Los Angeles - EUA
19 de fevereiro
20:30S/n
Leonardo aperta a caixa impaciente, como se a caixa pudesse falar quem a enviou. Cristiano pegou um copo de água pra mim se sentando do meu lado.
— Deve ter sido uma brincadeira sem graça. — tomo um gole de água suspirando.
— S/n, alguém entrou na sua casa. Roubou as suas coisas e agora te manda isso? Não é um roubo, é um tipo de ameaça. — Leo vai até o telefone e o tira do gancho.
— Não liga pra polícia. — me levanto indo até ele e toco seu ombro.
— Alguém entrou na sua casa, a polícia pode ajudar a encontrar quem foi, S/n. — ele me encara enquanto fala.
— Leo, tem grandes chance disso sair na mídia e a última coisa que eu quero é o nome do Michael envolvido em mais polêmicas. — aperto suavemente seu braço. — por favor, não liga pra polícia. — ele coloca o celular no gancho.
— Você não vai passar a noite aqui, passa a noite lá em casa e amanhã a gente procura outra casa pra você. — suspiro e balanço a cabeça.
— Parece que alguém tá tentando te assustar. — Cris se levanta e vem até mim me abraçando. — você vai ficar bem, você passa a noite na casa do Leo, pelo menos hoje. Okay? — ele deposita um beijinho no topo da minha cabeça. — eu vou fazer o que estiver ao meu alcance pra descobrir quem entrou aqui. — afirmo com a cabeça.
— Eu agradeço a ajuda, mas eu vou ficar bem, foi só um susto. Cris, você volta a trabalhar amanhã, não comenta com ninguém do departamento sobre o que aconteceu aqui. — ele pisca pesado. — eu te pago três caixinhas de cerveja, mas deixa isso debaixo dos panos.
— Me garante que não vai passar a noite aqui e eu não falo. Qual é? Eu passei um tempo fora, mas ainda me preocupo com você. — ele levanta as sobrancelhas.
— Eu não quero incomodar o Leo, posso ir pra um hotel. Acho bom nenhum de vocês comentar nada disso com o Michael. Só preciso pegar algumas coisas. — subo as escadas.
— Você sabe que não é incômodo, quantas vezes eu fiquei na sua casa quando eu precisava? O mínimo que eu posso fazer é deixar você passar a noite lá, além do mais. Amanhã eu te dou uma carona até a empresa. — encaro Leo do topo da escadas, aqueles olhos esverdeados me ganharam tão fácil.
— Só por hoje, okay? — comecei a algumas coisas necessárias pra levar.
Peguei minha bolsa, tranquei a casa e fui com os meninos pra casa do Leonardo. Os dois parecem meus seguranças, chega a ser divertido. A situação que eu me encontro, não é nem um pouco divertida. Ter que ir dormir na casa de amigos porque algum maníaco filho da puta tem as chaves da minha casa e mandou algum tipo de aviso. Definitivamente é um caso de polícia, mas conheço bem a cidade em que eu moro.
Assim que isso cair nos ouvidos de qualquer pessoa fora da polícia, vai sair matérias envolvendo o nome do Michael. Ele tá tão tranquilo ultimamente, tão feliz. Não quero preocupar ele com essa história.
— S/n, que bom ver você aqui, entra. — Daniela abre espaço para que eu possa entrar e me abraça. — conseguiu descansar depois que chegou em casa? — ela pega a minha bolsa e a coloca no balcão.
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Whatever Happens
FanfictionO ano é 1987, Michael Jackson aos seus 28 anos, acaba de entrar com um enorme projeto que até então pouquíssimas pessoas sabiam, em algum canto de Los Angeles, S/n com seus 23 anos, ainda se acostuma com a ideia de morar em um país diferente, difere...