12 - A primeira perda

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Bruno: Meu Deus, me perdoa por não ter vindo antes amor.

Karol: Ela tá na sala de c-cirurgia Bruno.

Bruno: Calma. Vem aqui. Senta aqui comigo. Você quer comer alguma coisa? Quer um café?

Karol: Não consigo. Não posso comer sabendo que a Lu tá naquela sala. Ela é tão pequena pra isso.

Bruno: Calma, calma.

— a mãe e a tia da Karol chegam —

Bruno: Karol, você quer ficar em outro lugar?

Karol: Não, vai comer. Lembra que havíamos combinado de ir jantar? Pode ir sem mim, eu vou ficar aqui com a minha mãe.

Bruno: Não, eu fico com você.

Karol: Tudo bem Bru, pode ir. Helena, leva ele até a lanchonete. Depois vem aqui e me conta se ele comeu.

Helena: Karol, não quer que eu ou o Bruno fique?

Karol: Não. Eu preciso de um tempo com a minha mãe.

Helena: Bom, então tchau Karol. Até depois.

Convenci o Bruno a ir até a Lanchonete do Hospital. Ele não queria comer nada.

Helena: Bruno, você precisa comer. Eu sei que você fica aflito vendo ela assim, mas vai ficar tudo bem. Eu te garanto.

Bruno: Ela tava começando a ficar melhorzinha. Se a Luiza dela morrer tudo vai piorar.

Helena: Não pensa assim. Come vai. Assim que o Alex sair da sala de cirurgia ele vai nos contar como ela esta.

Bruno: Eu preciso saber como ela está, não vou conseguir comer agora.

Helena: Eu posso ir até lá pra você. Mas me prometa que você vai pegar alguma coisa e comer na sua sala.

Bruno: Ok.

Peguei algumas batatinhas fritas pro Bruno e uma fatia de bolo de chocolate, era oque ele queria. Subimos pelo elevador e ele ficou na sala em que ele atende os pacientes, numa salinha que fica atrás na verdade, que tem pia, balcão etc.

Eu vesti a roupa pra entrar em sala de cirurgia e fui até o Centro cirúrgico que o Alex estava operando a irmãzinha da Karol.

Eu não podia entrar porque poderia acabar atrapalhando, mas pelo que eu estava vendo tava tudo ok, todos estavam calmos e o Alex também.

Voltei lá pra cima.

Bruno: Como ela tá?

Helena: Tá indo tudo bem Bruno. Ele é o melhor neuro daqui. Vai dar tudo certo. Não precisa se preocupar.

Bruno: Eu não consigo.

— Mari bate na porta —

Mari: Oi Helena, me disseram que você estaria aqui. A neném dormiu, o que eu faço?

Helena: Coloca ela no berçário pra mim, assim que eu puder eu pego ela. Soube oque aconteceu?

Mari: Soube. Eu sinto muito.

Helena: Tudo bem, ela já está na sala de cirurgia e está correndo tudo bem. Só o Bruno e a Karol que estão bem abalados. Mas, assim que eu puder nos falamos, tá?

Mari: Tá bom amiga. Até depois.

Helena: Até.

— Mari sai —

Bruno: Helena, você pode ir ficar com a Amélia. Eu to bem.

Helena: Bruno, eu vou ficar aqui o tempo que for preciso.

Por trás das paredes do hospitalOnde histórias criam vida. Descubra agora