Gulf não sabia o rumo que sua vida tomaria, mas o ômega sabia que assim que tomou a estrada, tentando fugir dos mortos vivos que queriam a sua carne, que sua vida não seria mais a mesma. Ele fugia tentando de tudo para sobreviver ao apocalipse, até...
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Mew cobriu rapidamente o ômega que estava ainda de joelhos na "cama". O alpha não sabia que porra estava havendo, mas ele sabia a profecia até de trás para frente e sabia que coisa boa não ia sair dali.
— Quando amanhecer vamos nos encontrar na casa e falamos sobre isso. Gulf não está nas melhores condições ainda. — Mew disse quando o ômega respirava com dificuldades, o alpha passou a garrafa de água para o ômega que a bebeu inteira. — Eu sei que vocês estão preocupados, eu também estou, mas amanhã é quando vamos ver sobre isso.
Os dois tinham os olhos arregalados e eles exalavam medo. Não era algo normal para eles, terem seus ômegas sendo marcados do nada no meio da noite.
Quando os dois Alphas saíram e fecharam a porta o alpha voltou a dar suporte para o ômega.
— O que você sonhou?
— Eram dois dragões, o vermelho alaranjado disse que precisamos proteger o que virá do meu ventre e dos meninos. Depois outro dragão, um preto como um corvo, chegou e o matou bem na minha frente. — Gulf se lembrava disso, como se ele tivesse vivido, porque ele pode ter vivido.
— Na lenda que existe o dragão vermelho só diz que um dia um dragão trará a salvação ao mundo, mas não fala de mais nada. — Mew estava confuso com tudo aquilo.
— Eu sei que os meninos também viram algo, amanhã vamos descobrir tudo. — O ômega estava com o coração tão acelerado que duvidava que ele dormisse, ele precisava descansar, mas coisas giravam em torno de sua mente.
— Durma ômega, tudo vai se resolver quando amanhecer. Você tem que dormir. — Gulf não sabia como ele poderia ter ganhado alguém tão compreensivo como companheiro.
〥
Quando o ômega despertou já era bem tarde do dia, Mew estava já vestido e tinha arrumado tudo, ele coçou os olhos com sono ainda, toda a mudança em seu corpo fazia ele ficar mais cansado.
— Por que não me acordou? — o ômega pegou a barra de cereais que foi estendida para si.
— Você estava cansado, resolvemos um problema primeiro, depois resolvemos o outro. — Mew deixou um selar em sua testa e se levantou do chão. — Escove os dentes e troque de roupa e vamos para a casa.
Gulf colocou um bico nos lábios porque ele queria ser paparicado por mais tempo, mas parecia que estava tudo contribuindo para dar errado. Quando ele acabou de se arrumar e abriu a porta da casa para sair, um vento frio o acertou precisamente, fazendo com que ele se abrasasse tentando se aquecer. Desde quando o dia estava tão frio?
— O outono está acabando mais rápido, não duvido que neve logo. — Mew surpreendeu Gulf colocando uma coberta fina em torno de si. O ômega agradeceu o cobertor e continuou comendo sua barrinha enquanto o alpha colocava o plástico encima da colcha e pegava as coisas. Não sabiam como fariam para viver no inverno em uma casa sem aquecimento.
