Meses após os acontecimentos de "A rainha do nada" Jude se vê em uma situação, um tanto quanto inusitada e perigosa.
Novas intrigas, planos mirabolantes, amizades improváveis, segredos e meias verdades desastrosas. Tudo isso enquanto tenta lidar com...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dois meses depois
-Não. - Minha voz soa mais irritada do que eu pretendia.
Os olhos castanhos e brilhantes de Jude imploraram, minha rainha teimosa parecia não entender uma só palavra que saia de minha boca hoje.
-Uma visita rápida, apenas algumas horas. - Jude pediu novamente.
A mortal teimosa estava nos portões da frente do palácio, vestindo roupas do mundo mortal. O sol estava alto no céu e não havia uma única alma por perto, a não ser por algumas sentinelas em pontos estratégicos e distantes.
-Jude, - suspirei exasperado - Meu amor. Você não vai subir em um corcel maltrapilho e voar para o mundo mortal. - Disse as palavras lentamente, talvez assim ela se desse conta da estupidez que estava tentando fazer.
Suas feições mudaram como um raio cortando o céu em dia de tempestade. Minha esposa grávida de nove meses estava irritada e nervosa e não havia chance alguma de que eu a acalmasse. Que maravilha!
-Você não manda em mim, Cardan! - Ela gritou - Vou ao mundo mortal fazer uma visita a Oak e Oriana, e você, - Jude apontou para mim ameaçadoramente - Vai continuar aqui até que eu volte e esfregue na sua cara que estou perfeitamente bem.
Precisei de todo meu autocontrole para não pegar Jude nos braços e levá-la para dentro de uma vez. Ela ficaria duas vezes mais irritada, o que não era uma boa ideia em seu estado atual. Enquanto eu tentava me controlar Jude se virou e começou a se afastar. Segurei seu braço a trazendo de volta.
-O que pensa que está fazendo? - Ela gritou.
Respirei fundo.
-Já disse que você não vai sair do palácio. - Seu rosto tinha um leve tom de vermelho - Se quiser eu posso chamá-los, então pode ver Oriana e Oak sem se arriscar tanto. - Tentei.
Ela não me deu ouvidos, tentando se soltar de meu aperto.
-Ninguém me diz o que fazer, Cardan. Muito menos você.
Não respondi. Não mexi um único músculo para deixá-la ir. Eu já sabia o que aconteceria a seguir, seria como todas as outras vezes em que contrariei ela nos últimos meses. Primeiro ela gritaria comigo, depois iria me bater, então perceber o que estava fazendo e chorar por isso, eu a abraçaria e nós ficaremos bem.
-Eu sei, Jude. Mas mesmo assim você não vai.
Ela gritou entre dentes, seu rosto ganhando mais um tom de vermelho. E lá vamos nós.
Jude gritou o mais alto que alguém poderia, quase se atropelando nas palavras que diziam o quão cruel eu era, e o quanto ela estava arrependida de ter se casado comigo, depois ela me lembrou, não muito gentilmente, que não estamos mais casados oficialmente. Então ela tentou se soltar de meu aperto em seu braço novamente, quando não a soltei ela tentou me empurrar e se debater. O último estágio veio logo depois.
