A um Quarto de Distância || Beauany

29. Ménage

Boa leitura e perdoem os erros!!!

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POV Josh Beauchamp. 

''Quem te ver passar assim por mim, não sabe o que é sofrer...''

As coisas voltaram ao normal nos últimos dias. Quer dizer, não há mais um constrangimento ou uma tensão estranha no apartamento. Voltamos a ser o que éramos antes sem, necessariamente, fazer o que fazíamos antes. Um exemplo disso? Hoje é dia 23 de setembro. Há exatos 16 anos, eu e a Any nos conhecemos. 

E, para comemorar essa data super importante, nós vamos jantar essa noite e eu vou levá-la para dançar salsa. Mas primeiro terei que passar o almoço com a sua família, em um churrasco no quintal da casa dos Soares com direito a piscina inflável e banho de mangueira. 

Fomos de moto até a casa dos seus pais, um trajeto que demorou mais por eu estar dirigindo como uma pessoa consciente, segundo a Any. Chegando lá, fomos direto para o portãozinho de madeira que dava acesso ao quintal. 

Cumprimentei os pais da Any e a sua avó. A Sabina tava na cozinha fazendo alguma coisa e o Matheus, acho que ele nem me viu se não eu teria ouvido um grito fino de algum pirralho me chamando. Não posso fazer nada se ele me ama mais que todo mundo. 

- Você vai entrar na piscina? - Perguntei baixo para a Any.

Eu só quero vê-la de biquiní. Só isso. 

- Vou. - Respondeu entrando na casa. A segui. - Você vai? 

- Não trouxe roupa de banho.

- Entra de bermuda mesmo. Tá calor, Josh. Ninguém vai se importar. - Dei de ombros. 

A Sabina, que estava preparando uma salada na cozinha, me cumprimentou com um chute na bunda, literalmente. Eu quase dei uma rasteira nela, mas como não sou uma pessoa agressiva, deixei quieto. 

- Cadê o Matheus? - Perguntei. 

- Tá no banheiro. - Respondeu. Minutos depois, ouvimos o barulho da descarga e a porta do banheiro sendo aberta. 

- Mamãe, meu cocô não quer descer. - O pirralho falou saindo da banheiro e eu prendi o riso. - JOSH!

- Epa! - Falo colocando as mãos na frente dele. - Lavou essa mão podre? 

Ele voltou para o banheiro, lavou as mãos e saiu. 

- Sabia que eu ganhei uma arma de água? - Ele falou no meio do nosso hi-five. 

- Quem te deu a arma de água?

- A mamãe. - Ele abriu um sorriso grande, e banguela. - Você vai entrar na piscina também? 

- Mais tarde. - Respondi bagunçando o seu cabelo. 

Deixei o Matheus fazer as coisas de pirralho dele e voltei para o quintal. A dona Carmo, avó da Any, estava em uma espreguiçadeira portátil com seu maiô florido e um copo de cerveja na mão. O Sílvio estava na churrasqueira e a dona Priscila enchia a piscina com uma mangueira. 

Algo mais brasileiro que isso, não sei se existe. 

Peguei uma cerveja no cooler e fui ver se o Silvio precisava da minha ajuda, coisa que eu tinha 98% de certeza que não. Porém, me surpreendi quando ele me entregou uma vasilha cheia de carne e pediu para eu salgá-las.