estúdio

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— Pronto turma, essas são algumas das formas de encontrar um ponto num plano cruzado, estarei enviando o PowerPoint completo depois. Alguma dúvida? — Literalmente metade da turma levantou a mão. — Fico feliz por saber que todo mundo entendeu, boa tarde.  — O professor saiu. 

Mesmo que a vida fosse feita de rosas e agora meu crush desde sempre é meu namorado, claro que a gente teve que voltar pra Uni e pra tortura complexa que é ter matemática. 

Fui ter com Kookie, que estava sentado na mesa, horrorizado de um jeito que parecia que tinha visto um fantasma: — Amor, tudo bem? 

— Yoongi, eu não entendi uma palavra do que o homem falou. Matemática pra mim 1 1, de resto calculadora. — Encarou o nada e colocou a mão na boca. — Estou fudido. 

— Claro que não bebé, você só têm que tentar de novo, no seu ritmo, vai entender. Não fique nervoso, é pior. 

— Ah eu não estou nervoso. — Falou, literalmente batendo freneticamente com o pé no chão. 

— Jungkook. Calma. — Peguei nos ombros dele e me aproximei. — É só matemática. Como você falou, se quiser pode só usar calculadora toda sua vida, ninguém te impede, bebé. 

— Haha obrigado. — Me puxou, e cara, já mencionei a força dele? Eu faço crossfit, mas porra, ele tem uma força que nem a porra do Hulk ganhava contra ele no braço de ferro. Me abraçou. — Você tem razão. Vou só tentar meu melhor e será suficiente. 

— Isso. — Lhe dei um beijo na bochecha. —Você precisa de se distrair. Limpar a mente e descansar dessa merda. Sabe o que a gente vai fazer? 

— Vamos pra minha casa assistir Gravity Falls inteiro pela sétima vez essa semana. 

— Não, vamos para o prédio da Bighit. 

— Que- — Colocou as pernas á volta da minha cintura, provavelmente para eu não fugir como estava tentando fazer. — Como assim? 

— Isso que eu falei. Vamos para o prédio da Bighit. Eles têm um cafézinho legal, eu posso te mostrar o lugar onde a magia acontece, posso te levar para um estúdio para você finalmente dançar para mim~

— Suguinha... — Me beijou, e sorriu ao se separar. — Não. 

Suspirei. — Tentei. Mas bora mesmo assim, é bem legalzinho para se distrair. 

— Amor, é literalmente restrito para todo mundo sem ser artistas. Eu não posso entrar. 

— Olha, eu te debutei, e eles vão me debutar, logo, eles te debutaram. Confia, não tem problema, aliás, o Bang até quer te conhecer. 

— Que, porquê? — Antes de começarem as perguntas, aproveitei a posição bem conveniente, peguei ele no colo logo, e andei bem rápido. — Yoongi, porque o senhor quer me conhecer? 

— Sei lá, só falou que queria, e não posso negar nada a meu chefão né. — Eu sei porque ele quer, risos risos, mas é surpresa. 

— ... tá. — Ele não pareceu convencido, mas também, quem estaria. 

Então, joguei minha melhor carta para desviar o assunto: — Kookie já falei que te amo hoje? 

— Por acaso, não. Estava ficando magoado já. — Parei de andar para encarar ele fazendo a carinha daquele emoji de beicinho. 

— Bebé, eu te amo, não me faça te fazer um ataque de beijos na rua.

— Você é tão boiola, Yoongi.

Entretanto, a gente finalmente chegou no edifício que eu estava esperando. Entrámos, e como falei, cafézinho legal. — Pode escolher qualquer menu que quiser, a gente tem que almoçar. Você quer café, achocolatado, chá, suco, refri, ou água?— Me virei para a senhora do balcão. — Eu quero peito de frango picante, por favor, e meu namorado quer... — Olhei pra ele. 

— A-ah, não tenho fome. 

— Ele quer espetinhos de cordeiro. — Sorri para a senhora, paguei, e fomos pra mesa. Ele estava, de novo, fazendo a carinha do emoji. 

— Você lembrou.... 

— Eu lembro de tudo. Inclusive de quando você me chamou de "qualquer coisa".

— Yoongi, você me mandou mensagem sem me falar quem é, e me pediu pra te chamar de Daddy, queria que eu fosse simpático? É pedir demais, caralho, eu literalmente só queria viver uma vida tranquila fazendo nadinha, e você foi com os daddy e o caralho. 

— Desculpa, eu estava brincando! Daddy é meio estranho mesmo, só queria brincar. Na altura eu pensei que você lesse fanfics, sabe? 

— Bom, eu leio agora. Só me falta você decidir me sequestrar e esperar que eu tenha síndrome de Estocolmo, seria bem legal. 

— Seria, não seria? 

~~vinte minutos depois~~


— É aqui que acontece, bem vindo ao Genius Lab. — Falei ao abrir a porta do meu bebé, meu estúdio. — Pode tocar no que quiser, apenas desinfeta as mãos antes. 

— Nossa, é tão grande! E seu piano é mais brilhante que meu futuro. — Observou. —  É tudo muito legal, tem até sofazinhos e espaço. 

— É, a gente podia se comer aqui. 

Ele me encarou, e mano sério, se olhares matassem, eu estaria morto. — É a quarta vez que você fala disso hoje. Se quer alguma coisa de mim, pede, Suguinha. 

— Isso magoaria meu orgulho, bebé, lamento. — Me aproximei de meu computador. — Vem cá, quero te mostrar uma coisa. 

Ele veio e eu coloquei uma música que acabei ontem para o álbum, e assim, era dedicada a ele. Letra toda emocional e melosa. E eu sei que nossa música é e sempre será Amizades Virtuais do Celso Portiolli, mas enquanto isso, acho que umas música boiola não vai fazer mal. 

Esperei que terminasse para falar, e fiquei olhando para ele como o emoji dos óculos de sol. E claro, como devia esperar, ele está chorando. — P-porque você g-gosta de me fazer chorar? 

— Não gosto. — Corri até ele e o abracei com tudo, como o crossfiteiro que sou. — Gosto de te emocionar. É só uma música, Jungkookie, mais de metade do álbum é só seu. 

— Não acredito que vou ter uma crise de choro no seu Debut Stage, o auge manas. — Sorriu e me beijou. — Obrigado, Suguinha, te amo muito. 

— Te amo mais. 

— Tá bom, também te amo, agora vamos parar. Parecemos aqueles casais que ficam em ligação tipo "desliga você", " não, você", e sinceramente pelo amor de Deus. — Jogou o cabelo pra trás como nos anúncios da L'Oréal. — O que você quer fazer agora? 

— Vamos para os estúdios para você dançar. 

— Não. 

— Tentei. 

UNKNOWN! y.k.Onde histórias criam vida. Descubra agora