Whatever Happens

capítulo 21

Los Angeles — EUA

16 de fevereiro
14:45

S/n

Mais de um mês desde que tudo aconteceu, mais de um mês desde que perdemos ela. Confesso que foi um inferno pra tentar voltar a trabalhar depois de tudo.

Durante a primeira semana, Leo mal saiu do quarto. Só sabíamos notícias de Vic por causa das ligações de Dylan. Cristiano estava e ainda está ficando na casa do Leo. Hannah precisou voltar a trabalhar no terceiro dia após o que aconteceu.

Michael deu a ideia de chamar todos eles pra assistirem os últimos cinco shows. Hannah não pode acompanhar todos, mas conseguiu assistir pelo menos três deles.

Tecnicamente, meu contrato como secretária do Michael terminou, ele me disse que queria reformular um novo. Só que dessa vez, ele sabe que eu tenho outro trabalho, mas quer uma desculpa pra me ver mais vezes.

Por mais que o que eu mais queira é ir embora e dormir, eu tenho um trabalho ainda antes de ir. Cristiano me contratou pra ajudar a mobiliar a casa que ele comprou há uns dias. Bom, tô recebendo pra isso. Deixei tudo pronto pra quando eu chegar amanhã, só ir pra reunião e depois ir embora.

—Natalie, eu já terminei tudo que eu tinha pra fazer. Eu tô indo pro meu último compromisso e depois vou pra casa. — ajeitei bolsa nos ombros enquanto encarei a moça da minha altura atrás do balcão. — por favor, não liga pro Leonardo. Se acontecer alguma coisa, me liga que eu venho okay? — juntei as mãos na frente do peito.

—Pode deixar, senhora. —ela me dá um sorriso gentil enquanto volta a anotar algumas coisas. Sussurrei um "obrigada" antes de sair do pequeno prédio.

Entrei em meu Chevrolet Kadett preto deixando a bolsa do lado do passageiro. Respirei bem fundo antes de começar a dirigir. A casa que Cristiano escolheu, fica no mesmo condomínio que a de Leonardo.

Entrei pela porta da casa vendo Cristiano sentado no chão. Assim que me viu, abaixou jornal que estava lendo e sorriu.

—Demorei? — deixo a bolsa no balcão que dividia a sala da cozinha. Cris se levanta e coloca o jornal no chão.

—Não, cheguei quase agora também. — pego uma apostila com alguns móveis pra começar a trabalhar.

—Por onde quer começar? — olho pra ele que olha em volta.

—Podemos começar pela sala. Tava pensando em colocar algumas coisas relacionadas a música, tipo um violão ali. — ele aponta pra lareira enquanto eu o encaro horrorizada.

—Que isso? Tô montando a casa do Sérgio Reis? — ele gargalha e me encara.

—Tô brincando. Acho que a cor da parede pode ser essa mesmo. Onde acha que o sofá pode ficar? — fico no centro da sala, o que me dá uma visão geral do cômodo vazio.

—Vamos começar pela copa, okay? Uma parte de casa vez. — caminho um pouco pelo local.

—Ih como tá mandona. — ele brinca vindo atrás de mim.

—Eita como tá chato. — caminhei até onde imaginei colocar uma mesa. — aqui ficaria a mesa, o que acha? — ele parece visualizar a uma mesa no local onde eu estou.

—Uma mesa de oito cadeiras, gostei. Pensei em colocar um lustre aqui em cima. — ele aponta pra cima. Afirmo com a cabeça, tiro um caderno pequeno da bolsa. Anoto a ideia da mesa e do lustre.