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Depois que tomo banho, procuro saber sobre o paradeiro de Seungwan.
Ela não está na biblioteca em na cozinha. Quando estou subindo a escada, ouço uma música alta e pesada de seu quarto. Nunca tive um irmão (ou irmã, na verdade), mas estou certa de que o barulho opressivo da guitarra é um código para "fora daqui".
Por mim tudo bem.
Não sei bem o que foi mais estranho: o beijo na biblioteca, ontem à noite ou a inesperada caminhada/corrida de hoje cedo quando quase nos conectamos antes que ela voltasse ao modo babaca. De volta ao quarto, chego meu e-mail, ignorando tudo a não ser a mensagem de Son Minsuk. Como resposta, vomito um monte de mentiras sobre como "Seungwan e eu vamos no dar muito bem!".
Não é como se eu pudesse dizer a verdade: que não estou muito certa de como vou sobreviver a três meses com sua filha gata e perturbada. E como não tenho a menor ideia do que deveria estar fazendo, vou dar uma volta pela propriedade.
O lugar é realmente tão grande e impressionante quanto pareceu ao pôr do sol. Embora tudo seja muito moderno, incluindo o sistema de som da casinha, que Kai insiste em me mostrar, não posso deixar de sentir que voltei a uma era em que um duque desolado reina sobre um território quase totalmente abandonado. A academia é particularmente deprimente. Tem equipamento suficiente para um time inteiro, o que é meio ridículo, considerando que só uma pessoa usa - e, de acordo com os e-mails de Son Minsuk, Seungwan só trabalha a parte superior do corpo, não a pe3rna precisando de reabilitação.
Mas... eu não estava mentindo hoje de manhã, quando disse que ela não parecia precisar da bengala. Admito que meus conhecimentos de psicologia são limitados a uma disciplina do primeiro ano da faculdade, mas poderia apostar que os problemas de Son Seungwan estão muito mais na cabeça do que na perna. E suspeito que, lá no fundo, ela também sabe disso. E é por isso que está me evitando.
Já não tenta me assustar com a mesma hostilidade que demonstrou ontem, mas certamente não corre atrás de mim. Estou um tanto decepcionada, mas não surpresa. Afinal de contas, ela deixou bem claro que não me suporta. Minha personalidade, meu jeito de correr, meu tênis cor-de-rosa....
Solar me pede que leve o almoço para Seungwan - sopa de legumes e sanduíche de presunto -, mas quando chego ao escritório, ela não está lá. No entanto, há um copo com um líquido dourado na mesa que sei que é recente, o que significa que ela não deve mais estar enfurnada no quarto.
É. Seungwan está mesmo me evitando. Deixo a bandeja na mesa e levo o copo comigo. Não sou dedo-duro, mas a última coisa que essa mulher precisa é começar a beber antes do meio-dia. Volto à cozinha e jogo a bebida na pia, torcendo secretamente par ter desperdiçado algo bem caro.
Passo horas seguintes no meu quarto. Ligo para minha mãe e descrevo meu primeiro dia através de lentes cor-de-rosa. Então ligo para Seulgi. Embora menciona que Seungwan é mais nova do que eu esperava e ridiculamente sexy (é o privilégio da melhor amiga: não posso não contar isso a ela), não comento sobre como ela me atrai e me assusta ao mesmo tempo. Passei longe de falar do beijo.
Assim, mato o tempo visitando as redes sociais. Só para me punir, fico examinando as últimas fotos de Jennie e Jisoo. A sensação de ver o sorriso aberto no rosto da minha ex olhando para a morena ao seu lado é como um facada no peito. Ela costumava me olhar desse jeito. Não costumava?
Argh. E se ela nunca tivesse me olhando assim? E se nunca mais ninguém me olhar dessa forma?
Já esgotei todas as redes sociais e todos os sites de fofoca que conheço, e quando estou prestes a fechar o notebook, chega um novo e-mail.
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𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐌𝐄 𝐔𝐏 [𝐖𝐄𝐍𝐑𝐄𝐍𝐄]
Fanfic[𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚] Uma garota com segredos corrosivos. Uma ex-soldada com cicatrizes externas e internas. Um amor que pode salvar ambas... ou destruí-las de vez. Aos 26 anos, Bae Joohyun tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeit...