Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]

Capítulo 17

Perdão por machucar o coração de todos no capítulo anterior, porém bora enxugar as lágrimas e levantar esse estado de ânimo pra curtir o 17º capítulo dessa aventura Johnlockiana cheia de drama, suspense e amorzinho 😘

(revisei esse cap trocentas vezes e ainda não to satisfeita. Relevem possíveis errinhos, depois eu volto pra revisar de novo hehe)

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Mayfield Rd, 19h26

- Oi Greg - O médico cumprimentou animadamente.

Kevin estava do lado dele com as mãos nos bolsos e a postura derrotada.

- John, pode me dizer o que está acontecendo? - Lestrade perguntou exasperado descendo do carro.

- Sherlock precisava entrar sozinho - O loiro respondeu com simplicidade.

- Você desarmou um policial da Scotland Yard?!

- Em minha defesa, também fui eu quem te ligou contando isso - John argumentou.

- Que droga, John! Viver com Sherlock está te deixando tão inconsequente quanto ele! - O inspetor disse empurrando os dois homens e entrando na casa, sendo seguido por eles logo depois.

O médico já havia adiantado algumas poucas informações sobre o caso por telefone, de modo que, logo que entrou na casa, o inspetor se dirigiu diretamente à pequena porta estreita que dava acesso ao andar subterrâneo e desceu os degraus apressadamente.

Quando chegou na sala, entretanto, Lestrade se deparou com uma cena que parecia não fazer jus a toda urgência que tinha assumido:

Covolan, totalmente consciente, estava ajoelhado no chão, algemado ao aquecedor, Sherlock o observava calmamente sentado na cadeira da escrivaninha e a garota, apoiada na cama, olhava desconcertada para o grupo recém-chegado. Aparentemente tudo estava sob controle.

- Sherlock, o que... - Lestrade começou, mas então se distraiu olhando a estrutura ao redor - Que droga de lugar é esse?

- E como sempre, você só chega quando tudo já está resolvido, Gohan.

- Poupe-nos do seu deboche e passe logo o relatório! - O inspetor ordenou sem paciência.

- Infelizmente, dessa vez, o mérito não é meu Lestrade - Sherlock disse, recebendo um olhar confuso de John.

- Explique-se - Greg falou.

- Amanda aqui - ele disse se virando para a garota - me ligou e nos entregou tudo de bandeja.

- Como é? - Lestrade disse, olhando para a menina que tinha olheiras tão grandes que chegavam até as maçãs de seu rosto - Quem é ela?

- Acontece que Covolan não é exatamente o bom doutor que precisa de segurança pública - O detetive disse com sarcasmo - Ele usa esse lugar para realizar abordagens bem questionáveis. Angela Smith, uma das vítimas que ele submeteu no passado, nunca se recuperou e faleceu na terça-feira passada após uma overdose, depois de ver Covolan em sua odiosa entrevista. Amanda é filha desta paciente e, abalada com a fatalidade que recaiu sobre a mãe, vem, desde então, cortando partes do corpo de Ângela e enviando para Covolan na tentativa de se vingar. Hoje, entretanto, ela recuperou um pouco de juízo e, sabendo que eu estava no caso, achou sensato me ligar. Ela mesma me contou tudo que sabia e, quando cheguei aqui, tive apenas que imobilizá-lo. Aliás, nem nisso eu tive trabalho, já que o sujeito está totalmente dopado. Ele, que já é adicto regular de ansiolíticos injetáveis, resolveu aumentar a dose desde que viu a foto da última entrega, que você me garantiu que ele não havia reconhecido, aliás, Lestrade, ledo engano...