Capítulo 10

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Raj

Eu não sou bondoso, a cada pessoa que tinha o azar de tocar o documento dela recebia uma carga viral de meningite, não iria mata-los, mas era o suficiente para que sofressem uma dor de cabeça tamanha que se esquecessem de fazer o seu trabalho corretamente. Assim que chegarmos na Europa terei que fazer o mesmo. Só não posso dizer dos homens que fizeram essa falsificação absurdamente ruim, esses assim que eu bati a porta morreram de causas naturais.

Ela está inquieta, imagino que nunca tenha voado, faço carinho em sua mão para acalmá-la, mas por que diabos me importo tanto com essa humana? Porque o simples cheiro do cabelo dela, o toque de sua mão me dá uma dolorosa ereção? Me nego a me unir a ela, mas isso não me impede de torna-la minha concubina, de me fartar em seu corpo até que finalmente eu me livre de todo esse tesão, assim que acontecer a darei uma morte rápida e uma lápide bonita em meu quintal.

Aterrissamos em Londres, a levei para minhas lojas favoritas dessa cidade, aqui sim eu poderia comprar o que quero para ela, odiei a ver tão mal vestida naquele dia, faço com que ela desfile para mim, a cada traje novo imagino como seria arrancar esse pedaço de tecido de seu corpo. Porém aqui compramos também algumas joias, maquiagem, ela não sabe falar inglês, então eu dava as instruções para ela e para os vendedores estúpidos, quando ela foi provar um casaco de pele de coelho sobre um conjunto de calça e blusa em couro uma vendedora tentou a sorte comigo, sua voz irritantemente melosa, sua mão tentando alcançar meu pau que estava duro me irritou tanto que fui extremamente ríspido com ela, a obriguei a terminar de nos atender, nos servir champanhe, pra mim tem gosto de mijo de gato, mas fiz um esforço, no final a comissão gorda que daria minha compra foi para a mocinha do vestiário que fez amizade com Vitoria por ser brasileira também, se fez minha Bela dama sorrir merece o prêmio. Aliás, a mocinha irritante logo sairá nos tabloides como um caso anormal de varíola, fiz questão de usar essa doença tão velha e irritante quanto for possível.

Com muito esforço de carregar todas as malas depois chegamos ao meu castelo. O carro pode ir até um certo limite, depois é tudo feito a pé ou em quadriciclos adaptados, meus dois únicos funcionários de confiança trouxeram as malas com as coisas dela e as peças de alfaiataria que já havia deixado providenciado. Eles são os únicos que podem deixar o castelo, que buscam os suprimentos necessários uma vez ao mês e sabem bem o que acontece se traírem minha confiança.

Ela admira o castelo, realmente fiz um bom trabalho aqui, levei alguns séculos pra deixa-lo como queria e depois tive que ir modernizando com algumas irritantes reformas. Tom também é engenheiro e arquiteto, então ele que cuidou de tudo isso pra mim, eu apenas trazia os materiais que ele mandava e usavam meus funcionários pra construção. Dessa forma acabei criando um vilarejo no castelo, porém como as pessoas daqui são analfabetas, mal sabem falar ou comer sem parecerem animais, elas têm medo de tudo e eu de certa forma alimento o medo delas saírem. Isso funciona muito bem pra mim.

A levo para seu quarto que é ao lado do meu e possui uma porta secreta que os interliga que apenas eu posso abri-la, suas malas são trazidas e mando que a garota que cuida da limpeza deste andar vá buscar uma refeição para ela. Vou para meu quarto, por alguma razão incomoda eu ainda não fodi aquela mulher, tive tanto trabalho e não ganhei nada em troca ainda, não sei o que estou esperando... que ela bata na minha porta pedindo? Burrice do caralho.

Não sinto sono, mas adormeço pensando nela. 

Irmãos CavaleirosOnde histórias criam vida. Descubra agora