A um Quarto de Distância || Beauany

23. Accident

Boa leitura e perdoem os erros!!

META DE HOJE

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POV Any Gabrielly

Não foi muito difícil chegar ao hospital com o meu pai dirigindo o seu carro a 60 km/h. Mas o difícil mesmo foi conter toda a minha tremedeira durante todo o percusso, além da ansiedade por não saber se a situação do Josh era grave.

Eu falei várias vezes para ele parar de dirigir igual um maluco. Nunca adiantou. O Josh nunca me ouve!

Chegamos ao hospital e eu fui correndo para a recepção enquanto o meu pai estacionava o carro. A minha mãe ficou de ligar para a tia Úrsula e contar tudo que aconteceu, viria com ela. E a Sabina ficou em casa com a vovó e o Teteu. 

- Boa noite. - Falo para a atendente que estava com a cabeça abaixada na recepção. - Joshua Kyle Beauchamp. 

- Só um momento. - A mulher respondeu virando o rosto para o computador. 

Eu não tenho um momento, moça. O meu amigo pode tá morrendo!

- Acidente de moto? - Ela perguntou para confirmar e eu assenti. - Trauma 03. 

- Obrigada!

Segui todas as placas do hospital que indicavam onde ficava as alas de trauma. Eu nem se quer me preocupei em fazer o meu cadastro como visitante, essas coisas demoram demais e eu não estava com paciência para isso. 

Cheguei ao leito 03 ouvindo bipes de máquinas e vozes de médicos e enfermeiros para lá e para cá. As cortinas do leito estavam fechadas. Mesmo assim, coloquei a mão na abertura e abri as cortinas. 

Foi por muito pouco que eu não gritei ao ver a perna do Joshua enxarcada com sangue. O seu abdômen estava roxo, ele tinha uma máscara de oxigênio no rosto e aparentava estar desacordado. 

- Você não pode estar aqui. - Um homem que aparentava ter 40 anos falou com um estetoscópio na mão.

- Ele vai ficar bem, não vai? Foi grave? - Perguntei tentando me manter calma, o que era quase impossível pois as minhas mãos estava tremendo, literalmente. 

- Tirem ela daqui. - O mesmo homem disse para um enfermeiro e logo uma parede de músculos parou em minha frente. 

- O que? Eu não vou embora! É o meu melhor amigo que está nessa maca! - Praticamente berrei para o enfermeiro que não fez nenhuma reação. 

- Moça, por favor, afaste-se! - Ele pediu com uma voz firme. 

- Ele vai ficar bem, não vai? - Tentei olhar mais alguma coisa, entretanto o homem alto e negro a minha frente não deixou. - Por favor, me fala que ele vai ficar bem. - Implorei já sentindo aquela sensação péssima na garganta de quando engolimos o choro. 

- Senhorita, por favor, saia! Senão eu serei obrigado a chamar os seguranças.

- Você é um sem coração! - Berro já deixando as lágrimas tomarem conta do meu rosto. - Seu troglodita!

- Senhor Meireles, leve essa descontrolada para a recepção. - O médico coroa ordenou. 

- DESCONTROLADA É O MEU PAU! - Tento entrar no leito novamente para dar um tapa na cara daquele velho tarado, mas a montanha de músculos me impede. - SE VOCÊS DEIXAREM O MEU AMIGO MORRER, EU MATO VOCÊS!