Capítulo 16

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Cheguei, pessoal!

[AVISO DE GATILHO] Galera, esse ep tem descrição de tortura, então se você tem sensibilidade a esse tipo de coisa, talvez seja melhor evitar a leitura.


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Mayfield Rd, 18h52

Kevin estava entediado observando o cair tranquilo da noite, quando notou um farol apontar no fim da rua. Era um Jeep Night Eagle se aproximando em alta velocidade. O policial saiu do carro atento e ficou de olho no veículo.

Depois de derrubar algumas latas de lixo, o motorista freou bruscamente e parou na frente da casa de Covolan, com os dois pneus dianteiros em cima da calçada.

O agente já estava com a mão tensa sobre sua arma, quando um rosto conhecido abriu a porta do passageiro.

- Boa noite, Kevin! - Ele disse com um sorriso constrangido.

- John? O que você... - O policial começou a perguntar, mas parou quando viu outro homem sair do carro.

- Inspetor Lestrade - Este declarou, levantando o distintivo para o policial - Preciso entrar na casa.

- O quê? Você não é o Lestrade! - Kevin respondeu alvoroçado se colocando na frente de Sherlock que tentava se dirigir a porta de entrada.

- Eu não tenho tempo pra isso - O detetive disse revirando os olhos - John, pode fazer alguma coisa?

- Quem são vocês, afinal? - O agente perguntou se voltando aos dois homens.

- Fique calmo Kevin, deixe-me explicar... - O médico começou.

- Bom, eu não preciso ficar para ouvir essa DR, certo? Então se me dão licença - O mais alto falou se desviando deles e continuando seu caminho até os degraus da casa.

- Eu não posso permitir que entre - Kevin disse se virando para seguí-lo, mas foi contido pela mão do loiro em seu pulso.

- Você não vai querer fazer isso - O médico disse com sua postura mais autoritária e a mão livre pairando sobre o bolso, no qual o agente constatou haver uma arma.

- Está ameaçando um policial?

- De forma alguma, apenas lhe dando um conselho.

Enquanto isso, Sherlock empurrou a porta e entrou na casa, o que fez o falatório lá de fora ser eficientemente abafado, para seu alívio.

A primeira coisa que o detetive notou quando botou os pés na sala, foram as ampolas vazias de Diazepam sobre a mesa de centro. A segunda, foi o armário de bebidas afastado, dando vista a pequena porta estreita, que dava acesso para o subsolo. Então, sem perder mais tempo, ele avançou em direção a ela, a abriu e desceu as escadas silenciosamente.

Quando chegou no andar de baixo, as luzes estavam acesas e Covolan semiconsciente, preso a cama, com a touca de eletrodos na cabeça. Ele estava com os cabelos empapados de suor, os olhos azuis mais injetados que nunca e a boca sangrando de tanto morder os próprios lábios e a língua. Aparentemente já havia recebido várias descargas elétricas e não tinham oferecido a ele a mesma gentileza de lhe enfiar compressas entre os dentes.

O detetive fez menção de se aproximar, mas antes que o pudesse concluir tal movimento, a garota, que estava oculta por uma pilastra, surgiu ao lado da cama com uma furadeira cirúrgica em mãos apontando diretamente para um dos olhos do psiquiatra.

- Mais um passo e eu enfio uma broca no cérebro desse desgraçado - Ela disse.

- Não vai querer fazer isso Amanda - Sherlock aconselhou.

Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]Onde histórias criam vida. Descubra agora