prática

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— Oi Jungkookie, tive tantas saudades suas!

— Também eu, Suguinha, mas sabe que a gente se viu apenas horas atrás?

— Não importa. Eu podia te ver há dois minutos e teria saudades.

Basicamente, a gente está atolado de coisas da universidade para fazer, e com tudo da música e assim, não tem mais como a gente de ser sempre como antes. Talvez. Quando eu convidei Jungkook para vir cá ele falou que tinha de estudar para uns exames e tals, e sinceramente, tenho demasiada vontade de estar com ele para esse motivo de merda me parar. Então falei, simplesmente, "você pode vir cá". E ele veio. E aqui estamos.

— Você está sozinho? — Perguntou assim que entrou mais.

— Sim, minhas irmãs estão com meus pais essa semana. Até meu vizinho foi de férias. Conveniente, né? — Beijei a bochecha dele, quando nos sentamos ambos no sofá, e ele fechou os olhos. — Tudo bem, bebé?

— Tudo, estou só descansando e assimilando tudo o que tenho para fazer. É menos tolerável se você não está lá. — Suspirou.

Pois, estou em universidade online. Cheguei à conclusão de que com tudo do Suga seria difícil continuar saindo normalmente e estudando, então estou tentando um plano online para ver se consigo fazer tudo. Magina que a música dá errado, assim tenho um plano B, menines. Fui só tomar café e dar um bom dia para ele de manhã.

— Calma, anjo. Você pode trocar de curso, se quiser, dinheiro não é mais o problema, e mesmo que fosse, você tem resultados suficientes para pedir bolsa em qualquer área, então não se preocupe. Hm? — Tirei seu cabelo da cara, e suspirou. — E tem lá todos os outros. O Namjoon, o Seokjin, o Hobi, o Yugy... Calma. Você vai dar um jeito. E ei, faltam apenas uns meses para as férias! 

— 6 meses!

— Meses mesmo assim! — Apertei suas bochechas. — Você tem que ser positivo bebé!

— Não quero ser positivo. Quero mudar de nome e país.

— Bem, bem. Pelo menos não é "eu quero morrer."

— Isso também mas você odeia quando eu falo que quero morrer.

— Mudando de assunto! Alguma novidade? — Ri de nervoso. Essas conversas me deixam nervoso, gente. 

— Acho que não. — Pensou um pouco, enquanto tirava o laptop dele da mochila. — Ah, uns garotos lá da Uni mandaram mensagem, de novo. Bem desesperados por sinal. — Riu. — "Oi gato", e coisas assim. Não sei se respondo, ou-

— Responde. 

— O que você falou?

— Responde a eles, Kookie. Eu comecei te mandando mensagem assim. Se você não tivesse respondido, nada disso teria começado.

— Primeiro, normalmente eu nem respondo, foi mais algo me chamando a responder, foi um impulso. Segundo, você está me encorajando a que haja um Suga 2.0? — Arqueou uma sombrancelha e riu.

— Não! Você é meu. Mas se não fossemos namorados, seríamos melhores amigos, né? Besties, for lifers. Quer dizer, somos, mas você entendeu.— Assentiu. — Você pode fazer amigos. Acho que seria saudável para você dar uma chance a eles, e falar.

— Sim. Claro. E você não se incomodaria?

— Claro que não, gosto, aliás, amo que todo mundo te queira comer e eu sou o único realmente te comendo. Dá um orgulho, sabe? Dá mole para eles mesmo, nunca faz mal. E se eu fosse me incomodar com cada pessoa que gosta de você... tsc, coitadinho de meu amor.

Jungkookie sorriu e me beijou. — Você é um merdas.

— Verdade, verdade, mas sou seu merdas. 

— Quando você fala essas coisas eu quero me atirar de uma ponte. Seu merdas!?

— Você prefere uma cantada?? Ok, vamos. Gato...

— Não...

— Você trabalha na Fiat? — Comecei a rir com minha piada e nem acabei. — Porque você- Você faz meu stilo. — Continuei a rir para caralho.

Ele também começou a rir, acho que de eu estar morrendo e parecendo um morango. — Yoongi... onde você decora essas cantadas?

— Eu tenho muito tempo livre. — Ele ficou acenando negativamente enquanto ligava o laptop. — O quê? — Perguntei ainda rindo.

— Nesses momentos eu questiono porque estou com você. 

— Você me ama. — Puxei ele para meu colo, e ele ficou de lado com a cabeça deitada no meu peito. — Vá, seja sincero. Você está bem?

— Eu estou bem, Suguinha, apenas... sei lá. Estou com mau humor.

— Hm... eu acho que você está mentalmente cansado. Talvez você não devia estudar hoje, só para você tirar um dia.

— Isso não é uma opção.

— Então você tem uma hora para acabar tudo o que tem de fazer. — Ele ia refutar, mas não deixei. — Sério! É melhor que nada e te dá tempo para relaxar. Eu estarei aqui se precisar de ajuda para qualquer coisa.

Ele suspirou e em segundos começou a trabalhar, procrastinação 0 e nem sei como isso é humanamente possível, mas relevemos. Eu coloquei uma série e acho que me distrai tanto que quando ele terminou eu não reparei. Então foi me abraçar mesmo, e só nos braços dele percebi. Ele acabou por se sentar quase na mesma posição de antes, no meu colo de lado.

— Eu falei que você conseguia. — Sorri e beijei a testa dele.

— Tá, tá, você tinha razão. Vamos fazer o quê, agora? 

Olhei para os lados e depois para ele. — Não me deixe escolher, bebé. Eu sei exatamente o que quero.

— Se você quiser...

— Não- quê?

— Se você quiser. 

— Sério? — Perguntei incrédulo. — Quero dizer, tudo bem, fico feliz mas... eu estava brincando. Não quero te apressar. 

— Você não está me apressando. Eu quero. — Riu de mim.

— Você tem a certeza?

— Talvez não nesse momento exato, tenho fome, mas eu tenho pensado nisso. Estou pronto, sabe? Eu confio em você, e... Quando você quiser. 

Eu sorri de lado e abracei ele. — Então, quando você quiser, meu amor. Só tenha certeza. — Assentiu. — Agora vamos te alimentar. Porque você não falou que tinha fome!? Eu não posso te deixar assim.

— Eu fiquei com fome agora...

— Vou pedir comida, o que você quer de janta? — Tirei meu celular do bolso e abri a Uber Eats.

— Uh... não sei, qualquer coisa.

— Ou você fala ou eu te dou ramen instantâneo.

— Kalgooksu. Obrigado.

— Fui obrigado, fui...

— Yoongi!

— Estou brincando!

UNKNOWN! y.k.Onde histórias criam vida. Descubra agora