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Saio com a cabeça erguida da caverna depressiva de Seungwan, mas, assim que fecho a porta, me apoio contra a parede do corredor, tentando organizar os pensamentos.
Já estou arrependida do meu inesperado surto de... bom, na verdade, não tenho ideia do que foi aquilo. Gostaria de pensar que foi um ato corajoso e nobre, mantendo com firmeza o compromisso que assumi, ou algo virtuoso do tipo. Mas a verdade é que tudo em Seungwan me irrita, e eu perdi o controle. Não sabia que podia ficar tão irritada assim.
Encontro o caminho para cozinha, onde Solar está com os braços cheios de farinha.
- O que está fazendo? - pergunto, antes que me interrogue sobre meu encontro desastroso com Seungwan.
- O que acha?
Olho para massa em que está mexendo no balção de granito.
- Pizza? - arrisco. Seus movimentos me lembram os pizzaiolos do Grimaldi's.
- Também faço pizza, mas hoje vai ser só um bom pão caseiro. - Solar sorrir de lado.
- Ah - digo, me sentindo uma idiota. Claro que é pão.
Quando queremos pão na minha casa, alguém passa na padaria ou no mercadinho no Flatiron District. Observo Solar trabalhando a massa por algum tempo. Embora seus movimento sejam rítmicos e tranquilizantes, não fazem muito efeito sobre o meu cérebro agitado.
- Quer falar a respeito? - ela pergunta, sem levantar o rosto.
- Nem saberia por onde começar.
- Ela causa essa reação nas pessoas. Chegam todas esperando sentir pena, mas vão embora querendo estrangular a garota.
- Isso resume bem a coisa - comento, passando o dedo sobre a farinha espalhada no balção.
- Mas você vai ficar? - ela pergunta.
Aperto os lábios enquanto penso. Não quero ficar. Quero chamar Kai gritando e voltar correndo para Manhattan, onde as pessoas compram pão, onde não existe silêncio assustador, onde veteranas deficientes não têm lindos olhos castanhos e uma atitude escrota.
Daí, penso na condescendência pretensiosa no rosto de Seungwan, que antes era lindo e agora está destruído. Ela sabia que eu ia me sentir assim. Droga, se certificou de que nada ia me segurar aqui. É como se soubesse do meu plano de aparecer nesta casa como uma santa ou um anjo da guarda para reparar seus próprios pecados, e deixasse claro que não vai compactuar com isso.
Parece que obter perdão não vai ser uma tarefa tão fácil quando dar sopa na boca de uma alma combalida e agradecida.
Solar dá outro sorriso torto - parece ter um estoque infinito deles. É um sorriso que diz: " A vida é uma droga, mas vale a pena".
- A maioria das pessoas não admite como é frustrante - ela diz. - Elas fingem que a garota é um amor e acham que podem resolver tudo. Mas alguns nem se dão ao trabalho de fingir. Vão embora poucos minutos depois.
- Não culpo essas pessoas - opino, me afastando do balção - Mas acontece que não tenho outro lugar para onde ir. Acho que não sou a pessoa certa para ajudar Seungwan, mas também não sei se tal pessoa existe.
Solar dá um tapinha satisfatório na massa antes de limpar as mãos em um pano de prato.
- Agora vamos conhecer o seu quarto.
O andar de cima é tão amplo e grandioso quanto o de baixo, mas está tão vazio que chega a ser irritante. Sigo Solar por uma série de corredores de madeira, notando que passamos meio dúzia de quartos, todos parecendo desocupados. O que faz sentido, já que o sr. Son não mora aqui, e Kai e Solar vivem na casa dos funcionários, cuja localização desconheço.
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𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐌𝐄 𝐔𝐏 [𝐖𝐄𝐍𝐑𝐄𝐍𝐄]
Fanfic[𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚] Uma garota com segredos corrosivos. Uma ex-soldada com cicatrizes externas e internas. Um amor que pode salvar ambas... ou destruí-las de vez. Aos 26 anos, Bae Joohyun tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeit...