Capítulo 17 - Seja convincente

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James

Anita some no corredor como o combinado, e corre para avisar os outros que ainda não chegou a vez de Elisabete Laila Liz.

Tento passar pelo cara na porta do quarto nublado de nuvens de "você sabe o que."

Ele coloca seu braço na minha frente, impedindo minha passagem e eu bufo, e coço a sombrancelha.

- Vai cara, eu quero entrar.

- Que tipo você usa?

Tenho um arrepio em pensar na verdade por trás a pergunta.

Olho para Elisabete, no canto do quarto, piscando seus olhos azuis para a parede e sem forças para se erguer do chão.

Suspiro e respondo a primeira coisa em que penso:

- Cocaína. É a melhor. - entro no personagem e tento me lembrar de parecer convincente.

- Entra logo. - ele abre espaço, e eu não hesito em obedecer. - E se você me entregar para alguém... você e a loirinha se ferram, sacou? - reviro os olhos e ele tira um canivete do bolso, tão rapidamente quanto quando me ameaçou com ele no meu rosto.

Ele me para e coloca as mãos nos meus bolsos da calça e do casaco, procurando por qualquer coisa que podesse ser comprometedora, e então, quando não encontra nada ele me deixa passar e me entrega um saquinho com um pó branco.

- Esse ai é 45.

Dou o dinheiro e coloco o saquinho no meu bolso, indo em desespero até a Betty.

- Que merda você tava pensando para vir para cá? Tá louca, Elisabete?

Ela só ri.

Me sento ao seu lado no chão.

- Você parece a minha mãe falando. - ela diz e pega um saquinho pela metade, jogado no chão, fazendo menção de usar essa merda.

Arranco da mão dela e jogo longe.

Ela tá tão chapada que nem tenta brigar, apenas procura por outro saquinho no chão.

- Você enlouqueceu! Qual o seu problema? O que tá fazendo aqui? - pergunto, mesmo sabendo que não vou ganhar uma resposta tão cedo.

Ela se debate no chão, tentando achar mais saquinhos de pó.

- Para, Betty! - tento acalma-lá, mas ela se desvencilha e se levanta com dificuldade.
Os olhos vermelhos indicam que tipo de lugar ela frequenta.

- Por que você se drogou, Laila? - me levanto atrás dela, que parece nem escutar.

Ela vai até o cara que abriu a porta para mim, e pega outro saquinho.

Ela se senta longe dos outros, no chão. E se escora em uma das camas do quarto, ficando de frente pra parede.

Antes que ela use outro saquinho do que eu acho que é cocaína, me sento ao seu lado outra vez e arranco ele da mão dela dificilmente, que revida me dando tapas.

- Para com isso, Elisabete! Você não é assim!

- Você não me conhece, Sevilha. Não me conhece. - ela fala, e eu aproveito sua distração para guardar o saquinho que peguei dela no meu bolso com o outro.

Se alguém mais ficar sabendo disso, todo mundo nesse maldito quarto pode ser preso.

- Vamos embora, okay? - aviso, e tento ajudá-la a levantar, mas ela nega, eme empurra. - O que você acha está fazendo aqui, hum? - pergunto, irritado.

Ela ri.

- Eu tô assustada. - ela balbuceia.

Ela deita a cabeça no meu ombro e fica assim por alguns minutos. As pessoas passam por nós. O cheiro de droga infectado por tudo.

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