Capítulo 3

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Afrouxem os cintos e boa leitura ;)

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Durante toda aquela conversa, John havia se sentido em uma espécie de jogo. Um jogo de resistência e autocontrole. E ele esteve perdendo quase todo o tempo. Enquanto o detetive soava objetivo e pragmático, o médico lutava para esconder sua agitação passional. Enquanto Sherlock lhe fazia perguntas certeiras e dava respostas afiadas, John hesitava e questionava internamente sua decisão de ter se metido nessa situação. Parece que o outro estava sempre um passo à sua frente. E foi por isso que ele decidiu tomar a dianteira. Agora ele estava com vantagem, havia encurralado o detetive e mal podia esperar para ver qual seria a próxima jogada dele.

Sherlock o encarava de baixo para cima, como se fosse uma presa, mas seu olhar ainda era todo de desafio. Então, ao invés de responder com palavras, ele deixou que seu corpo falasse por si: se recostou melhor na poltrona e afastou as pernas, de modo que John pode ser com clareza o volume que começava a marcar de leve a sua calça de moletom.

Assim que baixou os olhos, o loiro sentiu uma forte fisgada abaixo do umbigo e toda a região começou a formigar de expectativa. Quando se deu conta, já estava de joelhos entre as pernas do detetive e este o encarava cheio de malícia e com suas pupilas enormes.

- Não vai nem me beijar antes? - Sherlock perguntou com um sorriso brincando nos lábios.

John riu largamente, mas antes que o outro pudesse rir de volta, ele já o havia puxado pela gola da camiseta e selado seus lábios.

O beijo foi urgente e impetuoso. Mal se tocaram e John já havia sugado a língua do detetive para dentro da sua boca. Agora ele a chupava com intensidade, buscando sentir cada detalhe de sua textura. Sherlock tinha um leve sabor de menta e, sua pele, um cheiro amadeirado de loção pós-barba, ele era irresistível!

Enquanto mantinha o agarre firme na gola do mais novo, John escorregou a outra mão por entre as pernas dele, apertando com força sua ereção. Com isso, duas coisas aconteceram: a primeira foi que Sherlock gemeu em sua boca e a segunda foi que o loiro percebeu que ele não estava usando nada por baixo daquele moletom - Interessante - Pensou.

O médico interrompeu o beijo e, com a mão espalmada no peito dele, o empurrou para que voltasse a se recostar. Sherlock já estava uma bagunça: com as bochechas coradas, os lábios inchados e os cachos um tanto espevitados caindo no rosto - uma graça - John não pode deixar de observar. 

Ele sorriu e, finalmente, voltou sua atenção ao volume nada discreto que estava erguido entre os dois. A seguir enfiou a mão direita dentro das calças do detetive e, de lá, tirou um membro longo, rubro e cravado de veias que pulsavam de expectativa. A cabecinha rosada já estava melada de pré-gozo, o que fez sua boca salivar.

Sem mais delongas, o lambeu desde a base até o topo e, quando chegou em cima, colocou apenas a glande em sua boca, sugando e passando a língua ao redor da fenda úmida. Como reação, Sherlock curvou as costas sobre a poltrona e soltou um som grave e arrastado.

Satisfeito com a resposta, John repetiu o movimento, de novo e de novo, enquanto massageava seus testículos suavemente e, quando achou que essa estimulação fora suficiente, decidiu finalmente colocar ele todo dentro da boca. O empurrou o mais fundo que conseguiu e depois o puxou de volta sugando forte, como se o selasse a vácuo, o que fez um delicioso som estalado ressoar no ambiente.

- Oh céus! - O mais novo exclamou.

Então o médico fez isso mais uma vez, e mais uma e mais uma. Em alguns momentos abria bem a boca e apenas batia com o pau do detetive na sua língua, depois voltava a engoli-lo insaciavelmente, enquanto usava a mão para masturbar a base com o mesmo ritmo.

Sherlock estava fora de si, com a cabeça jogada para trás e os lábios entreabertos, de onde saiam suspiros pesados e alguns impropérios. 

De onde estava, John o fitava intensamente em meio as suas investidas. Como a voz do detetive ficava deliciosa, ressonando baixinho e grave daquele jeito, observou. Não duvidava que poderia gozar apenas por vê-lo naquele estado às suas custas. Secretamente, queria fazê-lo gemer muito mais gostoso do que o tinha ouvido fazer na noite anterior, e ele estava conseguindo esse feito.

- John, eu vou... - O mais novo tentou avisar com um gemido sôfrego para que o outro se afastasse, mas ao invés de fazê-lo, o loiro intensificou ainda mais os movimentos, levando Sherlock a gozar no interior de sua boca sob fortes espasmos.

Na sequência, antes mesmo que o detetive pudesse se recuperar, John voltou a se erguer sobre ele, apoiando os joelhos na poltrona, um de cada lado, e sentando-se em seu colo para tomar seus lábios novamente. 

Sherlock sentiu seu próprio gosto na boca de John e isso lhe encheu com uma sensação difícil de descrever. Era algo como poder e controle. Como se, naquele momento, o médico pertencesse a ele.

Enquanto o beijava, o mais velho instintivamente oscilava seus quadris para frente e para trás e Sherlock pôde sentir o membro duro do ex-militar, intocado até então, roçando contra seu abdômen. Sem hesitar, ele desceu a mão e o apertou por cima da calça, fazendo médico gemer em resposta. Em seguida, sem soltar o aperto, afastou seus rostos e o fitou intensamente.

- Eu estaria mentindo se dissesse que nunca te imaginei inteirinho dentro da minha boca, sabia?

Nesse momento John sentiu como se todo seu corpo houvesse se tornado líquido e agora ele se derretia sobre Sherlock, escorria pela poltrona e se derramava por todo chão da sala. Não conseguiu emitir nenhuma palavra em resposta, e nem precisou, porque o detetive voltou a falar em seguida:

- E que momento melhor para tornar isso realidade, do que agora, retribuindo esse belo espetáculo que você acabou de performar para mim?

Tal proposta fez o loiro retornar ao seu estado sólido e, em questão de segundos, eles estavam de pé, se beijando loucamente, enquanto Sherlock conduzia John de volta a sua poltrona. Porém, antes que chegassem a ela, o detetive parou tudo que estava fazendo, afastou seus lábios e ficou em silêncio encarando o nada com expressão concentrada. 

O médico estava prestes a perguntar que diabos estava acontecendo, quando ele próprio se deu conta do que se tratava, então se sentou alvoroçado e cobriu o colo com uma almofada e Sherlock secou o suor do rosto com a manga do robe e ajeitou precariamente os cabelos com os dedos para em seguida dizer:

- Pare de hesitar na porta e entre de uma vez, Lestrade!


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Capítulo mais curtinho, mas acredito que bem produtivo 😏 Acho que o motivo dessa visitinha impertinente já é assunto pro próximo haha Deixem suas impressões aí pessoal. Vale elogio, crítica, sugestões e teorias hehe Até breve 🖤

Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]Onde histórias criam vida. Descubra agora