I Raised A Black Dragon (NOVEL PT-BR)

Capítulo 39

"Eu sei que há algo que a Srta. Noah não me disse." 

"É assim mesmo?" Park Noah recostou-se no sofá, com os braços apoiados nos braços. Por um momento, Kyle Leonard captou um vislumbre de curiosidade resplandecente em seus olhos oceânicos. 

A distinção mais evidente entre Park Noah e Eleonora Asil eram seus olhos. Embora exibam a mesma aparência, as esferas azuis brilharam de forma diferente. Park Noah parecia inocente e fraca, enquanto os olhos da bruxa brilhavam e zombavam.

Naquele momento, Kyle Leonard sentiu que estava enfrentando a verdadeira Eleonora Asil. Ele percebeu a presunção familiar, embora fraca, que brilhou em seus olhos. A mulher à sua frente não parecia mais lânguida; em vez disso, seu rosto parecia sombrio. Um sentimento de ressentimento se apoderou dele silenciosamente.

Kyle Leonard saiu de seu transe e falou com um suspiro. "Eu ficaria muito grato se você considerasse as perguntas que não fiz como o maior pedido de desculpas que posso expressar por minha grosseria."

"Hm..." Park Noah cantarolou, batendo os dedos de brincadeira no braço da cadeira.

“Mas é claro, tenha em mente que isso não significa que as acusações da Srta. Noah foram completamente levantadas. Esta será a última vez que meus sentimentos pessoais estarão envolvidos na investigação. Você prometeu cooperar, então, por favor, não esconda nenhuma informação sobre Muell até eu dar a notícia, e pare de interagir com Lenia Valtalere...”

“Uau, você já sabia disso? Até mesmo sobre Lenia?" 

A seus pés, o jovem dragão se aproximou. Park Noah ergueu o dragão e o colocou em seu colo, inclinando a cabeça em diversão.

“Você realmente não perde nada, mesmo o mais trivial. É mais assustador do que o que li nas cartas*.”

[N/T: nessa parte não sei dizer se ela se refere mesmo a novel ou a qualquer outra coisa. Na tradução em inglês é usado 'letters' e como 'letras' não faz sentido traduzi como 'carta'.]

Cartas? Percebendo a carranca em seu rosto, Park Noah se levantou, os cantos de sua boca se curvando em um sorriso malicioso. Então, ela cutucou Kyle Leonard com seus braços finos. 

“Vou cooperar com a investigação com toda a minha paixão remanescente, então não se preocupe. O interrogatório de hoje acabou agora?”

“... Sim,” ele respondeu, seus olhos fixos nas ondas de damasco de que ele estava tão farto. Mas, com outra tomada, ele percebeu que o cabelo escandalosamente ruivo que irradiava com o pôr do sol não parecia tão ruim. Pelo menos, não parecia que as pragas rastejassem para baixo, ele pensou.

Logo, Kyle Leonard enfrentou a porta de madeira, segurando a maçaneta com a força de sua mão instável.

“Então, é um adeus, senhor. Foi bom conhecê-lo." Park Noah acenou com a mão nas costas do investigador pela porta que estava entreaberta. O dragão negro bebê balançou suavemente o rabo em seu colo, imitando-a.

“Por favor, me ligue quando você se aposentar. Vou contratá-lo como mordomo.”

"Estou bem." 

“Você pode mudar de ideia a qualquer momento.”

A porta se fechou sem sua resposta. Do outro lado, Kyle Leonard olhou para a madeira grossa por um momento e, com um longo suspiro, ele se virou. 

Mesmo assim, ele ficou aliviado porque a pessoa que conheceu não era a verdadeira Eleonora Asil. Se a bruxa má tivesse um dragão marcado a ela, nunca seria um exagero dizer que ela se tornaria a mais poderosa.

Ela era uma mentirosa óbvia, de qualquer maneira. Além disso, foi um aborrecimento, mas... é como uma preguiça que é divertido de criar...

Kyle Leonard forçou sua linha de pensamentos sobre Park Noah a parar. Não houve tempo para atrasar. O investigador não pode se dar ao luxo de se distrair em um momento tão crítico. Esperar por ele na capital era um trabalho árduo.

No dia seguinte, entretanto, Kyle Leonard sentiu a necessidade de corrigir a suposição de que ele tinha uma boa compreensão da mulher chamada Park Noah.