19 - Quando os sentimentos fluem

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Bruno: Bom, acho que vou indo. Logo o Alex chega, e vocês precisam descansar.

Helena: Já? Fica mais um pouco.

Enquanto isso a Amélia começou a resmungar de novo, e vomitou.

Helena: Acho que vou ter que levar ela no hospital... Se ela piorar a noite não tenho como sair, o Alex saiu com o meu carro e eu tenho medo de pegar o dele.

Bruno: Então vamos, eu te levo lá.

Peguei a Amélia e descemos até o carro do Bruno .  Chegamos lá, e fomos direto pra pediatria. Por sorte, era a doutora Lyvia que estava no plantão.

Dr. Lyvia: Oi gente! Posso ajudar vocês?

Helena: Então doutora, ela tá chatinha o dia todo, e agora tá vomitando. Tem algum remédio que eu possa dar pra ela?

Dr Lyvia: Deixa eu examinar ela primeiro, aí vejo oque posso receitar.

Ela mediu a temperatura, os batimentos e fez um check-up que fazemos nos bebês diariamente.

Dr. Lyvia: Bom, ela tá com uma febrinha, provavelmente deve ser resfriado comum mesmo, nesse caso, o que você faz?

O Bruno foi buscar um café enquanto isso.

Helena: Faço uma compressa e dou **** em gotinhas?

Dr. Lyvia: Isso. E se persistir dentro de quatro horas você volta aqui. Tá? Mas com certeza logo passa. Se acostume Helena, é só o começo.

Bruno: Podemos ir?

Helena: Podemos. É só um resfriadinho mesmo.

Bruno: Que bom.

Dr. Lyvia: Né?!.... vocês tavam de plantão?

Helena: Não, o Bruno foi jantar lá em casa com o Alex. Aí peguei carona com ele pra vir pra cá.

Dr. Lyvia: Entendi. Bom, qualquer coisa me liguem.

Helena: Ok

Voltamos pro carro com a Amélia em gritos de frio, mas assim que sentei no banco e fechei a porta ela começou a se acalmar.

Bruno: Achei que a Lyvia iria pedir pra você ficar com ela.

Helena: Putz eu também. Que susto. - falo rindo -

No caminho até em casa, ela dormiu e a febre também aliviou. Até chegarmos lá de volta foram mais ou menos 40 minutos por conta do trânsito.

Helena: Muito obrigada Bruno, de verdade.

Bruno: Imagina. Precisando é só chamar, caso ela não melhore até o Alex chegar.

Helena: Tá bom. Mas acho que agora ela dorme bastante, o remédio deixa com sono também.

Bruno: Ainda bem. Bom, mas eu vou indo.

Helena: Bom, então tá. Tchau Bruno, se cuida.

Bruno: Tchau Helena, se cuida também.

Ele colocou levemente as mãos em minhas bochechas, e me beijou. Eu retribui — e finalizei com um abraço.  — e enquanto ele me abraçava, eu pude ouvi-lo sussurrar em meu ouvido;

Bruno: Eu gosto muito de estar com você.

Segurei ele forte, parecia que parte de mim não queria soltá-lo. É a primeira vez em alguns anos que eu tenho esse sentimento novamente.
Desfiz o abraço e o respondi, olhando nos olhos dele;

Helena: E eu gosto ainda mais.

Bruno: Bom, agora eu preciso ir. Até amanhã, amor.

Eu gelei. Foi a primeira vez que ele me chamava assim, desde que começamos ficar.

Por trás das paredes do hospitalOnde histórias criam vida. Descubra agora