Flashlight 2.0!

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Olha o que ta vindo aí hmmmmmmmmmmmm

Antes quero falar pra vocês que eu escrevi esse capítulo inteiro ouvindo este álbum no Spotify;

https://open.spotify.com/album/1E9iqjfSf5I5hPNfI1DRIh?si=eqeVC6HHSAidIN6PqvZAUg&utm_source=copy-link

Se vocês não usarem Spotify e mesmo assim quiserem ouvir alguma música durante o capítulo eu indico QUALQUER música da banda Sleeping At Last.

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Às 6 da manhã olhei pela janela do quarto de (S/n), quatro meses vendo a movimentação quase inexistente por aqueles fundos do hospital, o silêncio do quarto só era cortado pelo barulho do eletrocardiograma dela, indicando que seu coração ainda batia, mesmo que bem fraquinho.

Pude perceber que algo estava estranho naquela rua, tinha mais pessoas do que o real costume. Mas aquilo não me importava, voltei à olhar para ela, ainda ligada a tantos tubos dos quais eu jamais cogitaria deixar que a retirassem. Seu médico, por rotina, todos os dias chegava ao seu quarto naquela mesma hora, apenas para repetir as mesmas frases.

- (S/n) infelizmente não apresenta melho...

- Eu já ouvi isso em todas as vezes que veio aqui. - Não via seu rosto por estar focada em (S/n), mas sabia que agora sua expressão era dó/pena por me ver acreditando no quadro sem indícios de melhora da mulher que eu amava.

- Ela está lutando, mas pode estar fazendo-a sofre mais, Lauren.

- Eu sei que ela está lutando e sei que ela não vai desistir.

- Senhorita Jaure...

- Não volte mais aqui se não for para trazer alguma boa notícia, por favor.

Ele concordou, saindo sem mais palavras.

Eu não queria ser grossa, mas ultimamente o estresse vinha me corroendo mais que o normal. A explicação do médico há dias atrás era que uma pessoa em coma teria tal prazo para se recuperar e acordar, após esse prazo ela poderia entrar em estado vegetativo, dificultando ainda mais a sua recuperação.

(S/n) já estava alcançando aquele prazo.

Demi chegava agora para seu horário de visita e eu a deixei ter seu momento com ela, beijei a testa de (S/n) e sussurrei que a amava, deixando o quarto em seguida.

Desci até o refeitório do hospital, pegando apenas um forte café para tomar.

Lays era a senhora que me atendia todas as manhãs alí.

- Orei tanto para que você não aparecesse aqui hoje, menina. - Era a forma como ela me dava bom dia, indicando que tinha orado para que (S/n) acordasse e não precisasse mais estar naquele hospital.

- Eu também orei para poder leva-la daqui, senhora, nem imagina o quanto.

- Não perdeu a fé, não é, Lauren?

- Não, jamais. Poderia perder a fé em mim mesma, mas nunca nela. Sei que ela vai acordar. Vai ter o tempo que precisar para isso, não vou deixar ninguém desligar nada naquele quarto.

- Sabe que tempo é uma coisa que não se pode confiar.

- Soube da pior forma, Senhora. E me arrependo a cada dia pelo tempo perdido longe dela. Me arrependo a cada segundo por tê-la perdido. - Ela me olhou, não com pena, mas com compaixão e empatia, Lays me entendia. - Estou sempre pensando em como nossa vida teria sido melhor se vivessemos apenas como pessoas normais, sem escândalos, sem fofocas, sem as pessoas nos vigiando, se tivéssemos tido o controle dela, se eu tivesse tido o poder de controlar a minha vida, sabe? Talvez nosso amor teria dado certo, não, eu tenho certeza que teria dado certo, nós nos amavamos tanto, tínhamos uma conexão, Lays. Tudo se perdeu quando eu me perdi, quando eu deixei que me perdesse para eles. Mas então eu me lembro, que se não tivéssemos entrado nessa vida, (S/n) não teria salvado tantas outras vidas como salvou. Eu acho tão injusto que ela tenha que sofrer por isso, eu traí a confiança daquela mulher no momento em que ela mais precisava, eu é quem devia estar ali, Lays. Eu tenho total certeza que não me importaria em trocar de lugar com ela.

No Way (Lauren/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora