13 - doce noite

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Assim que acordei fui buscar o meu carro, pois o negócio já estava certo. Cheguei no Hospital e fui olhar o quadro de cirurgias, e notei que estava em uma cirurgia com o Bruno as 20h30. Então fui me preparar correndo, pois não tinha visto que estava lá.

Assim que me preparei fui até a sala dele para ver como ele estava.

Helena: Bruno, achei que estivesse de folga.

Bruno: Não, não posso desmarcar cirurgias assim do nada. E hoje tenho um transplante de fígado para fazer em uma criança de 11 anos.

Helena: Ah, entendi. Conversou com a Karol hoje?

Bruno: Ah, conversei... Ela tá bem. Bem melhor. Eu falei a ela que estava tentando ajudá-la com as crises de pânico, e que podemos continuar sendo amigos, mas que eu não sinto por ela oque achava que sentia há um tempo atrás.

Helena: Nossa.. Mas ela vai ficar bem...

— silêncio —

Helena: Eu já vou indo. Não quero assinar pontos por desobedecer a ordem de distância que nos colocaram..

Bruno: Relaxa, aquilo lá vale por dois meses ou quanto o relacionamento durar. Eu já terminei com ela mesmo. Pode ficar aí se quiser.

Helena: Vou ir ver a Mari, faz horas que não falo com ela.

Bruno: Ok.

Desci e fui procurar a Mari, mas logo lembrei que ela estava descansando lá em cima e eu não quero atrapalhar ela.
Então vi que o Alex tinha chegado com a Amélia.

Helena: Amelinha! Que saudades da bebê da titia. — pego ela — Como foi lá?

Alex: Bem triste, principalmente na hora de enterrar. Eu nunca quero desejar a ninguém a passar por isso. A Karol ficou muito mal mesmo. E você nem sabe que a irmã do meio da Karol está grávida e teve que ir pro hospital, por conta de nervo.

Helena: Vish... Quantos meses?

Alex: 7 eu acho... se nascer agora ele consegue se criar, só que por incubadora.

Helena: Nossa... Eu tenho cirurgia agora com o Bruno..

Alex: O Bruno? Achei que ele não fosse vir hoje.

Helena: Parece que ele tinha cirurgia marcada. Um transplante de fígado de um  adolescente.

Alex: Que bom! Acho que sei quem é. Então levo a Amélia lá na creche?

Helena: Pode levar. Ah, eu vou passar pegar o bolo dela amanhã cedo pra comemorarmos amanhã. Só eu e você mesmo, por respeito a eles.. Só pra não passar em branco.

Alex: Beleza. Eu posso chamar o doutor Henrique? O do trauma? Ele conhecia a Amélia e sempre gostou dela também desde que chegou.

Helena: Claro, e eu chamo a Mari e aí fecha.

Alex: Ok. Vou subir então. Tchau Helena.- dá um beijo na bochecha -

Helena: Tchau Alex. Até daqui a pouco.

Subi e me vesti para a cirurgia. Logo subi para o centro cirúrgico para ir ajeitando tudo. Em 10 minutos já estávamos abrindo o menino. Fazia alguns meses que ele estava esperando pelo fígado. A cirurgia levou o tempo esperado, sem complicações e muito tranquila.

Depois disso troquei de roupa e fui pegar a Amélia, mas acabei encontrando o Bruno na escadaria, oque é raro já que ele só anda de elevador..

Bruno: Ah, oi Helena. Já tá indo pra casa?

Helena: Sim. Só vou pegar a Amélia.

Bruno: Entendi. Eu vou posar aqui, tá chegando um trauma e vou ajudar o Henrique.

Helena: Ah, entendo. Eu só vou fazer meio turno amanhã.

Bruno: Eu vou visitar a Karol amanhã e ver como ela está.. não posso deixar ela na mão agora.

Helena: Sim.. Ela tá melhor?

Bruno: Um pouco, está mais forte.. a família dela é muito unida e a ajudam muito.

Helena: Ainda bem. Bom, então até amanhã Bruno.

Bruno: Até. Sabe no que eu tava pensando?

Helena: Em que?

Bruno: Vai pegar folga no feriado da semana que vem?

Helena: Vou sim.

Bruno: Eu vou também. O que acha de você, eu e o Alex passarmos o feriado na fazenda do meu pai? Lá é ótimo.

Helena: Vou falar com ele.

Bruno: Me avisa daí.

Helena: Aviso sim... Mas vai mais alguém?

Bruno: Acho que só nós. A Karol nunca vai querer ir, e não tenho mais ninguém pra chamar, os outros médicos vão ficar no hospital.. outros vão viajar.

Helena: Entendi. Então tá. Até mais.

Bruno: Agora, até.

Subi na creche e encontrei a Mari, e conversamos mais uns quinze minutos. Ela me disse que já estava indo pra casa também então ofereci carona á ela, que aceitou.

Deixei a Mari na casa dela e fui até o supermercado com a Amélia. Comprei algumas coisinhas pro mesversário da Amélia e passei na padaria pegar o bolo.

Cheguei em casa e enviei mensagem pra Mari perguntando que horas ela viria, ela me respondeu que dentro de duas horas chegava, então deu tempo de eu fazer tudo oque precisava fazer.

Logo chegou o Alex dizendo que o Doutor Henrique já já chegava.

Então liguei pra minhas irmãs contando que hoje é o primeiro mês da Amélia. A Anne falou que logo vai mandar um presentinho pra Amélia

Deu 19h30 e todos eles já tinham chegado. Dei banho na Amélia e coloquei um vestidinho Azul, um laço branco e uma meia branca também.

Como não era nada chique mesmo, eles já foram comendo e bebendo enquanto conversavam.

Fora o bolo e os docinhos eu fiz uma torta e um pudim. Acompanhado de refri e sucos.

Foi uma delícia. Amélia só dormiu mesmo e acordou pra tirar umas fotos, e como estávamos só nós quatro aproveitamos a noite para colocar o papo em dia.

Assim que foi entardecendo comecei a organizar as coisas. Doutor Henrique foi embora às 23h30, assim que deixou um presentinho pra Amélia. Mari perguntou se poderia pousar e eu falei que tudo bem. Ela dormiu comigo no meu quarto e o Alex dormiu no quarto dele.

Por trás das paredes do hospitalOnde histórias criam vida. Descubra agora