19 de junho
14:45S/n
Saio correndo trancando as portas da minha casa, há alguns meses eu saí do apartamento onde eu morava e acabei me mudando pro mesmo condomínio que Dylan, depois que eles noivaram há algumas semanas Victoria resolveu que iria morar com ele me deixando sozinha naquele prédio enorme. Por mais que eu gostasse daquele lugar, era tudo muito limitado então eu resolvi comprar uma casa, parcelei em 57× mas é minha.
A imobiliária do Leonardo está crescendo cada vez mais, o que me deixa muito feliz por ele estar conquistando o seu dinheiro e construindo seu nome. Hannah passou em um teste pra fazer um filme, não sei muito sobre o assunto porque ela disse que é confidencial.
Enquanto a mim, eu não sei o que é ter uma semana tranquila há dois meses, Michael viaja pra todo canto do mundo e me arrasta junto, enquanto ele quer aparecer de mãos dadas comigo por todo canto, eu só quero ficar quieta na minha, não quero ser alvo de fofoca. Michael tem se tornado uma pessoa muito próxima, passamos horas em ligação, nos primeiros dias que me mudei, ele veio dormir comigo por que eu estava com medo de ser assaltada.
Pra ser sincera, eu não sei o que somos, ainda estamos nesse rolo de pega e não pega. Michael sempre que se sente sozinho, ele me liga, já teve vezes que ele me ligou, era quatro ou cinco horas da manhã. Anteontem o mesmo bateu na porta da minha casa três horas da manhã, esse menino não dorme? Pelo o amor de Deus! Ainda não aprofundamos muito na questão de família, eu evito falar da minha, e ele da dele, o máximo que eu soube é que uma das irmãs dele está produzindo um álbum, no início do ano, eu ouvi algumas faixas do último álbum dela, Control, são muito boas. Outra coisa que ele me disse, é que alguns dos irmãos dele não são flor que se cheire, apenas isso.
O carro de Josiah já está estacionado na porta da casa enquanto ele está no motorista rindo, eu mesma abro o porta malas colocando a mala junto com a quantia exagerada que Michael leva pra todo canto. Eu não sei pra que tanta mala, mas também nunca perguntei. Entro pela porta de trás, foi uma luta pro Josiah deixar eu abrir a porta sozinha, ele sempre dizia que era o trabalho dele e que iria sim abrir a porta pra mim tanto pra eu entrar ou sair do carro. Michael está sentado com a cara fechada, mal olhou na minha cara.
-Bom dia? - tento puxar assunto, ele me olha de cima a baixo, como se julgasse até a água que eu tomei antes de vir pro carro.
-Boa tarde, tá atrasada. - ele fala sério, pisco pesado pra ele, não é possível.
-Acordou atacado hoje? - cruzo os braços me ajeitando minha postura no banco. - e se eu estou atrasada, a culpa é sua que não veio mais cedo. - olho pra fora.
-Oh, me desculpe por estar trabalhando, você não podia ter um carro, tem que andar as minhas custas? - ele fala desaforado, olho pra ele incrédula, Michael arregalou os olhos como se estivesse surpreso com o que disse. - S/n me desculpa, eu não queria...
-Fica calado, é o mínimo que você faz. - respondo em um tom sério, ele apenas volta a olhar pra fora. O que caralhos deu nele? Eu não sou obrigada a receber esse tipo de tratamento, nem se eu desse motivo.
18:38
Durante todo o caminho não trocamos um mísero a, me coloquei há sete poltronas de distância de Michael, Josiah apenas riu quando me sentei quase no final do avião enquanto o patrão sentou em uma das poltronas a frente. Ele é o único que se diverte quando Michael tá estressado, porque eu só passo raiva porque ele sempre desconta em mim e eu não tenho paciência! Esse menino precisava de uma terapeuta pra controlar as emoções.
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Whatever Happens
FanfictionO ano é 1987, Michael Jackson aos seus 28 anos, acaba de entrar com um enorme projeto que até então pouquíssimas pessoas sabiam, em algum canto de Los Angeles, S/n com seus 23 anos, ainda se acostuma com a ideia de morar em um país diferente, difere...