7 de julho
20:04S/n
Michael acaba de entrar com uma mochila nas costas, ainda me pergunto por que ele veio caminhando, mas tá tudo bem. Hannah e Victoria o cumprimenta com um abraço e um beijo na bochecha, já Leo faz uma puta cena dramática pra abraçá-lo, acho lindo a relação que eles tem, parecem irmãos. Vou guardar a bebida, ainda não tomei um gole se quer. Não sei se quero trabalhar amanhã de ressaca, mesmo meu patrão sendo doido e provavelmente nem ele vai trabalhar amanhã. Ser secretária do Michael é fácil quando se está dentro da empresa, por que não se tem muito a fazer, talvez uma ou duas vezes eu tenho que ler algum contrato antes de passar pra ele, mas normalmente quem faz isso é o Frank. O resto dos dias eu fico riscando algumas folhas pro tempo passar. Quando temos que viajar, aí sim é meio chato, porque nós dois recebemos inúmeras perguntas sobre o que somos, Michael sempre deixa pra eu responder, mas eu não sei a resposta, até algumas horas atrás eu não sabia a reposta do que somos. Desde que vi aquela matéria sobre mim e o Michael, fiquei pensando se realmente valia a pena namorar alguém tão famoso, e foda-se, se estão falando por ai que eu e ele estamos juntos, por que não podemos estar realmente juntos? O único problema é aquela mulher com nome de buceta, Shana. Eu sinto que ela ainda vai me dar muito trabalho, ou não vai me dar paz, nessa semana que o Michael ficou fora, ela ligou 20 vezes, isso só no primeiro dia e as ligações sempre caíam pra mim, como ele não estava, eu tinha que resolver mais da metade das coisas, então eu não aguentava mais ouvir a voz dela. Eu tentei ser amigável com ela, mas tudo tem limite, chegou num ponto tão insuportável, que quando Natalie avisava que ia transferir a ligação, eu nem me dava ao trabalho de atender, tirava o telefone do gancho e o deixava em cima da mesa pra ela falar sozinha, eu não aguentava mais ouvir "mikezinho está? Queria falar com ele? Pode pedir pra ele me ligar por favor, avisa que é a namorada dele e que ela sente falta". Coitada, mais iludida que ela, só minha avó achando que eu ia crescer pra virar dona de casa pra esperar homem folgado fedorento chegar do trabalho, ficar parecendo um saco de bosta no sofá, e eu trabalhando que nem uma capivara na cozinha pra homem.
-Você realmente me chamou de amor, ou o capacete me fez ouvir coisas? - consigo sentir os passos dele se aproximando, é tão difícil assim de acreditar que eu tenha aceitado o pedido de namoro de outra forma? O que ele achou que eu ia fazer quando aceitasse? Achou que eu ia alugar um outidor escrito "SIM"?
-Por que a pergunta, amor? - me viro encarando seu rosto, ele é tão lindo sem maquiagem, Michael me encara como se eu tivesse acabado de falar algo inacreditável.
-Esse amor significa um sim? - um sorriso lindo brota em seu rosto. Apenas balancei a cabeça de cima a baixo afirmando sua pergunta, Michael corre até mim me abraçando e me girando no ar, credo menino, que força. Ele solta uma pequena risada próximo ao meu ouvido, o cheiro da sua colônia suave é um dos melhores cheiros que eu já senti em toda a minha vida. - prometo que vou fazer de tudo pra te fazer feliz. - vai nada, ele vai me dar uma franquia do McDonald's? Do KFC? Ou do Burguer King?
-Tá bom, chega de boiolagem, me ajuda a fazer caipirinha! E cadê a amiga que você falou que ia trazer? - ele me coloca no chão sorrindo enquanto encara meu rosto, parece que ele vai olhar no fundo da minha alma e descobrir todos os meus podres.
-Ela tá a caminho, liguei pra ela antes de sair de casa, ela disse que ia vir depois das sete porque tava trabalhando. - sua mão enorme tocam meu rosto fazendo um carinho gostoso em minha bochecha, sinto seus lábios se aproximarem dos meus, sua língua atrevida explora minha boca.
Sua mão que estava na minha bochecha desce pra minha cintura me puxando contra seu corpo, soltei um longo suspiro contra seus lábios conseguindo sentir uma risada nasal vinda dele. Deus eu o desejo tanto, e consigo sentir pela forma que ele me beija que ele também me deseja. Consigo sentir suas mãos subindo pelas minhas costas me causando um arrepio inesperado, sinto minhas costas contra a parede gelada junto com um tapa estralado em meu bumbum, seus lábios se separam dos meus fazendo uma trilha de selinhos até meu pescoço onde começa a fazer desenhos aleatórios com a língua pouco a cima da clavícula me causando uma sensação gostosa. Senhor tô me sentindo uma tarada, mas é tão bom estar nos braços dele. Seus beijos voltam para meus lábios enquanto suas mãos apertam minha bunda com força, seu beijo é recheado de desejo. Um calor inexplicável toma conta do meu corpo, não consigo se quer pensar direito. Posso sentir que Michael está sentindo o mesmo, pois sua boca ainda não descolou da minha.
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Whatever Happens
FanfictionO ano é 1987, Michael Jackson aos seus 28 anos, acaba de entrar com um enorme projeto que até então pouquíssimas pessoas sabiam, em algum canto de Los Angeles, S/n com seus 23 anos, ainda se acostuma com a ideia de morar em um país diferente, difere...