Capítulo 18

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Roy

Eu sou o criador do caos, inflamo pessoas para que lutem até a morte, quando elas acordam nem sabem onde estão, o que estão fazendo e o porquê tem tanto sangue em suas mãos. Pra mim é divertido causar tudo isso, por minha influencia houveram tragédias homéricas, e eu um grande espectador, mas na realidade eu adorava pegar minha espada e sujá-la na maior quantidade de sangue que eu pudesse, a cada corpo perfurado ela fica mais forte e eu mais animado.

Ouvir essa guerreira me dizer seu passado doeu, nesses poucos dias ela ficou mais próxima a mim do que qualquer outra mulher já esteve, eu sempre as seduzia, gozava e as deixava a própria sorte, nem perdia meu tempo tentando decorar seus nomes, mas é diferente uma mulher se entregar por uma sedução e uma se entregar pelo dinheiro que nem foi ela quem decidiu ou irá usufruir, minha pequena guerreira vai ter sua vingança e nem sabe ainda.

Aluguei um jatinho, vamos pousar na cidade mais próxima possível de onde está sua irmã e depois disso iremos de carro, alugo um quando chegarmos lá. Observo minha espada que fica guardada em minha cintura, ela está fervendo com a vontade de uma nova disputa, fazia tempo que não a usava e depois de ter matado aqueles desgraçados que prenderam meu irmão ela quer voltar a diversão.

Me despeço de Dan e vamos até o aeroporto, ela está ansiosa, se ela soubesse o que eu realmente quero fazer será que ela iria mesmo assim? Não resisto e pergunto quando estamos voando

- Luz, o que você mais deseja na vida?

- Minha irmã estar segura

- Depois disso?

- Que minha mãe e aqueles malditos paguem por tudo o que já fizeram, mas eu acredito na justiça divina, a dos homens é uma bosta, a Dele não falha.

- Entendi, e se a justiça não viesse nem de Deus, nem dos homens?

- Viria de onde? Não conheço outro tipo, mas se for justiça, ficarei feliz

Era tudo o que eu precisava saber, não será bem uma justiça, está mais pra carnificina os meus planos. Pousamos no início da madrugada, ficamos perambulando pelo aeroporto até a empresa de aluguel de carros abrir, escolho uma caminhonete vermelha, gosto de chamar atenção mesmo. Entramos e seguimos o caminho que o GPS mandava.

Ao chegarmos no lugar horrível que Luz cresceu ela vai as lágrimas, sua irmã chora ao ser carregada por um homem a força pra dentro de casa. Ela pula da caminhonete e vai atrás

- Como você pode mãe??? Sol venha aqui bichinha

A pobre da criança corre pros braços dela se escondendo

- Ele chegou a tocar em você minha linda?

- Não.... mainha disse que era pra eu obedecer a ele Luz, ele quis me beijar, ele fede

- Eu sei meu amor, fique tranquila, estou aqui agora. – Se voltando para a mãe – O que você me prometeu sua desgraçada?? Era pra Sol estar bem longe daqui agora

- E você pensou o que sua idiota? Você foi embora, os clientes continuaram ligando, leiloei sua irmã assim como fiz com você quando era pequena e o Jacques aqui ganhou, coincidência né, foi ele que tirou teu cabaço e agora será a vez da sua irmã, passe já ela pra cá.

Agora que eu entendi toda a história resolvo intervir...

- Luz, vai pro carro com a menina, deixa eu ter uma conversinha aqui rapidinho – Elas se vão e me volto para os dois maiores algozes de Luz – Então foram vocês que fizeram a vida dela um inferno? Pois bem, o que tem a dizer sobre isso?

O cara se pronuncia primeiro – Eu não fiz nada, paguei e levei minha mercadoria

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo seu jegue? – Ah humana imbecil, acabou de dar seu ponto final em sua sentença de morte. Solto toda minha influência sobre os dois

- Agora seus seres insignificantes, Jacques não é? Pelo que vi você gosta de estuprar crianças, porque não experimentar uma velha pra variar o cardápio? Aliás, enquanto isso você irá sujar suas mãos com o sangue dela, a quero completamente desfigurada, e deverá depois vir me mostrar que cumpriu as ordens, e você sua lacraia, pode lutar pela sua vida o quanto quiser, mas não poderá usar qualquer tipo de arma, ambos poderão usar apenas seus próprios corpos, quero que sangrem, que sofram.

Sendo assim vou pro carro, pego as duas e vamos até uma sorveteria próxima, a menina para de chorar ao experimentar o sorvete e Luz está inquieta

- O que foi?

- Eles iriam fazer aquilo? Eu não acredito Roy, como minha mãe pode vender a Sol pro mesmo homem? Eu contei tudo o que ele fez comigo

- Fique tranquila minha cara, a justiça já chegou

-Não entendi

- Aguarde...

Em poucos minutos vejo o verme sair da casa todo ensanguentado, entendo que a vagabunda morreu e ele me procura pra mostrar a prova, agora é a vez dele, no bar ao lado tem um bêbado armado, eu não preciso fazer quase nada, apenas digo que preciso ir ao banheiro e soltando minha influencia novamente sobre ele digo

- Aquele cara ali veio te matar, melhor agir rápido companheiro

Entro no banheiro a tempo de escutar ele descarregar a arma naquele verme velho e gordo. Volto para as meninas e resolvo que já é hora de irmos embora

- Já fizemos o que precisávamos fazer aqui, vamos embora minha cara. 

Irmãos CavaleirosOnde histórias criam vida. Descubra agora