Capítulo 103

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"Desarmar?" Noah baixou os olhos, olhando para seu próprio corpo. Não havia nenhum tipo de arma, mas havia um pequeno dragão enrolado na bainha de seu vestido, com os braços em volta de sua perna.

Muell olhou para a mulher do outro lado. Talvez oprimida pelo olhar da criança, a mão de Penelope, que segurava o revólver, se encolheu.

"Hmm..." Noah cantarolou impensadamente, segurando seu queixo com o dedo indicador. A arma da mulher não estava apontada para seu rosto, mas era óbvio que ela miraria em seu ponto vital assim que Noah agisse um pouco desconfiado.

Muell percebeu a intenção do investigador também, e o ar ao redor deles de repente soprou forte. Ele disparou ferozmente em Penelope, "Saia do caminho na frente de Noah".

"Mu, você deveria falar educadamente com um adulto." Noah permaneceu fiel ao treinamento de etiqueta do pequeno dragão.
Então, Muell mudou seu tom para um tom suave enquanto estica o lábio inferior. "Saia do caminho na frente de Noah."

Penelope, embora visivelmente hesitante, não recuou. Noah admirou sua calma. A energia que Muell deliberadamente exalava no ar era um poder mais próximo da origem de todos os seres do mundo. Ser capaz de sentir esse poder e permanecer composto, no entanto, era digno de elogios.

"Eu já verifiquei, Penelope." Kyle deu um passo à frente e empurrou o braço de Penelope para baixo. "Eu garanto segurança."

"Mas capitão, o oponente..." Penelope relutantemente deu um passo para o lado, mas seus olhos desconfiados se demoraram no pequeno dragão.

"Não importa o quanto o capitão assegure, ela deve ser algemada. Quantas vezes você foi esfaqueado nas costas por aquela mulher?" Penélope insistiu.

"Penélope, pare."

"Se você não prendê-la agora, o ministro não vai deixar você ir."

Enquanto isso, Noah ficou perdido em pensamentos enquanto ouvia a conversa deles. Ela não queria estar em apuros nem causar um.

Na verdade, o que mais a assustava não era o pequeno encrenqueiro, que se agarrava a ela, ou o investigador deslumbrante à sua frente, ou as pessoas poderosas de Laurent, que ela poderia enfrentar no futuro.

Quem mais a assustava era ela mesma. Para ser preciso, sua incapacidade de controlar o poder absoluto e surreal do dragão. Se você pisar com o pé errado, o chão vai desmoronar.

Ranger.

Como se para sustentar seus pensamentos, rachaduras começaram a se formar na ponte, especificamente onde Noah estava.
A conversa entre Kyle e Penelope, que estavam tendo uma pequena briga, cessou imediatamente. Dezenas de pares de olhos simultaneamente desviaram o olhar para os pés dela.

"....." De jeito nenhum. Quando ela tirou um pé com um sorriso tímido, fragmentos de madeira da ponte caíram no mar.

"... Assim." Kyle concluiu com um rosto cansado. "Não a provoque, mulher."

Penélope ficou em silêncio.

"Para trás, Penélope. Não temos permissão para colocar um dedo no corpo de Eleonora Asil." As palavras de Kyle tinham uma tremenda autoridade.

A atitude do investigador, que planejava enfrentar Noah, arriscando as vidas ao seu redor ao mesmo tempo, mudou cento e oitenta graus.

Eles pareciam pensar que Noah ia queimar no chão tudo o que ela tocava, pisava e até onde ela respirava.

Infelizmente, era verdade.

Enquanto desciam da ponte e se dirigiam para o veículo reservado para eles, Kyle sussurrou, segurando discretamente o braço dela. "Não pense em nada, Srta. Noah. Por favor. Esvazie a cabeça. Não posso ficar do seu lado se você agir como se o deus da destruição tivesse retornado."

"Eu também não quero, mas não posso evitar." Noah gemeu.

Pensando que o tempo estava de alguma forma quente, o céu de repente ficou escuro. Noah entrou em pânico e imediatamente rezou para que o céu clareasse novamente para que a chuva não caísse pesadamente sobre eles. Em um piscar de olhos, os céus se iluminaram. Era natural que os rostos dos investigadores, que a seguiram silenciosamente, estivessem ansiosos.

Eventualmente, Kyle sugeriu uma solução. "Então, me dê Mu. Se você estiver fisicamente separado da fonte principal de energia, a distância pode diminuir a taxa de resposta."

É assim mesmo? Noah entregou Muell para Kyle, um pouco duvidoso. Ainda assim, ele se tornou um ser humano familiar para a criança, e Muell mudou-se para Kyle sem muita resistência. Noah estava feliz por haver uma pessoa a quem o garotinho havia se acostumado além dela.

Enquanto Noah pensava assim, Muell colocou a mão de Kyle em sua cabeça de maneira digna e levou Kyle a acariciá-la.

...Acho que Mu também trata aquele homem como um mordomo. Noah desfrutou da sensação de seu cabelo sendo acariciado, fechando os olhos.

A melhor coisa era aproveitar a sensação de varrer o cabelo com os olhos fechados. Kyle, que abraçou Muell com muita naturalidade, era mordomo ou babá.

Logo, eles estavam sentados no veículo em direção ao Bureau de Investigação, e Noah murmurou um sincero pedido de desculpas a Kyle.

I Raised A Black Dragon (NOVEL PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora