Whatever Happens

capítulo 17

27 de agosto

18:56

S/n

Finalmente consigo decidir alguma coisa pra usar. Uma calça jeans escura, uma camisa branca e um jaqueta jeans junto com uma botinha baixa, eu não quero parecer que me esforcei demais pra ir apenas naquele jantar. Michael prometeu passar aqui em 10 minutos. Me contou algo sobre seus pais e sua família, não tô nem um pouco confiante em ir conhece-los. Ele me falou que eles mudaram muito de um tempo pra cá, mas sei lá, estadunidense é um bicho burro e ignorante. Espero não ouvir nenhuma piadinha de mal gosto. Qualquer coisa que eu ouvir e não me sentir confortável, eu vou levantar e sair. Me encaro no espelho uma última vez tentando colocar na cabeça que vai ser só um jantar onde eu vou conhecer os pais do meu namorado. Acho que se o Michael não fosse quem ele é, isso seria bem mais fácil.

Eu não quero tornar esse relacionamento público tão cedo, me trás um pânico em pensar em milhares de pessoas descobrindo sobre mim, comentando e falando o que não sabem. Olho novamente o relógio, respiro bem fundo me encarando novamente no espelho. Consigo me sentir segura comigo mesma, não é um bixo de sete cabeças, apesar de parecer. Pego minha carteira colocando dentro da bolsa sobre o sofá.

O carro buzina algumas vezes do lado de fora, confiro se tranquei a porta antes de ir, a porta de trás do carro já está aberta enquanto Josiah está parado ao lado esquerdo com as mãos cruzadas na frente do corpo, todo formal, parece que tá esperando alguém muito importante.

–Boa noite S/n. – ele abre um sorriso pequeno, mas o suficiente pra que eu conseguisse ver seus dentes. Sorrio de volta e dou dois tapinhas no seu braço.

–Boa noite princeso. – entro no carro e não tem ninguém no banco de trás, esse puto não fez isso não. CADÊ O MICHAEL?

–O senhor Jackson tá te esperando na casa, ele achou que seria menos arriscado se ele não viesse. – Josiah fala pouco antes de fechar a porta, me ajeito no banco de trás colocando o cinto de segurança sobre meu corpo.

Ouço o motor do carro rangendo e em seguida o mesmo saindo do lugar. As luzes do meu bairro começam a ser apenas pontinhos de luz de acordo com que o carro anda mais rápido. A música baixa deixa o ambiente mais agradável, respiro bem fundo soltando o ar pela boca quando sinto o carro diminuir a velocidade. Após passar por um portão branco, consigo ver Michael parado em frente a porta da casa igual aqueles mordomos de filme. Desço do carro antes que eu possa desistir dessa ideia de conhecer a família dele, observo o lugar, me parece reconfortante, seria um lugar que eu viria pra passar um fim de semana.

–Tava ansioso pra chegar, bem-vinda. - Michael enlaça meu quadril deixando um beijinho em meus lábios. – vamos? Estão nos esperando pra te conhecerem. – a mão direita desliza até a palma da minha mão cruzando nossos dedos.

–Ninguém vai me olhar como se eu fosse um alienígena não, certo? – encaro o rosto dele. Seus lábios se entortam mostrando um sorriso largo.

Entramos pela porta, a visão de entrada são dois sofás de couro, uma mesinha do lado esquerdo de cada sofá. Tem duas pessoas sentadas no sofá e outras duas de pé. A senhora caminha em nossa direção com um sorriso aconchegante parando a nossa frente.

–Finalmente conseguimos te conhecer. - ela me abraça, okay, é a mãe dele. Seus braços se apertam em volta de mim enquanto um sorriso se petrifica no meu rosto mesmo sem eu querer. – Deus a abençoe, filha. – ela pega minha mão livre dando um beijinho ali. Fofa. Logo em seguida, o pai dele se aproxima com uma cara de cú, estende a mão com uma postura firme. Seguro sua mão e balanço a cabeça de cima a baixo suavemente em uma forma de cumprimento.