Capítulo 25

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O quarto dia - Lotus

Ontem à noite usei o vibrador que ele me deu, não gostei ou não soube usar, até entrei nesses sites pornô (depois de fazer várias buscas até encontrar um) pra ver se me ajudava em alguma coisa, algum exemplo ilustrativo, mas nada, eu não tinha nenhuma lembrança boa, nenhuma sensação prazerosa pra buscar, então ficou apenas um negócio tremendo em cima da minha vagina e eu sem saber o que fazer, enfim; acho melhor eu devolver o presente, ou admitir que não sei usar, estou com ele dentro da bolsa onde levo alguns salgados que comprei no caminho, não que eu tenha muito dinheiro, mas Dan e Cristal me fizeram sair com algum no bolso, pois eu sempre posso precisar comprar algo, pagar um táxi, sei lá, eles são protetores comigo, na verdade Cristal é protetora, Dan apenas vai na onda.

Ele está me esperando, uma camiseta branca e calças de linho claras, ele é absurdamente lindo, às vezes me pego acreditando que é apenas minha imaginação, não faz sentido alguém saber tanto sobre mim, é como se ele me fizesse as perguntas apenas porque quer ouvir as respostas que ele já sabe, é impossível alguém ter acesso a vida dos outros dessa forma, mas seja o que for, graças a ele consegui avançar alguns passos, ontem pedi para que Dan pegasse em meu braço, consegui suportar seu toque sem chorar, não sei como seria com algum estranho, mas antes, mesmo sabendo e confiando de que Dan não me faria mal algum eu o evitava, se ele estava em um cômodo da casa eu ia para o lado oposto ou ficava no quarto. Tenho plena convicção de que foi Tom que me trouxe essa mudança.

- Oi, desculpe, me atrasei um pouco; é que hoje eu preferi passar em um lugar antes pra comprar nosso lanche, é uma das minhas comidas favoritas, mas não sei fazer.

- Não tem problema, mas o que você trouxe?

- Coxinha

– Vou experimentar então

- Espera aí você não conhece?

- Na verdade não, não é sempre que eu como apesar de gostar, me sobra pouco tempo até pra isso

– E mesmo assim você vem me encontrar? - fico com vergonha de atrapalhar o dia dele – se eu tiver te atrapalhando, pode ir, vou ficar bem

– De maneira alguma, faço questão de cumprir cada promessa que faço, e eu confesso que essa é minha melhor hora do dia.

Eu finjo acreditar nessas palavras, ou melhor dizendo eu quero acreditar, pois essas também são as melhores minutos do meu dia, comemos os salgados enquanto eu procuro uma maneira de dizer a ele o motivo daquele brinquedo estar na minha bolsa

– Se divertiu ontem?

- O que?

- Com o brinquedo, conseguiu encontrar o prazer?

- Não, eu até trouxe ele pra te devolver...

- Porque não? Você tentou?

- Sim, mas não vinha nada em minha mente, eu apenas estava sentindo esse negócio vibrar sem qualquer graça

- Bom, é uma sorte você ter vindo de vestido hoje, me empresta ele um pouquinho – assim que eu tiro da bolsa o entrego em sua mão - ótimo, será que você conseguiria sentar em meu colo? vai facilitar muito as coisas, prometo não fazer nada sem sua autorização

- Posso tentar – assim me sento em suas pernas, as dele fechadas e as minhas abertas, minhas costas apoiadas em seu peito e sua mão livre fazendo carinho no meu braço

- Se sente bem? - assinto - Ótimo, vamos começar

Ele deixa o vibrador em meu colo e aumenta os carinhos pelos meus braços me causando arrepios, joga meus cabelos negros para o lado assopra minha nuca, fazendo meus pelos arrepiados se ouriçarem ainda mais, sua pele fria em comparação a minha quente me faz começar a achar que estou com alguma febre, solto um suspiro derrotada, praticamente deito em seu corpo com a sensação dos seus carinhos

– Agora minha Lotus, pegue o vibrador e você vai segurar ele, vou te ajudar a chegar ao orgasmo, mas infelizmente não será pelas minhas mãos desta vez, eu apenas vou cuidar do controle remoto pra você

Posiciono o vibrador na parte de meu corpo onde eu mais sentia o calor, chegava a repuxar chorando por atenção, eu não me lembrava de ter sentido isso antes, ele liga o aparelho, bem fraquinho, seus carinhos não param em nenhum momento, a velocidade está fraca demais, me vejo começando a choramingar, ele me dá mais um pouco de velocidade, e assim ele continua nessa tortura silenciosa até que minha respiração se torna entrecortada e meu corpo queima desejando algo que eu desconheço

- Goze minha Lotus, goze pela primeira vez para mim

Eu nem sabia o que ele estava falando, mas meu corpo sim, ele se contorceu e eu não pude segurar um grito, quando voltei a mim o braço direito de Tom estava me segurando pela cintura como se eu fosse cair a qualquer momento. 

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