Gulf não sabia o rumo que sua vida tomaria, mas o ômega sabia que assim que tomou a estrada, tentando fugir dos mortos vivos que queriam a sua carne, que sua vida não seria mais a mesma. Ele fugia tentando de tudo para sobreviver ao apocalipse, até...
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Aviso:
Essa é uma obra de ficção, onde nem tudo tem explicação científica. Leia com mente aberta e possibilidades distintas.
Gulf olhou nos olhos do Alpha com preocupação, não pelo parto em si, mas com todos os acontecimentos ali. Ele sabia que o dragão os ajudaria naquela situação. Era uma coisa que normalmente os ômegas machos faziam, dar à luz em partos normais como as fêmeas. Eles ainda podiam, assim como as mulheres, tinham lubrificação e se alargavam para a passagem do bebê, mas como consequência muitas vezes os ômegas machos normalmente levavam mais dias e tempo para se recuperarem no pós-parto.
Gulf sentiu uma dor em sua barriga levando sua mão até ela e suspirando fundo. Ele agora sabia que as dores de mais cedo não eram só contrações de treinamento, seu bebê iria nascer.
Prem gemeu na cama, se contorcendo embaixo das mãos de seu alpha, que tentava o ajudar. Xiao que andava parou se segurando na parede e também gemendo.
— Quem começou primeiro? — Gulf perguntou adentrando mais o quarto.
— Foi Prem. Assim que Boun foi nos chamar eu corri pra cá e pouco depois eu entrei. — Xiao se desencostou da parede que estava olhando para os outros e sentiu alívio pela pausa na contração.
— Yibo e Mew, quero que busquem panos limpos e cobertores. Depois quero que comecem a esquentar água, coloque em outra panela água e uma faca, e deixe ferver bem. Depois tragam sem tirar da panela, não toquem nela nunca. — Gulf deu as ordens e acenou com a mão. Xiao era o médico ali, mas pela cara já com suor escorrendo e gemendo baixo, não tinha condição nenhuma de exercer a profissão.
Xiao levantou a cabeça para cima, então olhou para Prem e lembrou de verificar o ômega. Prem não tinha mais tantas roupas para o frio como antes, já que toda aquela movimentação estava os deixando quente, o quarto também parecia ter se tornado quente como o inferno a cada contração dolorida. Ele chegou até Prem na cama.
— Prem, preciso que tire a parte de baixo de sua roupa, para vermos como está indo, ok? — Prem suspirou e balançou a cabeça em concordância. Assim que tirou sua roupa, ergueu as pernas para cima e Xiao foi conferir se já existia dilatação. Verificou que não tinha nem sequer um centímetro, as contrações ainda estavam no começo, e eles podiam ficar naquela por horas a fio.
— Ainda estamos no começo. Isso vai levar algum tempo ainda. — Gulf disse ao lado do médico, Prem voltou a colocar a sua roupa e a sentar na cama na posição que o deixava mais confortável. Mew e Yibo voltaram com cobertores e deixaram os panos em uma sacola, para não os deixar em contato direto com o chão do quarto.
Mew viu seu ômega pegar um cobertor e se sentar junto à parede da janela. Lá fora um vento forte começou a cantar e as árvores balançavam forte. Sentou-se ao lado de seu ômega acariciando sua barriga redonda e rezando para que ele pudesse dar à luz ao bebê dele. Mew não conhecia um ômega macho sequer, que tinha conseguido isso.
