MARTA (só)
Valha-te Deus, marido! Ires-te assim à tuna
pelo mundo de Cristo à cata da fortuna,
e deixares-me aqui em frio celibato,
tristinha, muda, e só, nas palhas de um grabato!
E então porquê? porquê? Dei-lhe eu razão de queixa?
Não lhe quis sempre tanto?(Desata a chorar)
E ele não só me deixa,
senão que nem me escreve, a dar-me algum conforto,
por modo que nem sei se é vivo ou se está morto.
Se me tivera vindo ao menos certidão
de estar já com o Senhor...!