Quando o início da manhã chegou, os três homens já estavam prontos para deixar a faculdade que passaram a noite. Os corpos daqueles que foram corrompidos tinham ido parar no fogo na mesma hora que morreram, as pessoas suspeitariam do porque eles terem sumido, não havia o que Gulf pudesse fazer sobre isso, mas ele os tinha livrados de um perigo grandioso.
Pegaram as coisas que lhe foram dadas anteriormente, agradeceram e saíram pela porta que entraram com pessoas os olhando, como se suspeitassem de algo.
Xiao tinha conseguido o que queria ali, Gulf tinha ajudado e Mew tinha somente tido um boa noite de sono, ou melhor, o que sobrou, dela com seu ômega em seus braços o aquecendo do frio.
Eles comeram e fizeram uma pausa no caminho de volta ao centro da cidade, tinham que pensar em uma forma de levar tudo que precisavam para a ilha. Gulf ainda estava em choque pela loja de roupas de crianças estar tão intacta, tinha suas janelas quebradas e neve por todo o lugar, mas ainda era incrível como havia roupinhas e mais roupinhas, mamadeiras, etc. Tudo tão intocável que era como se o apocalipse não tivesse chegado ali ainda.
— Devemos parar na próxima rua, na primeira para de loja. Precisamos levar o máximo que pudermos. — Mew disse olhando em volta com sua arma em mãos.
— Não sabemos se alguém de nós também podem estar grávidos de gêmeos ou mais. — Xiao disse na frente de Gulf, enquanto passava por corpos na rua.
Pelos genes dos humanos terem sido alterados com o DNA de lobos era compreensível que a taxa de nascimento de gêmeos tenha aumentado.
Eles foram ao rumo a loja quando Mew parou levantando a mão para os parar.
— Tem alguém lá, um homem está na porta. — Gulf foi até o lado do alpha olhando o homem de cabelos castanhos e pele morena olhando em volta, ele o lembrava muito a situação que estavam sempre procurando os perigos que as ruas escondiam.
— Tá tudo bem, ele não é perigoso. — Gulf foi andar, mas uma mão segurou seu braço.
— Não é porque ele não está do lado do dragão malvadão que ele não seja um perigo.
— Mas temos que ir lá, se pegarem tudo não vamos ter o que precisamos. — Xiao disse atrás deles.
Mew suspirou fundo olhando para eles. O que tinha passado pela cabeça do alpha quando ele aceitou ir nessa viagem com dois ômegas?
— Eu vou na frente e vocês nem um pio. — Gulf concordou com a cabeça, mas o alpha sabia que na primeira oportunidade ele abriria a boca ao mundo.
Mew ergueu sua arma e andou para frente até ser visto pelo homem que apontou a arma para o alpha. A arma na mão do homem nada mais era que um revólver e pela tremedeira que o revolver sofria era provável de homem nunca ter segurado uma arma antes.
— Oi, eu sou o Gulf. — O ômega saiu de trás do alpha e parou ao seu lado. — Não queremos te machucar, poderia abaixar isso aí?
Mew quase desviou o olhar do homem para Gulf. Como o ômega podia apresentar ser tão calmo a outras pessoas completamente desconhecidas? Gulf não podia ver uma pessoa que já estava com um pé atrás ou até mesmo a matando.
O homem abaixou a arma, sempre olhando para dentro da loja, e para os homens parados do lado de fora. Um choro alto de um bebê correu pelas ruas vazias como um raio. Os dedos da mão de um dos cadáveres ali se mexeram, a cor no rosto do homem se perdeu como se ele houvesse evaporado.
— Fique tranquilo, eles não são um problema. — Gulf sorriu ao desconhecido. — Mew vai vim alguém por ali, o mate. — Mew não protestou, balançando a cabeça em concordância. — Você. — O ômega apontou para o homem. — Nos leve até o bebê.
Gulf entrou na loja com o homem e Xiao, a loja ainda parecia a mesma de antes, as roupas ainda no lugar e a neve por todo o chão e bancadas. Quando eles chegaram à frente do balcão o choro ficou alto como uma sirene. Ele contornou o balcão encontrando uma mulher aos prantos com um bebê quase roxo do choro forte, os braços finos escapando do cobertor mostrando o quanto o bebê precisava de cuidados.
— Por favor, não nos mate. — A mulher chorou mais forte segurando o bebê mais perto dela, como se ela pudesse o colocar de volta ao seu corpo. Uma verdadeira mãe superprotetora.
— Não vamos te machucar, muito menos a ele, okay? — ela pareceu se acalmar, mas recuou quando Gulf tentou pegar o bebê do colo dela. Gulf sorriu estendendo os braços como se para mostrar que não tinha nada ali que os pudesse os machucar. — Só quero que o pai dele segure ele por um instante. — A mulher passou o bebê para Gulf, o ômega segurou o bebê como uma joia e passou o mesmo para o pai que o segurou como quem segura sua preciosidade.
Gulf avançou segurando a cabeça da mulher entre suas mãos, o homem ficou com a boca aberta quando sua mulher amoleceu nas mãos do ômega, a criança ainda chorando pareceu chorar mais.
— Você a matou! — o homem segurou o bebê com um braço e pegou a arma com a outra mão.
— Eu manteria isso abaixado. — Mew encostou a arma dele na cabeça do homem.
A mulher pulou no chão como se sua alma voltasse ao corpo, sua cor antes cinza, agora realçava a cor vermelha de suas bochechas.
— Me dê o bebê. — O homem balançou a cabeça de um lado ao outro se recusando. Mew pressionou mais forte na cabeça dele o empurrando para frente. Ele colocou a criança que esperneava de fome. — De o leite a ele.
— Eu não tenho leite, viemos aqui para isso. — A mulher quis chorar ainda meio grogue com o que o ômega fez.
— Não, coloque ele no seu seio e verá. — a mulher ergueu suas blusas de frio colocando o bebê em seu seio, seu rosto se contorceu de dor a cada chupada seca que o neném dava.
— Eu te disse, moço, ele passa fome, não tem nada que posso o a... — a mulher cortou a frase no meio quando o barulho seco se transformou em um barulho molhado como quem bebe um copo d'água no deserto. Os olhos da mulher se arregalaram quando ela viu o liquido branco escorrendo pela boca do bebê fazendo até espuma, mamando como um bezerrinho. — Você é um anjo. — o olhar de admiração caiu sobre Gulf.
— Não sou, eu só ajudei o seu corpo a produzir o leite em maior quantidade, ele sempre esteve aí. — O ômega sorriu para ela. — Um anjinho como ele um dia pode ser nosso futuro contra isso.
Gulf olhou para Mew que sabia que toda criança salva era quem ajudaria o mundo na salvação.
"Ω salutem in oculis domini, magistri caritatis, castitatis,
sanctitatis et divinitatis.
anima tua, cor innocens, die in tenebris, sicut nox sine luna et stellis,
haec erit mundi salvatio.
tu eris unus ex electionibus humanae salutis Ω"
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Escape / ABO
Hayran KurguGulf não sabia o rumo que sua vida tomaria, mas o ômega sabia que assim que tomou a estrada, tentando fugir dos mortos vivos que queriam a sua carne, que sua vida não seria mais a mesma. Ele fugia tentando de tudo para sobreviver ao apocalipse, até...