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- Ainda não entendi no que você estava pensando, fazendo um estrago daqueles - Meu pai está puto.
- Não foi um estrago. Só fui a um bar tomar um drinque. Um drinque mesmo, devo enfatizar. - Ele tira a mão do rosto e me encara.
- Não é a parte da bebida que me incomoda, é a parte do bar. Desde quando você não liga de aparecer na frente das pessoas?
Desde Joohyun.
Não digo isso, claro. Já estou confusa o bastante em relação a meus sentimentos. A ultima coisa de que preciso é do meu pai descobrindo que o motivo pela qual ela durou mais que qualquer outro cuidador não tem nada a ver com a porcaria do ultimato e tudo a ver com o fato de eu não querer que vá embora.
Ainda não.
- Qual o problema? - pergunto, cruzando os braços, odiando me sentir na defensiva.- Você está me enchendo para votar a normalidade há anos. Quando eu realmente tento fazer esse movimento, você age como se tivesse destruído a honra da família.
Negue, peço mentalmente. Negue que você só está aqui porque um dos seus amigos viu minha cara hedionda no bar e ligou para reclamar.
Meu pai confirma minhas piores suspeitas.
- Richard me ligou ontem à noite. Disse que você se meteu numa briga.
- Ele se enganou.
- É mesmo? - ele zomba. - Então seu nariz sempre foi assim?
- Olha.. alguns universitários estavam sendo idiotas com a Joohyun. Tinham bebido. Fui ajudar, e um deles me deu um soco.
- É claro que um deles te deu um soco! - meu pai explode. Dou um passo à frente e o encaro.
- Tem certeza disso?
O rosto dele se enruga em confusão e surpresa, e eu me dou conta de que é a primeira vez que quero passar a impressão de de que não sou uma vítima. Meu pai dá um passo para trás, e eu fico envergonhada e agradecida ao mesmo tempo - envergonhada por meu pai achar que poderia de fato ir para cima dele e grata por reconhecer que não sou totalmente inválida.
- Ela está bem? - Sua voz sai mais baixo. Mais calma.
- Está - murmuro, passando a mão pelo cabelo em agitação e virando para a mesa. - Provavelmente nem precisava da minha ajuda.
- Precisava, sim.
Meu pai e eu viramos e vemos Joohyun na porta. Olhamos para a bandeja em suas mãos, e eu gemo por dentro. Seu cabelo está preso e suas roupas são casuais. Ela traz dois pratos, dois copos de suco e... uma tigela de frutas? Odeio fruta. Não parece nem u pouco uma funcionária levando uma refeição balanceada a dona da casa. Parece mais um casalzinho tomando café da manhã juntos.
Droga.
- Srta. Bae - meu pai diz, abrindo seu sorriso profissional. - Fico feliz em conhecer você pessoalmente.
- Sr. Son - ela diz, apenas. Meu pai vai em sua direção e pega a bandeja.
- Solar me disse que você ia cozinhar esta semana. Obrigada por isso.
- Imagina.
- No entanto... - meu pai comenta, olhando para a bandeja. - Odeio fazer isso, mas o médico está no meu pé por causa do colesterol. Será que você poderia me fazer uma versão só com as claras?
Porra. Meu pai quer que Joohyun cozinhe para ele?
Vejo a contestação e o alívio guerrearem no rosto dela diante do mal-entendido.
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𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐌𝐄 𝐔𝐏 [𝐖𝐄𝐍𝐑𝐄𝐍𝐄]
Fanfic[𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚] Uma garota com segredos corrosivos. Uma ex-soldada com cicatrizes externas e internas. Um amor que pode salvar ambas... ou destruí-las de vez. Aos 26 anos, Bae Joohyun tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeit...