Capítulo 12

88 18 8
                                    

O Theo ficava falando coisas que eu não entendia, minha cabeça só estava apenas naquilo que tinha acabado de acontecer… Eu coloquei fogo na Ludmila? O que foi isso? Ou melhor, o que sou eu? Sou tirado dos meus devaneios pelo Gael me chamando e perguntando:
- Ei cara… Tá tudo bem?
- Tá… - Não consigo terminar minha frase, tudo ao meu redor começa a escurecer, e então eu apago.

Abro meus olhos aos poucos, e percebo que estou na maca da enfermaria da escola. Tento me levantar, mas me desequilibro um pouco, nesse momento entra o Gael com a Ayla, que estava com uma bandeja com comida.
- Calma, você não pode se levantar ainda. - Diz a garota
- Você é um idiota mesmo, em? Você não comeu nada desde ontem… - Fala o ruivo
Volto a para maca, e respondo:
- Você sabe bem o motivo de não ter comido… - Olho bem nos olhos dele
- Certo, eu vou sair, vocês precisam se acertar… - Falou a morena, me entregando a bandeja
- Não…
- Não é o cacete, vocês 2 são melhores amigos, desde sempre, e vão conversar - Ela aponta o dedo pra mim - Você deixe de birra, ouça ele, e coma.  - Ela sai da sala, nos deixando só.

Ele olha pra mim, e dá pra ver que estava abalado, então eu pergunto:
- A quanto tempo você sabe?
- Levi..
- A quanto tempo, você sabe? - Repito
- Eu vou responder sua pergunta, mas preciso que você escute uma história primeiro. - Ele diz e eu apenas concordo.

- Bem… A cerca de vinte anos atrás,no reino de Natur, o reino do elementares, a princesa Catarina tornou-se rainha, após a morte do seu pai. O problema é que o príncipe Arthur, irmão da nova rainha, não aceitou, pois para ele, o reino deveria ser governado por ele, pois ele era o filho homem, mas ninguém o levou em consideração. Depois de um tempo, a rainha Catarina, se apaixonou e se casou com Gabriel, que se tornou ao lado dela, os governantes do reino. Desse amor, nasceu o príncipe Christian Clarke. O príncipe Arthur, ficou com inveja da irmã, então certo dia, a Rainha, e o Rei, juntamente com o pequeno bebe, sofreram um acidente. O acidente foi assistido por um feiticeiro, e a rainha, em seus últimos suspiros, pediu pro feiticeiro esconder a criança de todos. Então para esconder o herdeiro do trono, o feiticeiro veio para essa pequena cidade, e colocou um feitiço para cobrir os poderes do pequeno, até o mesmo atingir a maioridade. E o príncipe Arthur, tornou-se o novo governante de Natur. - Ele conta
Eu olho pro rosto dele, tentando me segurar, mas não consigo, e começo a rir.
- Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk… Legal cara, um belo conto, e o que isso tem haver comigo?
- Você é o príncipe Christian, o verdadeiro governante do reino dos elementares… - Ele diz sério
Eu paro de rir, e questiono:
- Você não pode tá falando sério? O que diabos é um elementar?
Ele explica:
- Elementar, são pessoas capazes de controlar algum elemento da natureza, cada pessoa controla um elemento, mas os descendentes da família real, tem poder sobre os 4 elementos

Eu fico com aquela história na minha cabeça, então lembro:
- Quem foi o feiticeiro que me salvou?
- Foi Gregório Roux, meu pai… - O ruivo responde
- Seu… pai… Quer dizer que você sabia disso o tempo todo… Vocês… Seu pai colocou pra você ser meu amigo, apenas para ficar me vigiando? - Pergunto,olhando diretamente nos seus olhos, com a raiva começando a tomar conta de mim.
Ele vendo a situação, fala:
- Presta atenção, se acalma, você não tem controle sobre seus poderes, pode acabar fazendo besteira…
- Me responda… - O questiono
Ele olha nos meus olhos e diz:
- Foi sim, meu pai colocou a gente pra ser amigo, apenas para ele poder cuidar de você de longe…
Antes dele terminar de falar, minha raiva aumenta, e uma bola de fogo é formada na minha mão.
- Mas ao passar do tempo, eu me tornei seu amigo de verdade, eu passei a amar você como se fossemos irmãos.

Aquela frase dele, de algum modo me tocou, mas eu perdi o controle sobre a bola, e acabou indo em direção a ele. Quando ia chegando perto dele, ele parou ela com as mãos, e foi fechando as mãos, até que ela sumisse.
- Ok… Você realmente é um feiticeiro, e eu um elementar… - Digo
- Você precisou quase me matar pra entender isso? - Ele pergunta, fazendo graça
- Desculpa… Eu também te amo ruivo - Vou até ele, e o abraço.
- Vamos voltar pra aula, depois da aula, eu vou falar com meus pais… - Digo
Ele concorda, e seguimos para sala de aula.

Mudanças (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora