Capítulo 23 - Penúltimo - Planos

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Elisabete

Eu tive uma idéia.

Sem pensar duas vezes, me celular disca o número da Anita, que faz aquele barulho irritante de chamada logo em seguida.

Depois de cinco tentativas, ela retornou.

- Você precisa enterrar algum novo cadáver e está desesperada? - posso ver sua boca entreaberta como se soubesse minha resposta. - Do que precisa?

Parece desespero eu estar ligando para a Barbie Malibu, mas depois do resto do grupo ter se virado contra mim eu não reconheci outra opção a não ser desistir. E eu não desisto. Não tão perto da verdade ou da borda do penhasco.

- Eu tenho um plano.

- Nunca achei que pudesse gostar tanto de quatro palavras vindas de você.

Suspiro e me explico:

- Eu quero fazer uma coisa. Estou curiosa e alguma coisa em mim me diz que eu deveria fazer isso... - sou interrompida.
Ela grunhi e rebate: - Eu não tenho o dia todo loira oxigenada.

Digo cada detalhe do meu plano mirabolante pra ela mais de uma vez.

No começo ela não queria acreditar que não era uma brincadeira.

- Vamos arrombar o gabinete da diretora Margarett.

Ela deu uma gargalhada.

- Nossas fichas de inscrição e documentos para sermos aceitos na escola devem estar todos na sala dela.

- E por que isso importa, mulher?

- Talvez tenha haver com o nosso assassino, mas eu não tenho certeza e não me sinto a vontade para explicar pelo telefone. - minha respiração faz um tipo de eco pela ligação. - Preciso saber o que tem naquelas fichas.

Alguns segundos se passaram em silêncio até que ela concordasse.

- Okay.

[...]

- Eu só não esperava que você fosse trazer eles, Anita! - digo para a garota ruiva bem sentada em uma poltrona perto da porta da sala de Margarett, por onde Henry, Augsutine e James acabam de passar.

Ela ri.

- Eu adoro ver o circo pegar fogo. Você sabe.

Reviro os olhos e faço a pergunta que atingiu minha curiosidade pela manhã, quando nosso plano foi tramado em partes:

- Como conseguiu entrar aqui?

Olho para cima, procurando pelas câmeras cobertas.

- Como ninguém tá vendo a gente nesse exato momento? - cochicho, evitando a intromissão dos outros três na sala.

- Simples. Eu conheço os truques da minha vovózinha. Ela sai para almoçar às vezes, nesse horário. Eu paguei a quietude da senhora ali na frente e cobri as câmeras com toalhas, por precaução. - ela dá de ombros. - Não que fosse necessário, já que - ela faz aspas em cima das próximas palavras - Arrumei um nerd da ciência da computação para apagar as câmeras daqui por uma hora. Sem registros de que estivemos aqui em momento algum.

Henry pigarreia atrás de mim.

- Tirando naquela detenção. - ele retruca.

- Águas passadas - diz ela.

Henry para ao meu lado e eu quase me esquivo, mas ai me lembro que ele não teve nada haver com o que aconteceu ou deixou de acontecer entre mim e James, e que na verdade, ele também fez parte da talaricagem, já que era óbvio que ele tinha um crush na Augustine.

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