A um Quarto de Distância || Beauany

02. Breakfast

Boa leitura e perdoem os erros. 

META DE HOJE:

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POV Any Gabrielly. 

Acordei me sentindo estranha. Não reconhecia o lugar que estava, ainda achava que estava na minha casa dividindo o meu quarto com a minha avó.

Só que aí eu lembrei que, de maneira alguma, o meu pai nunca deixaria o Joshua ficar desfilando sem camisa na cozinha e com fones de ouvido. 

- Bom dia. - Digo bocejando no sofá e parece que ele não me ouviu. - Joshua.

Não adiantou nada. O Beauchamp continuou dançando na cozinha como um mongoloide. Então, como uma pessoa com ótima mira, peguei uma meia dele que tava podre por sinal e joguei em sua direção. Ele olhou pra baixo, pegou a meia que estava no chão, me olhou, e sorriu.

- Bom dia, princesa! - Disse empolgado. - Eu comprei um café da manhã pra gente.

Levantei do sofá, ajeitei a camisa do Josh em meu corpo e andei até a bancada. Havia bolo, pão francês, geleia, um litro de suco de caixa, manteiga e até uma salada de frutas.

Olhei pro Josh. O meu amigo é um mão de vaca. Ele mau comprava as cuecas dele, quem dirá um banquete pro café da manhã.

- Josh. - O chamei e ele me olhou. - Você comprou tudo isso... - Apontei para a comida. - Com o meu dinheiro?

- Talvez... - Respondeu comendo pedaço de pão

- Eu quero te matar! - Comentei sentando no banquinho. 

- Eu devolvi o carro pra minha mãe.

- A sua moto já tá liberada? - Ele assentiu.

Há algumas semanas, o Joshua teve a brilhante ideia de estacionar a moto em uma vaga pra carro. Alguém denunciou aquilo e um guincho foi buscar a moto. Em resumo, o Josh teve que pagar uma multa pra poder tirar a sua moto do pátio da guarda municipal.

- Eu nem trouxe a minha farda. 

- Usa a mesma calça de ontem.

- E a blusa, Josh? Eu vou com os peitos de fora? - Ele sorriu de lado.

- Eu não ligo. - Deu de ombros.

- Para de graça. - Digo rindo de nervoso.

[...]

- Você quase provocou um acidente, seu acéfalo! - O xingo assim que o Joshua parou a sua moto em frente ao café que eu trabalhava.

- Foi só um sinal vermelho, não enche. - Retrucou como se aquilo fosse a coisa mais tranquila do mundo.

- Um sinal vermelho que podia ter custado as nossas vidas! - Reclamo tirando o capacete. - Nunca mais ando de moto com você. Prefiro voltar andado!

- Exagerada. 

- Toma essa merda. - Digo lhe entregando o capacete.