Capítulo 24 - Parte 02 - Último capítulo - Jogadas finais

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O ATO – O fim parte 02

- O que tá acontecendo? - questionou Henry.

Estou boquiaberta por também não saber a resposta ao certo. Não além do óbvio.

A escada é puxada para cima por alguém, mas não é possível enxergar o maestro.

James é o primeiro a descobrir os olhos e jogar a venda longe. Seus movimentos são repetidos pelos outros.

- Os três fatos: - contei - Alguém nos prendeu aqui. Provavelmente vamos morrer e ninguém vai sentir nossa falta.

- Uau, obrigada pela explicação e otimismo, Elisabete! - disse Augustine, olhando ao redor.

- Não há de quê.

- Espera - pediu James - Elisabete? Merda. Trancaram todo mundo aqui?

- Augustine, seu namorado é muito lerdinho. - cantarolou Anita.

- Ai meu Deus. Eu acho que vou vomitar! - tagarelou Augustine de volta, se contorcendo.

- Como a gente sai daqui? Será que vão nos matar? - disse Henry.

- Eu não duvidaria. Por que nos prenderiam aqui, afinal, se não para isso. - disse eu.

Estudamos os movimentos uns dos outros pela sala, como se isso fosse resolver alguma coisa.

Olhamos em volta, presto atenção nos detalhes.

A única iluminação que temos aqui é de uma lâmpada pendurada no teto.

Anita e Henry são os primeiros a checarem os próprios bolsos.

- Merda. - disseram em uníssono.

Minha garganta tem um nó que sozinho colocaria fogo nesse lugar.

Eu começo a rir involuntariamente. De início minha risada baixa não chama atenção de ninguém, mas quando o volume aumenta, todos se viram pra mim, me fuzilando com os olhos.

- O que foi? - digo entre as risadas.

- É sério que ela está rindo? - diz Augustine, me causando mais coceira na garganta e mais gargalhadas.

- Do que você tá rindo, Elisabete? - Henry pergunta. Ele tem muitas perguntas. - Não é engraçado.

O fato de ele parecer bravo e assustado me faz rir ainda mais, ao ponto da minha barriga doer.

Tenho a impressão de que me matariam agora se podessem, e se não soubessem que eu tenho a mente mais preparada para solucionar a questão de "onde estamos."

- A gente não tá com nossos celulares, - digo, me segurando para não voltar a gargalhar. - E mesmo se estivessemos - os risos voltam e parecem subir pela minha garganta. Seguro a respiração e termino: - Mesmo se estivéssemos, não teríamos sinalização aqui, já que - inalo o ar pela boca - Já que pelas minhas deduções, estamos em alguma masmorra medieval ou em um porão no meio da floresta.

Eles me encaram como se esperassem que minhas palavras fossem mais sábias.

- Não me olhem desse jeito.

Respiro fundo.

Começo a gargalhar de novo.

Augustine

- Eu não acredito. Ela está rindo? Rindo da nossa cara? - cochicho para James.

Ele dá de ombros.

Quando se trata de Elisabete Laila Liz, James não tem uma opinião sólida e em uma briga, sem dúvidas defenderia ela.

As paredes cinzas são marcadas por giz de quadro negro. Percebi isso assim que tirei a porcaria da venda.

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