Cena I

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MARTA ()

Valha-te Deus, marido! Ires-te assim à tuna
pelo mundo de Cristo à cata da fortuna,
e deixares-me aqui em frio celibato,
tristinha, muda, e só, nas palhas de um grabato!
E então porquê? porquê? Dei-lhe eu razão de queixa?
Não lhe quis sempre tanto?

(Desata a chorar)

E ele não só me deixa,
senão que nem me escreve, a dar-me algum conforto,
por modo que nem sei se é vivo ou se está morto.
Se me tivera vindo ao menos certidão
de estar já com o Senhor...!


O Fausto (1790)Onde histórias criam vida. Descubra agora