Capítulo I

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Gulf não sabia o que fazer para se salvar

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Gulf não sabia o que fazer para se salvar. Ele havia saído de casa a um bom tempo e ido para qualquer lugar o mais distante possível daquelas coisas. Havia fugido nos primeiros dias da confusão que se instalou. Apenas saiu cortando a cidade, evitando o quanto podia as pessoas infectadas.

Os mortos vivos não eram como nos filmes, onde normalmente eles veem e ouvem bem e até sentem seu cheiro. Mas aqueles ali não viam muito bem, mas escutavam bem até de mais, seus olfatos também não era um dos melhores, já que a própria carne podre deles os deixava confusos.

Sons extremante altos os deixam com raiva e confusos de tudo. Gulf morava em um bairro onde tinham a péssima mania de escutarem música alta para alongamento toda a tarde e isso deixou a casa onde ele estava muito mais perigosa. O barulho das caixas de som fizera com que muitos dos mortos vivos aparecessem por ali, gritando e fazendo grupinhos grotescos. O maior motivo pelo qual ele saiu daquele lugar pegando uma estrada e saindo da grande cidade de Bangkok.

Gulf já avia andado por dias, atravessado cidades. Ele fez um pequeno estoque de supressores para ômega. Ele havia passado por uma farmácia e aproveitou para pegar tudo o que achava necessário para se manter vivo durante aquele caos. Estava vivendo a base de barras de cereais, água e latinhas de comida.

Passou a dormir por lugares que ninguém imaginava encontrar alguém lá, como latas de lixos, caçambas de caminhões etc. Tinha que sobreviver de alguma maneira e ele estava fazendo de tudo para isso.

A alguns dias ele percebeu que chegou ao litoral da Tailândia, podia sentir a maresia passar pela cidade toda. Ele dormia em uma lata de lixo quando ouviu um barulho tão alto quanto um trovão, mas não havia tempo de chuva. Levantou um pouco a tampa da caçamba e olhou por entre a grade.

Seus olhos se arregalam quando ele viu uma horda de no mínimo 50 mortos vivos passando em fila por sua frente. Nunca tinha visto eles andarem daquela maneira, era como se estivessem hipnotizados por algo.

Ele abaixou a tampa e voltou para dentro como se não tivesse visto nada, mas seu coração acelerado o trairia. Ele reprimiu um grito quando sua atual "cama" foi virada de lado e ele fora jogado para fora.

Seu corpo era frio e ele tentava segurar a respiração quando um dos zumbis parou acima de seu corpo tentando o cheirar, mas a sorte de Gulf é que ele não tomava um banho decente a dias, então, por dormir em lixeiras seu cheiro não era nada agradável, ele cheirava a podridão como eles.

O zumbi grunhiu em sua face, mas se levantou seguindo seu caminho juntos aos outros, Gulf se sentou devagar para não ser ouvido e se recostou em uma porta de metal que havia li perto, ele só queria que isso acabasse.

Seu corpo foi para trás e uma mão tampou sua boca quando algo o puxou para dentro da construção. Ele se debateu e quis gritar, que a divindade segurasse sua mão e o protegesse. Fechou os olhos rápido esperando a morte vir, mas nada aconteceu.

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