Capítulo 13 AS CRIAS DO DIABO

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Era um lugar lindo, onde muitos gostariam de morar. Uma cidade de pedras brancas. Uma fileira de árvores atravessava as caçadas nas ruas para esverdear o lugar. Ao meio da cidade, uma praça e lá havia várias pessoas frequentando o lugar. Um menino de cabelos vermelhos estava só, mas não parecia triste. Ele brandia uma espada de madeira pequena, assim como ele, que também era pequeno, até mesmo para sua idade.

— Um, dois, um, dois, um, dois. Dizia ele inúmeras vezes enquanto golpes eram lançados contra o ar como se acertar um oponente imaginário. Então ao seu lado, uma menina, menor que ele, talvez fosse mais, na verdade, aparentava mais nova. Ela tinha uma bola nas mãos e olhava fixamente para ele.

— O que você quer? Perguntou ele rudemente.

A menina não cedeu. Continuou parada lá enquanto suas pequenas mãozinhas infantes seguravam aquela velha bola. Os cabelos levemente rosados esvoaçavam-se contra o vento e os olhos verdes o fizeram desistir da má educação.

— Você não fala? Perguntou o garoto

A menina meneou a cabeça confirmando suas suspeitas, ela não falava. Ele fez um bico e logo depois ela estendeu a bola para ele, fechou os olhos fortemente e deu um sorriso. Ele demorou alguns instantes olhando para aquilo, mas cedeu. Pegou a bola. Os dois brincaram durante todo o dia, até que o entardecer caísse.

Por fim, lá estavam os dois já cansados, a respiração do garoto era pesada. Os dois estavam sentados debaixo de uma árvore no parque com as mãos abraçadas as pernas. Vez ou outra, ele olhava para ela, mas ela simplesmente mantinha um sorriso gentil e olhava para frente.

— Por que veio até mim? Ele disse baixinho com o queixo encostado no próprio joelho.

A menina virou para ele, aparentemente, tinha escutado o que ele tinha dito. Puxou do chão um pequeno galho. Na areia a frente deles, ela começou a arrastar o graveto. Por alguns segundos, não se parecia com nada, o menino pensou que talvez ela estivesse apenas brincando, mas depois de um minuto aquelas arrastadas tornaram-se algo, um símbolo, não, uma palavra.

"Amigo".

Nunca ouvira falar neste nome. Mas ainda assim, estava com medo, o jovem Astra estremeceu quando ouviu o nome do homem. O homem e a mulher que estavam caídos no chão se levantaram, tinham um olhar morto. Os dois arrancaram com força em apenas um braço o cordão umbilical que jorrou um jato se sangue pelo chão. Não apresentaram nenhum gesto de dor, era como se fossem bonecos vivos.

— Meus filhos... — Ele dizia olhando para um e para o outro — Tenham modos, ponham algumas roupas, não andem despidos por aí.

Os dois andaram pela sala. Arthur desembainhou a espada. Beatrix preparou seu cetro, estavam prontos para a luta. Mas ainda não houve ataque contra eles, os dois estava realmente indo pegar roupas que tinham no chão de outros camponeses que haviam sido mortos outrora.

Agora estavam vestidos e voltaram cada um a seus lugares. Circinus ficou parado e seco e calmamente ordenou o ataque. Os dois avançaram para cima do grupo. Arthur estava com a espada preparada em mãos e esperou o avançar dos dois. Rápidos, eles, de mãos nuas atacavam Arthur. Faíscas voavam a cada ataque, mas era quase impossível de acompanhar. Os dois rodavam e alternavam ataques. Enquanto Arthur malmente defendia com sua espada, Beatrix também defendia com escudos mágicos sempre que os golpes vinham até ela.

— Mas que droga. Eu não vou conseguir segurá-los por muito tempo... Crianças fiquem bem próximos de mim e Beatrix! Dizia Arthur em tom preocupado e ao mesmo tempo um toma de cansaço.

Astra e Olivia tentavam acompanhar com os olhos dois. Mas era difícil.

— O que poderemos fazer? Perguntava Olivia enquanto girava os olhos juntos dos seus inimigos.

A jornada de AstraOnde histórias criam vida. Descubra agora