Capítulo 15

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Vitoria

O beijo dele é forte, desesperado, sinto todo seu desejo ao percorrer seu corpo com minhas mãos, eu usava apenas uma lingerie em forma de boddy por baixo de um roupão, fazia pouco tempo que tinha tomado um banho, e como só tenho roupas dignas de passarela graças a esse homem que agora está fazendo um bom trabalho aqui no meu pescoço, eu a cada dia tento usar algo que nunca tive antes.

Ele percorre meu corpo com suas mãos, a cada instante o roupão se afasta um pouco mais, até que ele abre seu cordão e o retira de meus braços, ele me joga na cama e vem por cima de mim, seus olhos me aquecem por onde passam, e seus toques me causam combustão. Ele desce beijos pelo meu corpo, por cima da renda, no bico do meu seio ele se demora um pouco mais deixando um círculo de saliva no local, um de seus dedos afasta o tecido e passa a me estocar, apenas com a ponta do dedo, a palma da mão estendida pelo meu clitóris causa uma fricção e massagem maravilhosa, minhas mãos tentam abrir sua calça, mas com ele sentado na cama fica mais difícil, ele a retira pra mim, eu passo a chupá-lo enquanto sinto suas mãos em meu corpo, vou o mais fundo que consigo, o pau dele não é o maior que já encontrei, mas com certeza é o mais grosso, é um pouco difícil não raspar os dentes. Cansados de tanto tempo em preliminares ficamos de pé, apoio meu tronco na cama e ele me preenche, sinto meu corpo ser preenchido, não sinto qualquer dor, eu não era mais virgem, mas estava a uns bons meses sem e isso poderia fazer diferença, ele puxa meus cabelos, dói, mas gostei desse lado mais bruto dele, sinto sua mão em meu clitóris por alguns instantes, depois ele passa a colocar a ponta do seu polegar em meu ânus enquanto espalma a mão em minha bunda, continua com os movimentos de vai e vem, ele me coloca deitada de costas na cama, com um travesseiro ajudando a erguer meu tronco, minhas pernas em seus ombros, ele segurava minhas pernas com força, eu me masturbava enquanto sentia suas investidas – Me avise quando quiser beber leite bela dama – fiz que sim com a cabeça e desejei que ele aguentasse mais um pouco, me sentei e passei a chupar apenas a cabeça, ele passou a se masturbar e eu deixei a língua pra fora, achei que ele pudesse gostar de ver, o primeiro esguicho de porra acertou minhas bochechas e lábios, depois ele colocou a cabeça dentro da minha boca gozando o restante, tinha um gosto forte, quase amargo, bem diferente de tudo o que já senti antes, puxo o prepúcio e coloco minha língua dentro, dando leves batidas de baixo para cima, percebo que ele possa estar sensível e paro. Me sento limpando meu rosto com os dedos, ele se senta na beira da cama, nos sirvo um copo d'agua, depois me sentando próxima a ele e eu não sei o que fazer, acho que eu esperava algum carinho após o sexo, descansar em seus braços, tento tocá-lo nos braços, ele parece distante; o deixo ir, ele já tinha vestido suas roupas enquanto eu pegava a água, entendi a dica e vesti o roupão. Ele sai e eu fico sozinha.

Resolvo ir tomar um banho, sinto uma mistura ruim dentro de mim, degladiam-se sentimentos de vazio, frustração, com hormônios de prazer, solto algumas lágrimas e decido pensar sobre isso no dia seguinte. Mas não há dia seguinte com Raj, ele apenas passou pelo meu quarto enquanto eu dormia deixando um bilhete

"Bela dama, precisarei me ausentar por alguns dias, devo estar de volta em uma semana, aquela menina continuará fornecendo o que precisa, pode ir usando esse tablet, logo nos falamos por ele, até breve Raj"

Sua frieza me incomoda, mas o que eu poderia esperar? Um beijo de bom dia? Romantismo? Um pedido de desculpas por ter me feito chorar ontem à noite – mesmo que ele não soubesse? Nem eu realmente sabia o que queria; mas com certeza ficar sozinha nesse castelo não era uma opção.

Ligo o tablet, Snow dorme junto à minha perna, ele já havia configurado um desses aplicativos de conversa, deixou o contato dele e seus dois irmãos e das meninas, não fazem muitos dias que estou nesse castelo, mas parece que aquele tormento foi em outra vida, chamo pela Cristal, ela é sempre a mais calma, emotiva, eu mais prática, Luz atrevida, briguenta, e Lotus sensível, frágil. Cristal demora a atender

– Oi

– Cristal, sou eu, Vitoria

– Ah, oi guria, que número de telefone esquisito é esse?

- Não sei, é do Raj esse tablet

- Então você está com ele

- Sim, estou na casa dele

- Não foi isso que eu perguntei, estão juntos?

- Não sei – e exatamente nesse momento as lágrimas de ontem retornam

- Como assim? Você tá chorando? Eu vou matar aquela peste sendo um cavaleiro imortal ou não

- Do que você está falando?

- Ele não te contou?

- Contar o que?

- É melhor Raj te explicar, os irmãos são poderosos, mas pelo que eu disse logo você mesmo vai perceber. Enfim, agora me explica que porra é essa de você estar chorando, o que ele fez?

- Cristal, não sei, ele mostrou tanto desejo por mim ontem, depois me deixou sozinha como se não se importasse, hoje acordei com o tablet e um bilhete frio na mesa e ele foi viajar, nem sei o que pensar...

- Fica calma, vou falar com o Dan, mas eu tenho a impressão é de que ele não sabia o que fazer, às vezes o Dan erra também, eles são sozinhos a milênios, ainda precisam aprender a lidar com a gente, você vai ter que ter paciência e ensinar a ele, isso se você realmente quiser esse homem

– Entendi, um dia de cada vez, não posso pirar

- Isso aí garota, mas pode deixar que vou falar com o Dan pra puxar a orelha desse imbecil do meu cunhado

- Não, deixa pra lá, eu vou me resolver com ele.

- Tá bem... se cuida amiga - Você também, um beijo 

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