Capítulo 38

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No domingo foi um dia normal, no qual apenas fiquei com meus pais. Já na segunda, tomei o café e fui pra escola. Me encontrei com o pessoal, e notei que o Theo e a Bruna estavam próximos um do outro e conversando entre si. Mas que porra é isso, eu estou com ciúmes? De que? Eu não tenho, e nem pretendo ter nada com o mister babaca. Nesse momento, ele olha pra mim, e dá um sorriso curto pro lado. Inferno, ele gosta de me provocar. A gente se despede dos mais novos, e vamos para a sala, então a Ayla pergunta:
- Porque tá de cara emburrada essa hora da manhã?

- Eu não tô emburrado… É só que hoje é segunda - Invento

Ela responde:
- Hum… Sei…

E ela vai falar com a Luma, e me deixa perdido nos meus pensamento, até quando o Noah me chama:
- Ei Levi…

Volto pra vida real, e olho pra ele:
- Ah... Oi Noah

- Bem, é que eu queria te devolver a roupa que você me emprestou… - Ele diz tirando a roupa de dentro da bolsa.

- Valeu cara, mas não tinha pressa... 

- Tudo bem - Ele me entrega - E obrigado de novo pela noite

Ele senta do meu lado, e sinto o olhar do Gael, da Luma e da Ayla parando sobre mim, mas eu ignoro.

No intervalo, o Noah sentindo que os outros ainda iriam julgar ele, decidiu lanchar sozinho. Quando chego no refeitório, sinto os olhares mortais de todos na mesa, e quando me aproximo, a Mirella diz:
- Me diz que o que eles tão falando não é verdade…

- Sobre? - Questiono

- Você e o Noah, todo amiguinhos… - Lua explica

Me sento na mesa, e falo:
- Ok, ouçam, o Noah me machucou? Sim. Mas eu não vou ficar com essa história de ódio mortal pra sempre. Eu poderia inclusive perdoar a Ludmila, mas ela não faz por onde querer…

- Quer dizer que vocês vão voltar? - O Kai pergunta

- Não, né? Eu ainda tenho amor próprio…

- Se tivesse amor próprio não teria transado com ele… - Gael sussurra baixo, mas todos ouvimos

- Como é? Levi? - Ayla desespera

Olho pro Gael, com cara de repreensão, e digo:
- Aconteceu, não vou falar sobre, e tchau…

Antes de levantar da mesa, percebi que o Theo também ficou enraivecido igual os outros, saio e volto pra sala.

No final da aula, o Gael vem falar comigo:
- É…

- O que?

- Eu errei, desculpa… - Ele abaixa a cabeça - Eu não tinha nada que contar pro outros o que aconteceu entre você e o Noah.

Me aproximo dele:
- Pois é, você desde o começo de tudo isso, passou a pisar bastante na bola. Tudo bem você ter ficado com raiva, afinal você é meu melhor amigo, mas entenda que é a minha vida. Eu preciso vivê-la, e isso inclui quebrar a cara. - Pego meu material - Vejo você mais tarde, e diga ao seu pai que preciso falar com ele. - Saio da sala, deixando ele sozinho.

Quando estava saindo, esbarro em alguém:
- Olha por onde anda - Percebo que era a Ludmila - Só podia ser você

- Desculpa. - Ela diz de uma maneira triste, indo embora.

- Peraí… Você pedindo desculpas, e sem fazer barraco? - Estranho - O que está acontecendo? - Paro ela colocando a mão no ombro dela.

- Nada da sua conta… - Ela fala se soltando

- Ok, agora você foi você, mas mesmo assim, você não está bem… - Vou até ela, e puxo ela pra dentro de uma sala vazia.

Ela entra na sala, e eu fico na porta:
- Fala logo o que tá acontecendo…

Ela olha pra mim:
- É que… - Ela não consegue terminar, porque começa a chorar

- Ei, calma… Ok - Me aproximo dela, e tento acalmá-la

Quando ela está um pouco mais calma, ela pergunta:
- Por que você se importa? A gente não se gosta.

- A gente não vai com a cara um do outro… Mas a gente se conhece muito bem… E sei que você não é, de maneira alguma, de ficar triste… Então vai dizer o porquê? Ou vai ficar com essa cara pra cima e pra baixo?

- Antes me responde uma coisa… Você me acha puta?

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