Capítulo 59

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- Ai cacete - Grito, acordando com alguém que pulou em cima de mim

- Olha a boca, Levi. - Falou a pessoa em cima de mim, que logo reconheci ser o Gael

Empurro o lençol e o Gael pro chão, e ele grita de dor.

- Bem feito, o que você tem na cabeça em me acordar assim? - Pergunto me levantando

- Só tô animado pra ir pra Natur - Ele responde

Tiro minha roupa, inclusive a cueca, e o Gael diz:
- Vai mostrar essa bunda branca pro seu namorado.

Não digo nada, apenas mostro o dedo do meio e entro no banheiro.

Quando termino o banho, me visto e saio, junto com o Gael para ir até a cozinha.

Chegando no cômodo, encontro meus pais, conversando. Sento na mesa, acompanhado pelo Gael, e digo:
- Estou indo para Natur hoje.

Meus pais não se surpreende, então minha mãe diz:
- Como sei que não vou conseguir mudar sua ideia, eu quero que você leve uma bolsa de primo soccorso, coma bem e per favore, volte vivo.

- Ci proverò, Mamma - Respondo, enquanto como.

Ela sai, provavelmente para pegar a bolsa e meu pai se aproxima dizendo:
- Gael, como o Levi não diria, tenho um recado pro Theodore.

- Pai… - Repreendo

- Não é nada demais Levi, é somente, pra ele te proteger muito bem, estou confiando você a ele. - Ele fala

Pego a geleia, passo como se fosse batom, vou até meu pai, e beijo a bochecha dele.

- Hahahahahaha, você me paga mocinho… - Meu pai diz, passando o dedo na nutella, e esfregando na minha bochecha

Vendo que o Gael apenas ria, passo o dedo no rosto, limpando um pouco, e passo no dele, que para de rir.

Antes que continuássemos com a brincadeira, minha mãe aparece com uma enorme bolsa vermelha, e diz:
- As crianças podem parar de brincar, venham aqui. - Limpamos nosso rosto com papel toalha, e aproximamos do balcão - Aqui tem bandagens, curativos para bolhas, pomadas antibióticas, álcool, água oxigenada, soro fisiológico, antialérgico, antiinflamatório, anti ácidos, anti diuréticos, anti térmico, colírio, pinça, tesoura, agulha, linha, luvas descartáveis, pomada de queimadura, adrenalina, protetor solar, escovas de dente…

- Calma ai mãe - Digo - Acho que já tá bom, obrigado

- Per favore, se cuidem - Ela fala, e beija a minha bochecha e a do Gael

- Bem tia, se a gente se machucar, temos instrumentos suficientes para tentar ajudar. - O Gael diz

- Espera, falta uma coisa nessa bolsa - Meu pai diz, indo até a despensa, e saindo de lá com 5 caixas de barrinhas de cereal - Não sei como estão as coisas por lá, então é bom levar comida.

- Grazie querido, tinha esquecido - Minha mãe diz, dando um selinho no meu pai.

- Certo, eu vou pegar minha bolsa, e vamos pra casa do Gael, onde vamos encontrar os outros. - Falo subindo

Antes de sair, na porta, meus pais me abraçaram, impossibilitando minhas lágrimas de não caírem, meu pai diz:
- Se cuida, ragazzo. Ti amo.

- Anch'io ti amo, papa - Respondo, separando o abraço.

Minha mãe seca as minhas lágrimas, e fala:
- Vá querido, e lute pelo seu reino, nós acreditamos em você.

Nos abraçamos uma última vez, antes de entrar no carro no Gael, que já tinha guardado as bolsas no carro.

Quando chegamos na casa dele, os outros já tinham chegado. Na porta, antes de entrar, eu respiro fundo, e o Gael diz:
- Vai ficar tudo bem…

Balanço a cabeça concordando, e entramos. A sala estava cheia de bolsas, mas ninguém estava lá, então descemos pra sala de treinamentos, e todos estavam preparando as armas.

Ao me verem, todos formam uma fila lateral, Theo, Bruna, Marvin e Pilar, com os olhos brilhando, Gregório com esferas de energia roxa na mão, o Gael que se juntou aos demais, com esferas azuis-marinhos, e os outros com as armas na mão.

Vendo a cena, digo:
- Obrigado por me ajudar.

Todos saem da formação, e antes de pegarmos nossas coisas e o Gregório abrir o portal, ele deu a ideia de todos darmos as mãos em um grande círculo.

No momento em que as últimas mãos se tocaram, todos olharam pra mim, e de repente as expressões, que antes estavam neutras, passaram para de surpresa, então pergunto:
- O que foi?

- Seus olhos estão brilhando… - Mirella fala

- Cada um com 2 cores… - A Luma completa

Soltamos nossas mãos, e o Gregório disse:
- Nunca vi ou senti tanto poder.

- É melhor a gente ir - Digo

Subimos para a sala, o Gregório diz umas palavras, acho que em latim, e de repente um portal é aberto na nossa frente.

Do outro lado, dava pra ver apenas árvores, como uma floresta fechada. Cada um com sua bolsa, quando o último atravessou, o portal foi fechado, e o Gregório disse:
- Bem-vindos a Natur…

Olhávamos pros lados animados, de repente ouvimos um barulho.

Mudanças (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora