Capítulo XV

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Gulf voltou para casa como se tivesse corrido uma maratona, ele nunca tinha se sentido tão cansado em toda a sua vida

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Gulf voltou para casa como se tivesse corrido uma maratona, ele nunca tinha se sentido tão cansado em toda a sua vida. Nem mesmo quando viajou o país sem rumo, a procura de um lugar pacifico para ficar.

Após a luta toda o seu sangue estava quente e neve pinicava sua pele de tão fria, ele sentiu a temperatura se impregnando em seu corpo, o deixando mais cansado ainda.

Quando chegou à entrada da casa, ele só queria deitar e descansar, queria os braços quentinhos do alpha envolta de seu corpo o aquecendo e dizendo em seu ouvido como havia sido corajoso.

Mas, assim que levou o pé para entrar na casa um corpo parou em sua frente impedindo sua entrada. Gulf olhou nos olhos de Boun que estava parado com as mãos no batente da porta o impedindo de entrar.

— O que voce está fazendo? — Gulf franziu a sobrancelha para o outro, confuso.

— Você não vai entrar aqui. — Boun disse olhando para ele como se o ômega fosse um perigo.

— O que...

— Eu não quero você perto do Prem, então você não vai entrar. — Gulf tencionou o maxilar para o outro, respirando fundo, o que fazia seus pulmões doerem pelo ar frio.

Mew veio de dentro da casa como um trator em direção a eles. O alpha pegou o outro pelo pescoço e o prensou contra a parede ao lado da porta onde ele barrava a entrada de seu ômega.

— Que caralho você acha que tá fazendo, porra?

— Ele acabou de matar alguém sem pensar duas vezes. — Gulf podia sentir medo escorrer como mel pelas palavras que saiam da boca dele. — Eu não confio nele perto do meu ômega e meu filho. — Gulf quase riu do quão patético o outro estava sendo.

— Jura? Eu matei por vocês.

— Não, você matou porque queria se provar o mais forte, que você pode viver e sobreviver. — Gulf deu um passo para trás como se um soco tivesse acertado sua face.

— Repete isso e eu juro por tudo que eu te mato, Boun. — Os olhos do alpha alteraram de cor pronto para tudo.

— Boun, eu não acredito. — Por conta da reação de seu alpha, Prem parecia pálido e fraco enquanto era amparado pelos braços de Xiao, havia desgosto em toda sua face.

Gulf pegou no braço do seu alpha, o puxando para longe de Boun, sem dizer nada. O aperto em seu peito causado pela descrença do outro só trouxe desconforto a ele. Yibo que estava parado alguns passos atrás, desviou o olhar para a janela quando Gulf o olhou, confirmando que compartilhava os mesmos pensamentos que o alpha tailandês.

— Tudo bem. — A voz do ômega pareceu sumir assim como ele queria fazer. — Eu mudei por vocês, ou acham que foi facil? Eu tentei, eu matei uma pessoa que queria o mal de vocês e se por algum momento eu fiz mal eu me culpo e me desculpo infinitamente, mas... — O ômega olhou nos olhos do alpha que ainda estava encostado na parede. — Eu matei por vocês, eu quase fui morto por vocês, eu estou com um dragão dentro de mim por vocês. — Gulf engoliu a bola que se formava em sua garganta conforme o choro queria sair. — Nunca poderão falar que eu não tentei.

O ômega desceu as escadas da casa, mas parou assim que sentiu algo subir por sua garganta, sentiu seu nariz escorrer e o liquido vermelho que saiu pingou na neve mostrando e destacando a cor, uma ânsia de vômito dominou o corpo dele e quando abriu a boca, sangue vermelho vivo tingiu mais ainda a neve abaixo de seus pês.

Mew sentiu que seu ômega não estava bem, e porra, ele estava com medo demais. O que Boun tinha na cabeça? Ele era cego, por não ver o que estava na sua frente?

O alpha correu para o corpo do ômega que caiu de joelhos e iria tombar de lado quando ele o pegou nos braços. Sangue escorria de seu nariz como nunca. Mew tirou sua camiseta, mesmo no frio e a colocou no nariz do outro, esperando que o sangue estancasse um pouco.

—Olha o que ouve com ele para você fazer todo esse show Boun. — Mew pegou o ômega no colo, eles iriam para a cabana, que agora era mais sua casa que aquele lugar. — Espero que saiba que nem ele, nem eu iremos mais te ajudar, fique por conta própria.

O alpha deu as costas para os outros e seguiu seu caminho até a cabana, que ele acreditava que seria sua casa a partir daquele dia.

— Você só pode estar louco. — Prem gritou para o ouro dentro da casa.

— Ele matou alguém sem nem pensar, eu não posso cofiar nele.

— Você não pode confiar na sua insegurança. — Prem nem conseguia olhar na cara dos dois Alphas restantes. — Ele tomou uma facada por minha causa, sabe porquê ele matou aquele cara? Pra salvar a porra da sua vida de merda, a minha e a de todo mundo aqui.

Prem saiu batendo os pês pela casa. Xiao nem queria falar ou expressar seus sentimentos, ele sabia que se abrisse a boca os dois Alphas iriam ficar mais abalados ainda com tudo que estava acontecendo.

Yibo era um alfa recém marcado, tudo que ele fazia era para proteger seu ômega e seus sentimentos estavam a flor da pele.

Boun tinha, além de um ômega, um filhote e Alphas sempre são super protetores com seus filhotes. Mas Xiao não queria dar razão aos dois otários que estavam na sala, plantados como duas batatas e pensando em toda a merda que eles fizeram.

Gulf sentiu algo morno passar por seu corpo, o relaxando. Seus pés ainda estavam levemente dormentes pelo frio, mas tudo já estava mais quente e aconchegante. Abriu seus olhos minimamente, vendo a sua frente a lareira que ele conhecia tão bem e a pessoa que ele estava mais amando no mundo, sentado perto das brasas, esquentando algo no fogo.

O ômega sentiu uma felicidade imensa por ter alguém tão especial que luta com ele e que estará a seu lado.

Gulf sorriu para si mesmo se aconchegando nos cobertores antes de fechar seus olhos e cair na escuridão do sono novamente.



demorei mais ta ai

esclarecendo algumas coisas, o livro dois e uma mera formalidade de separação das fases, não fiquem confusos ou achem que algo mudou, o livro dois só é como uma 2 temporada. 

a fanfic começou e terminou nos dois 18/12 .

e agora começa a 2 temporada que era para ser postada no dia 18 de janeiro mais por um imprevisto isso não aconteceu.

espero que gostem 

amo vocês <3

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