Mudanças (Romance Gay)

Capítulo 11

Hoje é meu aniversário, e eu não vou deixar aquela merda que aconteceu ontem acabar com o meu dia. Acordei com um pouco de dor de cabeça, então resolvo descer pra perguntar a minha mãe onde tem algum remédio. Quando estava descendo, percebo que meus pai estão conversando, então paro nas escadas e fico ouvindo eles conversando:
- Nós temos que contar pra ele, afinal é a história dele… - Diz minha mãe
- Querida, ontem ele já passou por um grande estresse emocional, contar isso agora, só vai fazer com que ele chegue no estopim, e acabe fazendo alguma besteira - Retruca meu pai
- Passione, ele precisa ser forte - Minha mama responde
- Cuore, ele flagrou o namorado traindo ele… Contar que ele é adotado, eu não sei… - Ouvir meu pai dizer isso, me deixou chocado, e acabei escorregando no corrimão, fazendo com que eu desce-se o degrau fazendo barulho.

Quando consigo me segurar, e olho pra frente meus pais estão no final da escada, me olhando com um rosto de apreensivo. Apenas voltei pro meu quarto, tranquei a porta, me escorei na mesma, e deixei as lágrimas caírem
- Levi, vamos conversar, per favore… - Minha mãe pede
- Bambino, apri la porta - Meu pai falou
Eu apenas me levanto e vou tomar um banho, no chuveiro, deixo todas as minhas emoções saírem, a raiva, tristeza, decepção, ressentimento. Quando saí do banho, apesar de ter soltado minhas emoções, a dor não passou, então apenas visto minhas roupas e pego meu material. Abri a porta do quarto, e meus pais estão sentados no chão, e o Gael estava ali, ao me ver, ele vem me abraçar, mas coloco minha mão na frente impedindo o contato e digo:
- Vamos pra escola, e não fale nada.
Desço as escadas e percebo que ele e os meus pais me seguem
- Levi… A gente precisa… - Meu pai tenta dizer
- Conversar? - Pergunto com desdém - Meio tarde, não? 18 anos da minha vida,infelizmente completados hoje, com vocês escondendo algo de mim… Quer saber, vou pra escola…
Me viro e puxo o Gael pra fora, mas posso ouvir minha mãe chorando, então quando ia fechando a porta, eu digo:
- Dependendo, depois a gente conversa - Fecho a porta e sigo pro carro do Gael

No caminho pra escola, foi um silêncio total, até que chegamos no estacionamento do colégio, e o Gael disse:
- Levi, conversa com seus pais, eles são as pessoas mais gràdhach que eu conheço, fizeram tudo por você, não faça com que uma notícia acabe com tudo isso.
- Eles mentiram pra mim por todo esse tempo, não venha com história de “perdoar facilmente”, não é fácil receber uma notícia dessa… - Rebato a fala dele
- E você acha que foi fácil pra eles esconder isso de você? - Ele me questiona
- E como você pode saber? - Penso um pouco - Você já sabia? - Pergunto olhando no fundo dos olhos dele.
Ele apenas baixa a cabeça, então eu saio do carro, e entro na escola. Chegando na sala, me sento no local mais isolado possível, vejo quando ele entra na sala, ele tenta contato de longe comigo mas apenas o ignoro.

Na hora do intervalo, todos vem me desejar parabéns e me chamar pra ir pro refeitório, mas digo que estou indisposto, e eles me deixam sozinhos. Quando todos saem, pego meus fones, e coloco pra tocar The Scientist - Coldplay, e começo a riscar aleatoriamente uma folha. Entretido na música, sou interrompido:
- Que foi? Corninho tá triste? - Era da Ludmila
- Me deixa em paz, ok? - Digo
- Porque? Tá com dor de cabeça por conta do chifre? - Fala, me fazendo crescer mais minha raiva
- Eu estou dizendo pra você me deixar em PAZ - Alego, dando ênfase para última palavra
- Ou o que? - Ela me enfrenta
Minha raiva cresce, uma raiva incontrolável, que faz meu corpo ficar quente, então algo inexplicável acontece… O cabelo da Vadia começou a pegar fogo, ela entra em desespero, e o fogo aumentava, conforme a minha raiva. Eu apenas fico olhando para as minhas mãos e pros cabelos dela. Então com os gritos, as pessoas começaram a chegar e tentar ajudar, então o Theo pega uma garrafa de água aleatória e joga na cabeça dela. Com o fogo apagado, as amigas da Ludmila levaram ela pra fora, e o Theo se aproxima de mim:
- Você tá bem?
- Tô, eu acho que tô - Respondo olhando pras minhas mãos
- O que aconteceu aqui?- Ele me pergunta
- Eu simplesmente não sei…

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Hoje tem 2 capítulos, porque é aniversário de uma pessoa bastante especial pra mim, e que por incrível que pareça, adora minha fic, e como estamos em pandemia e não posso vê-la pessoalmente, resolvi postar um capítulo pra felicidade dela.
Buon cumpleanno, Sweet.