Capítulo 62

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Passou um tempo, e nenhum sinal foi dado, então ficamos esperando, até que de repente o Ben aparece acompanhado com as 3 pessoas que eu tinha mandado, e com a Bruna no colo.

Quando vejo a cena, corro, me aproximando deles, e o Ben diz:
- Muitos soldados apareceram pra um feitiço muito simples que eu lancei, eles estão se sentindo ameaçados por qualquer coisa. A Bruna lutou muito bem, mas acabou que ela foi empurrada em uma árvore e bateu a cabeça.

- Alguém pega a bolsa vermelha. - Grito pros outros.

Quando a bolsa chega, eu pego uma lanterna, e coloco nos olhos dela, que acompanham a luz normalmente, e digo:
- Ela aparentemente não teve nada sério. - Quando pego no ombro dela, percebo que está deslocado - Venham aqui, segurem ela, a dor vai ser grande, e ela pode acordar.

Um pessoal segura ela, então conto até 3, quando empurro o ombro de volta pro lugar, e ela acorda, gritando de dor, então falo:
- Ei, calma… Já foi, só vou colocar uma tipoia, para você não mexer por um tempo.

Pego uma bandagem, e monto uma tipoia, e ela se acalma:
- Que merda, eu tô sangrando e estou suja... 

- Você não é a única - O Ben responde rindo

A Ayla e as meninas levam a Bruna pra dentro, pra fazer outros curativos. Do outro lado, então aparece outros 3, com o Theo e o Gael, quando vejo os dois, eu apenas corro e os abraço ao mesmo tempo, que retribuem o abraço.

Quando nos separamos, explico a situação pros 2, e o Gael entra pra ver o pai dele, quando o Theo ia saindo, eu pergunto:
- Pra onde você vai?

- A Pilar está lá fora, e ainda não voltou, eu vou atrás dela. - Ele responde

- Theo, eu já mandei pessoas pra lá, eu não posso arriscar mais. - Digo

- É minha irmã, Levi, eu não posso ficar sem fazer nada - Ele reclama

Ele ia saindo pra fora da barreira, quando olho pro Ben, que percebeu a situação, balanço a cabeça positivamente, e o Ben faz um feitiço, que faz o Theo desmaiar, e peço pro Kai, que também estava nervoso por conta da Pilar, levar ele pra dentro.

O Lipe aparece do meu lado e coloca a mão no meu ombro, tentando me acalmar, mas eu apenas olhava para todos os lados, procurando sinal dos outros.

Após um tempo, mais um grupo chegou, o grupo da Pilar, que quando viu o Kai, logo o abraçou, e perguntou:
- Cadê o Theo?

- Ele tá apagado lá dentro… - O Lipe fala

- Apagado? o que aconteceu com ele? - Ela questiona, nervosa

- Calma, ele queria ir atrás de você, só que ele tinha acabado de voltar, e tava nervoso, então foi o melhor - Eu digo

- Você sabe que ele vai ficar bravo pra cacete, né? - Ela diz

- Ele tem que perceber que você já é grandinha, e a confiar nos outros. E outra, se ele quiser brigar, pode vim. - Eu falo

Ela começa a rir, e faz um high- five comigo, e diz:
- Isso mesmo, cunhadinho !!!

Então do outro lado, os outros aparecem, machucados, mas apenas 4, quando eu chego perto do Marvin, ele diz:
- O ataque foi demais - Ele abaixa a cabeça - A feiticeira que foi comigo morreu.

Eu percebo que ele tá chorando, mesmo baixinho, puxo ele pra um abraço, e os outros nos acompanham, de repente, uma delas começa a cantar lentamente:
- Quando perco a fé, fico sem controle
E me sinto mal, sem esperança
E ao meu redor, a inveja vai
Fazendo as pessoas se odiarem mais

Outro continua:
- Me sinto só (me sinto só)
Mas sei que não estou (mas sei que não estou)
Pois levo você no pensamento
Meu medo se vai (meu medo se vai)
Recupero a fé (recupero a fé)
E sinto que algum dia
Ainda vou te ver
Cedo ou tarde
Cedo ou tarde

E todos continuamos:
- Cedo ou tarde
A gente vai se encontrar
Tenho certeza, numa bem melhor
Sei que quando canto você pode me escutar.

Quando a música terminou, foi impossível segurar as lágrimas, então logo voltamos pra dentro.

Eu, com a ajuda dos outros, fui limpando os machucados de cada um, e quando terminamos, todos foram dormir.

Porém eu saio, me deito no chão e olho pro céu estrelado. Hoje, de novo pessoas se arriscaram por mim, e pior, uma delas morreu, tudo que eu não quero é essas pessoas se arriscando por mim. Eu vou parar com tudo isso.

Então apenas saio da barreira, e fui em direção ao castelo, seguindo o mapa que o Ben tinha me passado.

Mudanças (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora