I Raised A Black Dragon (NOVEL PT-BR)

Capítulo 145

Quando Noah subiu mais de cinquenta degraus, ela pôde ver toda a visão do laboratório. Ela esfregou algo dentro do bolso, uma coisa que ela carregava o tempo todo. Era o globo ocular de Largo, cujo par se perdeu no Angelical e nunca foi encontrado. Teria sido bastante útil nesta situação, pois pode transmitir a visão de outra perspectiva mesmo de longe.

Mas ela não poderia evitar se já estava perdido. Noah entrou, esperando que Muell desgastasse o espírito de Adrian.

Diante dela havia uma biblioteca pertencente ao Departamento de Magia de Laurent. A biblioteca continha os originais de todos os livros de história mágica e registros detalhados dos projetos, processos de pesquisa e invenções distribuídos em Laurent. Era um lugar exclusivo onde ninguém podia entrar sem a permissão do ministro.

A biblioteca do Departamento de Magia era um pouco diferente da imagem que geralmente vem à mente ao imaginar uma biblioteca. No centro do grande espaço havia estantes altas alinhadas em quatro a cinco fileiras, e havia abóbadas quadradas de tamanhos diferentes nas paredes. A maioria das abóbadas tinha tampas de vidro, revelando o conteúdo, mas algumas estavam cobertas.

Noah vasculhou primeiro as estantes altas cheias de livros grossos, o suficiente para deixá-la tonta com apenas um olhar. Além disso, as estantes tinham mais do que o dobro de sua altura. Noah sentiu como se ela estivesse presa em uma floresta de livros.

Agora, então. Como faço para encontrar o que quero neste vasto espaço…

O tempo de Adrian com Muell geralmente não ultrapassava uma hora. Embora o garotinho dê o seu melhor para distrair e exaurir Adrian, incomodou Noah que ele a tivesse visto ir em direção à biblioteca. Talvez fosse melhor entrar sorrateiramente como um ladrão no meio da noite, pensou Noah. Ela desejou poder obter uma informação útil para que não precisasse. 

As caixas na parede e os livros na estante estavam todos organizados em ordem alfabética. Só havia uma pista que ela tinha: o “r” do alfabeto, que ela presumia ser uma “réplica”.

Noah ouviu o som vindo do fundo da biblioteca e dirigiu-se à estante, onde estavam reunidos os livros iniciados com a letra “R”. Depois de uma respiração profunda, ela começou a folhear os livros. Havia uma coisa que ela estava procurando. 

"…Eu encontrei."

Ela esticou a mão em direção ao livro grosso na segunda prateleira. O título do livro escrito na contracapa era 'Replica Design Theory – Basic'.

Parte básica da teoria de design de réplicas. Encontrei um... Não pode haver apenas um livro nesta enorme biblioteca com a palavra 'Réplica'.

Ela pegou o livro que acabara de encontrar, abriu a primeira página e cuidadosamente pairou sobre as páginas a lupa do tamanho de um prego que trouxera. As lentes tremeram por um momento e pareceram se equilibrar, e logo espalharam uma teia de redes de mana. 

A rede começou a descer lentamente sobre a página. As letras, apertadas na página, foram rapidamente sugadas pela lente. Assim que terminava de escanear a página inteira, a próxima página virava sozinha. Enquanto ela se ocupava com o livro, Noah não desconsiderou os arredores, com medo de que o som de páginas virando vazasse pela porta. 

A impressora da mansão de Eleonora já devia estar materializando o conteúdo do livro que a lupa transmitia, e levava apenas menos de cinco minutos para transmitir todo o conteúdo de um livro. 

Ela vasculhou a estante mais uma vez e tirou os livros que continham a palavra 'réplica', ou 'clone'. Depois de digitalizar cada livro, ela o inseriu de volta em seu lugar.

Quando Noah acabou de pegar um livro intitulado “Pure Magic Application – Copy” e o segurou em meus braços, o ar na biblioteca mudou repentinamente. Com um som estridente, a porta da biblioteca que ela deixou aberta se moveu. 

Alguém entrou. Ela respirou silenciosamente, ouvindo o som na entrada. O rangido da porta havia parado e logo ouviram-se passos lentos.

“……!” Noah mordeu os lábios e rapidamente colocou o livro que ela estava segurando na prateleira. Enquanto ela entrava em pânico, o livro esbarrou nos outros livros de ambos os lados e fez um baque.

Tock. Tock. Os passos estavam se aproximando. Então, em um ponto, parou. Uma voz estranha ecoou na biblioteca silenciosa.

“...Senhora Asil? O que você está fazendo aqui?"