Capítulo 53

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Quando saímos do refeitório, fomos para o lado de fora, até o estacionamento. Chegando lá, tinha uns 5 caras, dentro de um círculo de fogo, lançando chamas para todos os lados. Eu aponto para os dois lados, e todos entendem, então vamos e cercamos o círculo.

Movimento a mão, e o círculo se apaga, ao nos ver, eles tentam nos atacar, mas o Gael, Theo e eu protegemos os outros, em seguida Marvin e Pilar juntaram-se para formar uma poça de areia movediça, eles tentavam nos atacar, mas a Bruna, Theo e eu travamos as mãos deles, enquanto o Gael invocou correntes e colocou nas mãos deles:
- Podem soltar, essas algemas inibem o poder deles.

- Onde está o príncipe? - Perguntou um deles - Vocês não vão conseguir proteger ele pra sempre.

 Aquilo foi humilhante, eu não preciso de proteção. Então me abaixo, tocando no chão, fazendo com que eles entrem mais na areia movediça.

- Eu não preciso de proteção… Já vocês… Não posso dizer o mesmo…

Percebendo que não tinham chances, mandaram eu parar..

- Agora que parecem mais calmos… Quero que diga quem mandou vocês?

- Acho que seu tio está planejando uma reunião familiar - Ele responde com deboche

Seguro o rosto dele pelo queixo, e esquento minha mão, o que faz com que ele comece a berrar de dor, então sinto um toque na minha mão, e o Theo diz:
- Para Levi

Solto o soldadinho do Arthur, e fica marcado profundamente, em preto, a forma da minha mão.

Olho pros lados, e percebo que os outros soldados estão apavorados, então falo:
- Vocês sabem que eu sou sobrinho do rei de vocês, né? Mesmo ele querendo me matar, ainda compartilhamos, por menos que seja, o mesmo sangue… Então saibam que posso ser pior do que ele… 

Sinto meus olhos esquentarem, e a Ayla se aproxima de mim e diz:
- Levi… Calma… Ei, olha pra mim…

Ela baixa meu rosto, fazendo com que nossos olhos se encontrem.

Eu fecho meus olhos, quando abro, olho pros lados, e percebo que não só o pessoal do Arthur estava com medo, mas meus amigos também.

Vendo aquele pavor de todos, eu digo:
- Gael, manda eles pro seu pai… Os demais, liga pra ambulância ajudar a garota no refeitório, e acalme a situação.

Então saio, e vou em direção ao ginásio. Ouço o Theo vindo atrás de mim, mas o ignoro.

Chegando no ginásio, abro a porta da sala de materiais e pego uma bola de vôlei, quando ia saindo, o Theo aparece na minha frente:
- Levi, o que está acontecendo?

- Me deixa, Campbell - Digo passando por ele

Fico de frente a uma parede, e saco com toda força, pra bola bater na parede e voltar pra mim.

Mas então quando ela estava vindo em minha direção, ela parou.

- Levi, o que está acontecendo? - Era o Theo, de novo. Ele baixou a bola até o chão e se aproximou de mim - Lembra o que você me disse lá no refeitório? Que está cansado de esconder seus sentimentos… Então fale…

- Ódio, ok? Raiva… O Testa di cazzo do Arthur descobriu que eu estou vivo, e onde eu estou… Isso… AHHHHHHH… Porca miseria. - Explico pra ele, gritando.

- A gente tá com você, ok? Você não está sozinho… Você tem a mim, a Pilar, o Gael, a Ayla, e todos os outros com você. - Ele diz tentando me acalmar

Eu respondo:
- Mas é isso, Theo. Todos vocês lutando comigo, mas e se eu não conseguir? 

- Levi… - Ele se aproxima de mim colocando a mão no meu rosto - Você sabe o porquê do seu nome Christian? - Balanço a cabeça em negação - Foi uma homenagem pro seu avô, pai da sua mãe… Antigo rei de Natur… Colocaram em você esperando que você se tornasse alguém poderoso, bom líder e sábio, como seu ele… Mostre para todos, inclusive o seu tio, que seus pais estavam certos…

Ele me abraça, retribuo o abraço e sussurro:
- Obrigado por estar comigo…

Ele nos separa e diz:
- Eu sempre vou estar com você…

E me deu um beijo. Então a gente se separa, eu me recomponho e vamos ver como as coisas estavam.

Mudanças (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora