Quantas pessoas você matou para conseguir fazer isso, dezenas, centenas?

— Ora, não seja tão amargo, apenas fiz o suficiente. Admito que tenham acontecidos alguns erros durante o processo mas eu cheguei no resultado que desejei.

Circinus aproximou-se do homem, pegou no rosto dele com a mão como se fosse um boneco. Aproximou seu rosto do dele olhando para o homem que acompanhava Sabrina.

— É perfeito, é um ser perfeito e se pudesse, teria feito mais deles.

— Você sempre foi meio asqueroso, mas isso, é imperdoável. Disse o homem com raiva.

— Não seja tão pomposo e não haja como se fosse um paladino, todos sabemos que nossos passados não são histórias bonitas.

— Alphonce, chega dessa conversa. Não permita que a ardilosidade de Circinus invada sua cabeça e o trate como um fantoche.

— Você ouviu a "mamãe" Sabrina, Circinus. Acabou o papo, agora o momento é de nós acabarmos com você.

— Se é o que desejam os dois, podem vir.

A jornada de AstraOnde histórias criam vida. Descubra agora