Capítulo VXIII

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Xiao tinha sua cabeça repousada sobre os braços que estavam se segurando no metal gelado que circulava o barco

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Xiao tinha sua cabeça repousada sobre os braços que estavam se segurando no metal gelado que circulava o barco. Ele se sentiu tonto em algum momento do trajeto e agora seu estomago queria jogar tudo para fora.

Um copo com um liquido vermelho apareceu na sua frente e ele ergueu os olhos para ver o Gulf que quem o segurava era Gulf.

— Eu não tô com vontade de beber nada, obrigado. — Gulf deixou o copo em sua frente e cruzou os braços à frente do corpo olhando pra ele com firmeza.

— Eu não quero saber se está confortável ou não. Você vai beber isso ou eu mesmo a enfio em sua garganta. — Gulf não tinha mais tempo para birras. Ele também estava enjoado e sabia o que o outro sentia. Mas sabia também que, ou Xiao bebia naquela hora, ou seria tarde demais.

— Eu quero saber se você vai mesmo conseguir fazer com que eu beba isso. — Xiao estava se levantando para impor seu descontentamento com Gulf.

Gulf riu de lado, colocou as duas mãos no ombro do outro o empurrando para baixo. Imediatamente seus olhos mudaram e ficaram amarelos como se Xiao fosse sua próxima presa e o ômega sentiu o medo correr pelo corpo. Medo de afinal estar encarando a fera de frente e não o protegendo às suas costas como antes.

O ômega em pé colocou uma perna no outro lado do corpo de Xiao bloqueando qualquer possibilidade de fuga, levou sua mão até o rosto do outro apertando suas bochechas até que se formasse um biquinho. Pegou o copo de cima da mesa, apertando mais sua mandíbula fazendo Xiao abrir a boca involuntariamente.

O liquido tinha um cheiro forte de ferro, a espessura era grossa e densa, quanto mais do líquido descia por sua garganta, mais Xiao sentia como se o fogo o consumisse. Gulf o estava matando.

Xiao sentiu uma nova onde de medo invadir suas veias como gelo puro, levando todo e qualquer calor que houvesse em sua pele que queimava como fogo.

— Não me olhe como se eu fosse o mostro que vai te matar na primeira oportunidade. — Gulf soltou o rosto do ômega o largando lá.

— O que você fez?

— O que eu fiz? — ele riu como se a piada do ano tivesse sido contada ali, para ele. — Eu te salvei, e vou salvar no futuro. — E virou de costas para o ômega que se levantou para correr atrás de Gulf. Não podia sair assim sem dar explicações, mas assim que seus olhos se voltaram para a parede do barco que tinha um espelho ele entendeu, o liquido vermelho era o sangue do ômega, o sangue mais carregado de poder que ele poderia consumir.

Um de seus olhos estava em um leve tom de castanho claro, beirava ao amarelo queimado. O sangue que estava em seu corpo agora, também poderia deixar que o dragão dentro de Gulf avisasse e se comunicasse com Xiao. O ômega se segurou na beirada da mesa quando tudo se encaixou em sua mente.

Então ele sentiu pena de Gulf. Pena por todo o sacrifício que o ômega tinha que fazer por eles.

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