Gulf não sabia o rumo que sua vida tomaria, mas o ômega sabia que assim que tomou a estrada, tentando fugir dos mortos vivos que queriam a sua carne, que sua vida não seria mais a mesma. Ele fugia tentando de tudo para sobreviver ao apocalipse, até...
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Alerta de gatilho!!!
Contém cenas de tentativa de 5uicDi*
Se você for sensível ao tema, não leia essa parte!
O decorrer daquela semana que se passou na ilha era como uma grande família feliz. Boun e Prem cuidaram da casa e se aninhavam nos braços um do outro aproveitando aqueles dias de paz.
Mew e Gulf se afundaram em carícias e amor como nunca tinham visto antes, era como se finalmente ambos encontrassem um rumo para suas vidas.
Xiao e Yibo eram, sem dúvida, os mais felizes ali. Não tinham mais que se preocupar em serem julgados por suas famílias, nem mesmo por algum desconhecido.
Alguns anos atrás
Yibo sempre foi alguém que gostava de andar por aí sem rumo, isso era como uma terapia, algo que ele precisava todos os dias. O menino sempre saia de casa quando seus pais, ricos e mesquinhos, começavam a brigar. As brigas dos dois, além de verbais, sempre os levavam a agressões físicas e isso deixava o menino enojado.
Ele tinha marcas o suficiente em seu corpo desde muito pequeno para se lembrar de nunca se meter entre os dois. Yibo sabia que não era culpa sua, que não era sem querer que os pais o batiam ou o empurravam do meio deles e ele acabava machucado. Essa era a coisa ruim de ser o primogênito de uma união, onde o casal se marcou sem querer e acabou tendo um filho que não desejava.
As coisas mudaram um pouco quando seus pais acabaram engravidando de uma menina, a partir daquele dia os pais viviam em paz. Mal sabia o garotinho de 6 anos, que eles estavam em paz entre eles mesmos, não com ele.
Quando a bolinha nasceu, Yibo jurou proteger e amar aquela coisinha pequena e toda rosadinha. Ele amava se esgueirar no escuro para ir ver sua irmãzinha no berço dormido, era como ver uma joia rara em exposição.
Os pais o proibiam de se aproximar e também de falar com a garotinha. Eles diziam: saia daí já, não vai contaminar nossa menina com esse seu cheiro. Yibo nunca soube qual era o problema que ele tinha, mas os pais nutriam um rancor enorme por ele.
Na festa de 5 anos da menina, Yibo acabou caindo na piscina de casa e todos os convidados da festa riram de como ele tinha caído, como um nada. Yibo, em seus poucos 11 anos de idade, não sabia que ser humilhado daquele jeito era tão ruim, mas ele provou do pior dos venenos: a humilhação pública.
Os anos que se passaram foram com Yibo sobrevivendo de migalhas. Passava os dias a sombra de um amor que não estava incluído, nos cartões de natal sempre era colocado ao lado dos pais que faziam de tudo para encobrir seu rosto ou corpo. Sua irmã recebia tudo que queria e nunca, nem por um instante, retribuiu o amor que seu irmão insistia em dar, mesmo que escondido. Yibo era negligenciado de todas as formas e quase visto como um intruso por quem mais devia amá-lo e cuidar dele.
